Filme do diretor PABLO TRAPERO, o mesmo do fantástico ABUTRES (2010) e que novamente, com seu cinema que parece servir como denúncia contra as coisas erradas de seu país, nos trás uma obra que serve para refletir sobre a corrupção humana e principalmente a corrupção de nossos governantes.
Em ELEFANTE BRANCO (2012), vemos a história de dois padres, amigos de longa data, que trabalham incansavelmente para ajudar a população local, de uma das favelas Buenos Aires chamada a Vila.
O diretor aproveita para mostrar o descaso de seus governantes quando mostra a construção de um hospital, o maior da América latina e que entra governo, sai governo, tem suas obras retomadas e paradas. Além disso, a igreja também é criticada na obra, pois seu papel de se manter nula, com medo de se envolver em problemas políticos, faz com que ela se distancie do seu povo, se encarregando como sempre, apenas de cuidar da fé, sem demonstrar preocupações com seus fiéis. Através de planos sequências que soam orgânicos a obra, o diretor consegue aproximar seu espectador da realidade vivida por aquele povo pobre e sofrido.
A belíssima atriz argentina MARTINA GUSMAN está presente no papel de uma assistente social que convive com a dura tarefa de lidar com o povo, que inquieto por não receber o auxílio e o cumprimento das promessas feitas a ele, cobra de quem está mais próximo, mesmo sabendo que não se trata do responsável pela sua insatisfação. RICARDO DARÍN, o SELTON MELO da Argentina, está de volta, e agora vive o papel do padre preocupado com o próximo, em se doar, extrapolando e batendo de frente com seus superiores, por não concordar com a imparcialidade da igreja em momentos importantes para o povo.
A fotografia de Pablo é bela, com posicionamento de câmera pensados com carinho e conseguindo ressaltar a beleza até mesmo de um lugar pobre e de condições humanas desfavoráveis como fundo.
O filme recebeu diversas indicações no festival de cinema argentino e até em Cannes.
Minha Nota: 6.0
IMDB: 6.6
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