domingo, 30 de setembro de 2012

Poder Paranormal - (Red Lights) - 2012


Segundo trabalho do diretor espanhol RODRIGO CORTÉS em solo americano, ele que havia realizado o bom ENTERRADO VIVO (2010), agora nos brinda com um trabalho que trata do universo da paranormalidade.

Esse PODER PARANORMAL (2012), traz a história de uma psicóloga e seu assistente, que viajem pelo país, investigando possíveis casos de paranormalidade, no intuito de comprovar se existe ou não alguma fraude acontecendo em tais casos.

Confesso que o diretor conseguiu despertar meu interesse com o tema proposto, o que na minha opinião é o principal ponto positivo do filme. Temos a crença, a fé, colocada de lado a princípio em sua história, em prol de analisar friamente os casos de manifestações espirituais que são apresentados. Apesar do diretor fazer um uso excessivo do recurso de som, para causar vários sobressaltos de seu espectador na sua cadeira, o filme segue firme em seu propósito de usar a racionalidade acima de tudo.

Como pontos negativos, acredito que o filme não tem uma fluidez entre sua primeira parte, onde os caçadores de charlatões perseguem e solucionam alguns casos, de forma didática e clara. Contudo, depois que o filme se torna uma obsessão entre o aluno de SIGOURNEY WEAVER interpretado por CILLAIN MURPHY e o paranormal interpretado por ROBERT DE NIRO, o filme começa a revelar algo que fica escondido durante toda a projeção, e que contradiz tudo que é pregado desde o início da projeção, o que na minha opinião, é um verdadeiro tiro no pé.

Minha Nota: 5.8
IMDB: 6.2

Infiéis, Os - (Les infidèles) - 2012


Esse filme francês teve a colaboração de 6 diretores dessa nacionalidade e em seu roteiro, cinco outros franceses, dentre eles, o ganhador do Óscar de melhor ator por O ARTISTA (2011), JEN DUJARDIN, que aparece na maior parte dos 10 pequenos curtas que compõe esse OS INFIÉIS (2012).

Através desses dez pequenos trechos, temos na tela uma série de possíveis situações, em sua maioria cômicas, que tratam sobre o tema da infidelidade.

Na maioria das histórias, são as caras de JEAN DUJARDIN e de GILLES LELLOUCHE que são exploradas, mas ainda há espaço para que outros atores demonstrem seus dotes nessa comédia, que tem muito do humor francês, mas que já dá sinais de americanizar um pouco o seu humor, inclusive incluindo cenas polêmicas e de gosto duvidoso, que fogem um pouco do tema do filme.

O filme é muito bem executado e como um trabalho de atores, pode ser visto como uma boa realização. Chega a ser engraçado em alguns momentos, com situações constrangedoras, que se tornam engraçadas em algumas vezes e tem seu ponto alto, no episódio OS INFIÉIS ANÔNIMOS, que é impagável.

Em diversos trechos, essa obra pode ser considerada uma obra machista em excesso, e de fato, várias sequências trazem esse caráter, mas ao mesmo tempo, vemos que não é nada de irreal e que o filme apenas retrata com tons mais acentuados, uma realidade que continuamos a viver.

No mais, tirando uma média de todo o filme, acaba sendo uma realização que não diverte tanto quanto sua publicidade divulgou, o que decepciona aqueles que como eu, entraram com uma expectativa forte sobre a obra.

Minha Nota: 6.2
IMDB: 5.7

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Branca de Neve e o Caçador - (Snow White and the Huntsman) - 2012


Primeiro trabalho na direção de um longa do diretor RUPERT SANDERS que veio da publicidade e que emprega nesse BRANCA DE NEVE E O CAÇADOR (2012) uma série de, não sei se referências seria a palavra mais adequada ao que o diretor faz, mas enfim, seu trabalho saiu uma mistura de O SENHOR DOS ANÉIS: A SOCIEDADE DO ANEL (2001) com sua floresta viva e árvores assustadoras, CREPÚSCULO (2008), pois é impossível não ligar a bela KRISTEN STEWART ao seu personagem Bela e THOR (2011), pois também ficou impossível para mim, desvincular o personagem de CHRIS HEMSWORTH do Deus do trovão, que agora, no lugar de seu martelo, usa um machado, o que é bem vinking de toda forma.

