quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Primeira coisa bela, A - (La prima cosa bella) - 2010


Trabalho do premiado diretor italiano PAOLO VIRZÌ, esse filme conta a história de um professor de italiano, descontente com sua vida, que é obrigado a retornar à sua cidade natal, para ajudar sua irmã no momento em que sua mãe está condenada a morrer de câncer e tem pouto tempo de vida.

Apesar de sua protagonista, sempre se apresentar com um ar leve, mesmo diante de todas as adversidades que a vida lhe apresenta, o filme tem um carga dramática que é refletida em seu filho mais velho, que mesmo depois de adulto, mostra que em seu interior, um imenso vazio, que ele não sabe como preencher e que lhe causa uma angústia que ressalta aos olhos, o obriga a buscar constantemente por drogas ou remédios que lhe preencham de alguma forma.

O diretor volta nas recordações desse personagem, para mostrar ao público o quão difícil foi sua vida até ali, hora sem uma mãe que era o lado bom de sua vida, hora sem o pai, que era através de sua tia, o lado disciplinador e que trazia a carga de cobrança que sentimos sobre nossos ombros.

Um dos méritos da obra, é não solucionar e nem mesmo julgar qualquer um de seus personagens, deixando para o público, a contemplação de vidas que passam por problemas como qualquer um de nós enfrentamos em nossos dia a dia, nos mostrando que tudo é sofrido, mas nem sempre, temos que levar tudo a ferro e fogo, e muitas vezes, como o personagem da mãe diz ao filho, um banho de mar pode solucionar muitas coisas.

O filme nos traz também a beleza das atrizes MICCAELA RAMAZZOTTI, esposa do diretor, e de CLÁUDIA PANDOLFI, no papel da filha adulta da protagonista.

A PRIMEIRA COISA BELA (2010) foi indicado a 18 prêmios no principal festival de cinema italiano e foi o representante do país no Óscar 2010.

Acredito que a única coisa que incomoda é o excesso de leveza da protagonista, seja quando jovem ou já idosa, que tem justificada essa leveza, quando a mesma serve para defender seus filhos dos problemas que a vida lhes reserva, mas a personagem não se incomoda ou sente tanto essas adversidades refletidas em outros momentos de sua vida, como se tudo não estivesse acontecendo com ela.

De qualquer forma, um trabalho muito bonito que chegou até a me emocionar.

Minha Nota:  7.2
IMDB: 7.1

Nenhum comentário:

Postar um comentário