Esse CÓPIA FIEL (2010) é minha segunda experiência com os trabalhos do diretor iraniano ABBAS KIAROSTAMI. Nesse trabalho, temos a história da personagem de JULIETTE BINOCHE que leva o autor de um livro comprado por ela recentemente interpretado por WILLIAM SHIMELL, para um passeio por uma vila italiana.
Durante a viagem, os dois começam uma discussão sobre o tema do livro que tem o mesmo nome do filme, Cópia Fiel. Nele, o autor coloca sua ideia da importância das cópias, que remetem ao original e também, uma discussão sobre o que é realmente o original. É a obra, que foi criada a partir de uma ideia, de uma pessoa, como o quadro de nome a Mona Lisa, ou isso também é apenas uma cópia da modelo. O sorriso do quadro é original, ou apenas um pedido de Leonardo Da Vinci para Gioconda.
Depois dessa discussão, que é interessantíssima, o filme entra em um terreno, no qual, nós espectadores, ficamos na dúvida, se o casal realmente se conhecia anteriormente, ou se algo aconteceu entre eles que fez com que se separassem, enfim, novamente, vemos um trabalho contemplativo sobre a vida de um casal e seus rancores, saudades e esperanças.
Contemplativo e bonito de se ver, pois é mostrado com o carinho que é peculiar de Abba. A interpretação de Juliette Binoche valer o prêmio de melhor atriz no festival de Cannes e é realmente algo a se observar atentamente, pois ela se transforma durante o filme de uma forma sutil e só possível para uma grande atriz como ela é.
Como crítica, acredito que era a intenção do autor não revelar explicitamente o que aconteceu na relação do casal antes daquele momento, mas creio que isso deixou um vazio para o espectador que se ligou um pouco mais profundamente a história.
Minha Nota: 6.6
IMDB: 7.2
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