A história é uma adaptação de um dos mais famosos conto de fadas Branca de Neve e os sete anões, mas que nessa história, transforma a princesa em uma espécie de guerreira, que deve reunir um exército para retomar seu reino das mãos de uma bruxa malvada.

Sei que é chover no molhado, dizer o quanto CHARLIZE THERON está mais bela que a própria Branca de Neve. O que acaba tornando inverdade o papo de que existe alguém mais bela do que ela. Outro fator que me incomodou um pouco, é o fato do filme gastar uma boa parte de sua duração na perseguição que é empregada atrás do coração da jovem, sendo que a bruxa consegue fazer isso num piscar de olhos depois de vários minutos de tentativas frustadas.

Mas tirando essas bobagens, que na verdade, servem apenas para dar ao filme toda a aura de superprodução que lhe é pertinente, sobram qualidade. Efeitos visuais de primeira linha, um grupo de anões de causar inveja a qualquer produção mediana para o cinema e talvez, o fator determinante para o prazer do espectador, é o fato dessa aura de filmes de sucesso que permeia o filme e deixa o espectador confortável nessa aura medieval e ao mesmo tempo de conto de fadas.

Minha Nota: 6.8
IMDB: 6.3

Hick - (Hick) - 2011


Segundo longa metragem do diretor americano DERICK MARTINI e que conta a história de uma adolescente ao fazer seus 13 anos, resolve mudar sua vida e abandonar seus pais, bêbados e totalmente desestruturados.

O filme traz JULIETTE LEWIS no arquétipo de mãe irresponsável, bêbada e que se relaciona com o pior tipo de homem existente e que com isso, não consegue promover para sua filha, uma festa melhor do que um encontro regado a bebida em um bar da cidade. Um tipo de papel que cabe bem dentro das costumeiras loucas vividas pela atriz. Seu marido, vive o tempo todo alcoolizado, como o diretor nos mostra logo no início do filme, quando ele vai buscar a menina na escola e bate num dos brinquedos a frente da escola. A adolescente é vivida pela linda atriz CHLOË GRACE MORETZ, que já tem vários trabalhos em seu currículo com apenas 15 anos de idade.

Apesar de promissor em seu início, dando a impressão que teremos uma protagonista completamente problemática, refletindo os anos vividos junto a violência e a bebedeira de seus pais, temos uma menina inocente e doce, que através de caronas, quer chegar até Las Vegas, mas já na sua primeira carona, encontra um rapaz que a ajuda e que terá papel importante na trama.

Sem muitos motivos ou explicações, a moça é conduzida a cometer pequenos delitos e se envolve em algumas confusões também. Mas parece que o diretor se perde, sem conseguir mostrar algum envolvimento mais forte que possa gerar os acontecimentos que fazem com que o filme tome o rumo que toma, com uma pequena mudança em seu final, que é criativa e até mesmo satisfatória, mas que não salva seu desenvolvimento.

Minha Nota: 5.4
IMDB: 5.3

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Cirque du Freak - O Aprendiz de Vampiro - (Cirque du Freak: The Vampire's Assistant) - 2009


Trabalho do diretor americano PAUL WEITZ, autor de um outro filme que gosto demais, UM GRANDE GAROTO (2002), esse CIRQUE DU FREAK - O APRENDIZ DE VAMPIRO (2009) é bem mais descompromissado e não entra tanto nos problemas de seus personagens, como acontecia em Um grande garoto. 

Nesse filme, dois adolescentes, amigos e de comportamentos diferentes, pois um é estudioso e correto em sua maneira de agir e o outro é um daqueles garotos problemas, visitam um show de horrores, ondem conhecem um homem misterioso que acaba mudando o rumo de suas vidas.

Ver a atriz mexicana SALMA HAYEK na tela novamente, mesmo que por poucos momentos e as vezes de barba, é muito bom. O filme conta também com a presença do ótimo JOHN C. REILLY mas nada disso o torna grande.

Sua história é simples e todos as relações que o filme aborda, são superficiais. As aberrações que são mostradas, são sem criatividade e o exagero acaba tirando o charme que poderiam ter. Nem mesmo o vilão, recebe um tratamento adequado, sendo mostrado apenas como um estudioso de poderes magníficos e que quer começar uma guerra para que ele se torne o novo governante do mundo. Pelo menos, é o que parece.

