sexta-feira, 31 de maio de 2013

Faroeste Caboclo - (Faroeste caboclo) - 2013


Muita responsabilidade para o diretor brasiliense RENÉ SAMPAIO que veio da publicidade, escolher estrear em longas metragem com essa história que sempre foi cantada com tanta mística por uma das maiores representantes da música brasileira a Legião Urbana na voz do eterno gênio Renato Russo. 

O filme nos conta a história de um jovem que sai de sua terra natal depois de vingar a morte de seu pai e vai para Brasília a procura de seu primo e de mudar sua vida tão sofrida até então. Ele acaba encontrando trabalho e inesperadamente também o amor.

Confesso que na minha cabeça o filme não seria nada demais. Primeiro por não me lembrar de nenhum filme que fosse baseado em uma música. Mesmo que essa música tenha seus espetaculares nove minutos e três segundos, eu acreditava que a história diluída em uma hora e quarenta e cinco minutos de duração, e ainda, a falta da poética dada pelo seu criador aos versos que conseguem povoar as nossas cabeças com imagens e sentimentos de uma maneira tão real, que justificam por que Renato atingiu o status de ídolo de maneira tão rápida, dificilmente renderia uma boa história a ser contada no cinema. As expectativas depositadas por todos os fãs da Legião nesse filme talvez, fossem muito grandes, mesmo que elas não tivessem ao certo formado em suas cabeças, que resultado esperavam ver.

E no final das contas, o filme consegue ser uma visão que merece todo nosso respeito. Boas atuações, tanto da parte da atriz global ÍSIS VALVERDE quanto de FABRÍCIO BOLIVEIRA, que nos entrega um personagem forte e violento, apesar de alguns poderem defender que a violência aplicada seja apenas uma forma de reagir ao mundo ao redor dele. Essa força talvez, tenha sido o motivo do filme não ter me agradado mais. Acredito que a força de seu personagem, não tenha permitido que a ligação entre João e Maria Lúcia, se fortalecesse mais, nos brindando com um pouco mais de romance, que para mim, sempre esteve presente fortemente nas letras de Renato, o que não chega a ser um demérito e sim apenas, uma preferência particular.

Repleto de belas sequências de uma fotografia muito bonita, o que me surpreendeu positivamente em diversos momentos, o filme ainda oferece ao seu espectador dois momentos fantásticos, que nos remetem ao rock feito nesse período na capital do país, tocando Tédio com o T bem grande pra você da Legião e Até quando esperar da Plebe Rude. Outros dois pontos fantásticos, principalmente para quem assistiu o espetacular documentário ROCK BRASÍLIA: A ERA DE OURO (2011), é ver na tela o lago onde Renato e toda galera que iniciou esse movimento musical na década de oitenta em Brasília, iam com frequência para tocar, fumar e beber, além disso, a esquina, onde essas bandas que tão carinhosamente muitos de nós guardam na memória se apresentavam no começo de suas carreiras, tocavam em apresentações na rua e onde, se não me engano, aconteceu o término do Aborto Elétrico.

Minha Nota: 6.0
IMDB: 

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