domingo, 9 de dezembro de 2012

Eu matei a minha mãe - (J'ai tué ma mère) - 2009


Primeiro trabalho na direção de XAVIER DOLAN que além disso escrever o roteiro dessa história semi-autobiográfica e também interpreta o papel de seu personagem, um jovem, homossexual, que vive normalmente em desacordo com sua mãe, vendo sua vida se tornar um verdadeiro martírio.

Falado em francês, o filme parece herdar uma das características que é marcante nos filmes desse país que uma grande quantidade de diálogos. E esses diálogos que acontecem normalmente entre o jovem e a sua mãe, que vemos uma torrente de sentimentos ser despejada diante de nossos olhos. 

Conflitos geralmente desencadeados do nada. Quase que nivelando a posição mãe e filho, em um confronto de interesses, onde um faz exatamente o oposto ao que o outro deseja. A mãe, parece ter tido problemas por sua vez com a mãe dela, que em alguma parte do filme a descreve como neurótica, mas fica bastante alterada se comparada a ela. O filho, apesar de explosivo como sua progenitora, ainda tenta de certa forma, agradá-la para que a paz reine nem que por breves momentos de sua vida, mas geralmente sem obter sucesso em sua empreitada.

Um citação interessante da inicio ao filme. "Amamos nossa mãe sem percebermos, e somente depois do último adeus é que tomamos consciência da profundidade desse amor.", que mostra talvez, o sentimento que ocupa o coração a maioria dos adolescentes que nessa idade, se encontram em conflito com seus pais, mostrando isso talvez de uma forma potencializada, mas que serve para refletir bem todos esses conflitos dessa idade.

Após a sua exibição no Festival de Cannes, o filme recebeu uma ovação de aplausos de 8 minutos. Indicado ao César de Melhor Filme Estrangeiro, ganhou dois prêmios de revelação em Cannes, Menção Especial em Bangkok e o prêmio de Melhor Atriz para ANNE DORVAL em Palm Springs.

Minha Nota: 6.4
IMDB: 7.2

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