Minha Nota: 5.2
IMDB: 6.0

Moonrise Kingdom - (Moonrise Kingdom) - 2012


Nova obra do diretor americano WES ANDERSON responsável pelo conceituado trabalho OS EXCÊNTRICOS TENENBAUNS (2001) que além de trazer uma atmosfera exótica, com cores fortes e uma fotografia muito bem cuidada, tinha um senso de humor raro e uma história bastante criativa. 

Nesse MOONRISE KINGDOM (2012), temos a história de um par de jovens, desajustados e isolados em suas realidades, cada um a sua maneira, que tentam fugir de sua cidade localizada em uma ilha na Nova Inglaterra, e com isso, fazem com que praticamente todos os habitantes se espalhem e suas buscas.

A atmosfera estranha, dessa vez cores opacas, mas o mesmo cuidado com a fotografia e a presença de objetos que nos chamam a atenção ao aparecerem na tela, como é o caso do toca discos que a mocinha carrega com ela em grande parte da trama, são marcas registradas do diretor. O senso de humor apurado também está lá. A presença de atores super competentes como BILL MURRAY, EDWARD NORTON e BRUCE WILLIS também acontece na obra.

Contudo, talvez por não ser mais uma novidade toda essa atmosfera que permeia os trabalhos do diretor. A história se torna boba. Tirando praticamente todo o charme que o filme poderia ter. Outro aspecto importante que se pode notar, é que o diretor não deixa espaço para o desenvolvimento dos dramas pessoais de seus personagens, jogando na tela em determinados momentos, os possíveis motivos que moldaram suas personalidades através de flashback muitas vezes entrecortados e muito rápidos.

Minha Nota: 6.0
IMDB: 8.2

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Código, O - (Safe) - 2012


Já tinha ouvido falar desse sexto trabalho de direção do americano BOAZ YAKIN, que até o momento eu desconhecia, esse filme de ação, que traz como protagonista o competente JASON STATHAM, é um ótimo exemplar de um filme de ação, mas ainda não havia visto pois estava esperando uma cópia com boa qualidade.

Em sua história, esse O CÓDIGO (2012) traz uma menina de memória notável, que recebe um código numérico de valor inestimável e passa a ser perseguida pela máfia russa, policiais corruptos de Nova York e pela máfia chinesa e acaba cruzando o caminho de um policial decadente, que já não tem mais ânimo de viver, interpretado por Jason Statham.

Interessante a utilização da câmera na cena em que a garota é sequestrada, logo após receber uma sequência de números. A câmera de dentro do carro, consegue algumas imagens de ângulos bem pensados, além de utilizar os retrovisores, passando a sensação de que fazemos parte da cena, como se estivéssemos sentados no banco de traz. O diretor acaba fazendo novamente a utilização dessa câmera que na minha opinião, foi o me deu a impressão de um trabalho diferenciado e de qualidade.

O tempo do diretor para as cenas de perseguição e as cenas de ação é muito bom, o que resulta em um ótimo entretenimento para quem gosta desse gênero, nos brindando com uma história interessante e várias cenas de combate armado e desarmado.

Minha Nota: 6.0
IMDB: 6.5

Escape - (Escape) - 2012


Não faço a mínima ideia do motivo que me impulsionou  a assistir a esse ESCAPE (2012), filme do diretor PAUL EMAMIM, que é o seu primeiro trabalho em longa metragem para o cinema.

No filme, dois médicos, marido e mulher, precisam de uma mudança drástica depois da morte inexplicável de seu bebê e para isso, viajam para a Tailândia, onde pretendem se dedicar a exercer a medicina em um lugar onde a população precisa de seus talentos.

Com nenhum nome conhecido abrilhantando a obra, o diretor nos apresenta rapidamente aos seus personagens e nos dá a ideia de que eles tiveram uma perda muito grande, a morte de sua filha e por isso, resolvem abandonar suas vidas e fazer o que sonhavam quando ainda eram adolescentes e não haviam se casado, sair pelo mundo ajudando pessoas.

O andamento é rápido nessa primeira parte e parece ser ditado assim, para que entremos definitivamente no que deve ser o filme, ou pelo menos o que eu esperava que fosse o filme, algo como um filme de prisioneiro pressionado pela sensação de morte ou coisa parecida.

Mas somos levados para uma direção que não tem nada disso, ou apenas um pouco de tudo. Temos a princípio um pouco de filosofia, sobre por que Deus reserva para boas pessoas, momentos de sofrimento?

Mas para resumir a coisa toda, mesmo com um cenário lindo como a Tailândia sendo usado como pano de fundo para o filme, mesmo com algumas situações que trazem lampejos de lembrança de uma grande obra como O SOBREVIVENTE (2006), o filme se perde em soluções fáceis e até mesmo cenas mal acabadas e sem nenhuma inteligência em sua realização, tornando totalmente descartável e desaconselhável.

Minha Nota: 4.0
IMDB: -

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Apenas te amo - (Tada, kimi wo aishiteru) - 2006



Primeiro longa metragem feito direto para o cinema do diretor japonês TAKEHIKO SHINJO e me surpreendi positivamente com esse APENAS TE AMO (2006) que é um filme cheio de sensibilidade e com uma fotografia belíssima.

A premissa do filme é simples, um rapaz tímido, fugindo da Cerimonia de Entrada para a faculdade, acaba conhecendo uma sorridente caloura que precisa de ajuda para atravessar a a rua. A partir daí, esses dois jovens, diferentes, cada uma a sua maneira, e por isso, afastados do restante dos estudantes, começa uma relação de amizade, que aos poucos se torna mais que isso.

O filme tem o velho problema das interpretações muito acentuadas, que é uma característica frequente do cinema oriental, mas o diretor tenta e em diversos momentos consegue, compensar esse, que para mim é um problema, com uma trilha sonora fantástica e com uma fotografia muito bem cuidada, fazendo com que qualquer frame da obra, nos proporcione um prazer raro de olhar para a tela.

Muito dessa beleza toda que o filme nos traz, é em função das belíssimas atrizes, com suas belezas orientais características, AOI MIYAZAKI  e principalmente de MEISA KUROKI. 

O andamento lento e um roteiro que nos prende a atenção, como se fosse uma ótima comédia romântica americana, são outro ponto forte do filme, que não se torna grande apenas por detalhes e soluções convencionais, que não prejudicam o filme pelo menos.

Minha Nota: 6.6
IMDB: 7.2

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Fantasma de Buenos Aires - (Fantasma de Buenos Aires) - 2008


Primeiro longa metragem do diretor argentino GUILLERMO GRILLO, esse FANTASMA DE BUENOS AIRES (2008), conta a história de um espírito do passado, que faz contato com três jovens que estão fazem um experimento de contato com os mortos.

Impressionante a beleza da atriz PAULA BRASCA, que é o par romântico do rapaz que se interessa pelo fato de poder ter contato com um fantasma, no intuito de responder perguntas fundamentais sobre, se existe Deus, como é a vida depois da morte e coisas do tipo.

Com leves tons de comédia, o filme se inicia com indas e vinda temporais, no intuito de apresentar seus personagens rapidamente. Em seguida, passamos a seguir a investigação que o fantasma e do rapaz, que está hospedando esse fantasma, na procura por um velho amigo. Durante esse tempo, o diretor nos mostra que o garoto nutre um carinho especial pela irmã de seu amigo, mas sua personalidade reclusa e acovardada, lhe impede de tomar qualquer atitude.

O roteiro, tirando a premissa que é uma novidade e já nos faz imaginar inúmeras soluções interessantes para obra, cai na característica comum das comédias românticas, o que empobrece um pouco as soluções que o diretor vai apresentando. Mas não estraga o divertimento como um todo. E confesso que gostei de ver esse cinema argentino com cara de cinema nacional.

Minha Nota: 6.0
IMDB: 6.3

12 horas - (Gone) - 2012


Primeiro trabalho do diretor pernambucano HEITOR DHALIA em terras americanas, ele que é responsável pelo CHEIRO DO RALO (2006), esse 12 HORAS (2012) não traz nada demais, a não ser uma desses histórias com uma aura de suspense. Na história, uma mulher, vivida pela exótica AMANDA SEYFRIED, está convencida que o responsável pelo sequestro que a deixou internada por muito tempo em um sanatório, já que ninguém acreditou em sua história voltou, e dessa vez, levou a sua irmã em seu lugar e ela crê que tem apenas 12 horas para resolver o caso sozinha, já que a polícia novamente não acreditará em sua história.

O filme tem o mérito de conseguir fazer com que fiquemos presos em sua história, pois, como nem mesmo a protagonista sabe como é a cara do responsável pelo seu sequestro, ficamos tão curiosos quanto ela para descobrir o autor da façanha. Contudo, o que vemos, é uma caçada de proporções grandiosas, da polícia atrás da mocinha.

E olha que ela consegue despistar todo mundo o tempo todo, o que faz com que o filme perca muito da sua credibilidade. Somado a esse fato, temos um vilão que continua sem aparecer, nos deixando curiosos de sua face por mais tempo do que gostaríamos e além disso, se mostra um assassino em série sem um pingo de talento.

Acho que faltou trabalhar um pouco o valor do vilão, que de tão pequeno, acaba não coroando a obra com sucesso para o seu público.

Minha Nota: 5.4
IMDB: 5.7

domingo, 23 de setembro de 2012

Contos da Lua Vaga - (Ugetsu monogatari) - 1953


Filme do diretor japonês KENJI MIZOGUCHI, cheguei até a esse CONTOS DA LUA VAGA (1953) graças a um post que li no blog do Ailton Monteiro e realmente, ele tem razão em vários aspectos que comentou, sobre essa obra que é um grande exemplar do cinema oriental.

Em sua história, no início da primavera, no período das Guerras Civis japonesas do século XVI, dois casais tentam aproveitar para enriquecer com seu trabalho.

Desprezando completamente o perigo que a guerra trouxe, eles se dedicam ao trabalho em tempo integral e buscam meios alternativos de chegarem a cidade para conseguir comercializar seus produtos cerâmicos. Dos dois casais, os homens são os principais sonhadores, um, com o objetivo de ficar rico e poder presentear sua esposa com roupas caras e o outro, sonha em se tornar famoso, se tornando um samurai importante.

As mulheres tentam ser o ponto seguro dos homens, tentando lhes alertar quanto aos perigos que lhes reservam esses sonhos, mas acaba sendo em vão. O diretor nos mostra que somente através do sofrimento, é possível adquirir um aprendizado. É fantástico como sem a utilização de recursos de efeitos especiais, o ele consegue nos passar a atmosfera que deseja, alterando essa atmosfera apenas através da direção de seus atores.

O que me incomoda e sempre incomodou no cinema tradicional oriental, é o fato da interpretação exagerada e particularmente nessa obra, a constância com que o som é aplicado ao fundo do filme, de forma constante e hipnótica.

Minha Nota: 6.0
IMDB: 8.2

Que Esperar Quando Você Está Esperando, O - (What to Expect When You're Expecting) - 2012


Acabei vendo esse trabalho do diretor KIRK JONES sobre vários casais que tem em comum, a expectativa de ter um filho e todos os medos e surpresas que essa situação pode causar em pais e mães envolvidos, o que poderia ser a premissa de um bom argumento, mas acaba se perdendo em meio a uma série de situação forçadas, para tentarem arrancar o riso de seu público, o que não acontece com muita frequência. 

Com um elenco de grandes nomes como JENNIFER LOPEZ, CAMERON DIAZ, RODRIGO SANTORO, DENNIS QUAID E CHRIS ROCK, o filme teria aí mais uma motivação para se tornar um bom filme, contudo, ele não engrena em nenhum momento, e pior, é massante e só se torna um pouco atrativo, nas sequências em que Jennifer e Rodrigo aparecem.

Resumidamente, se eu fosse de parar de ver o filme no meio, não teria terminado essa obra cansativa, mas não recomendo esse esforço para ninguém.

Minha Nota: 5.4
IMDB: 5.4

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Maria Antonieta - (Marie Antoinette) - 2006


Esse MARIA ANTONIETA (2006) é a minha quarta experiência com o trabalho da diretora SOFIA COPPOLA e confesso que me surpreendi positivamente com a obra, que conta a história da malfadada princesa austríaca que se tornou rainha da França, Maria Antonieta, de seu noivado e casamento com Luís XVI até o fim de seu reinado e, finalmente, a queda de Versalhes.

A diretora mostra seu trabalho autoral em diversas cenas do filme, que com sua câmera ousada contemplativa, nos mostra a beleza e requinte absurdos do Palácio de Versalhes e de seus jardins. Além disso, claramente Sofia se põe ao lado de sua protagonistas, nos mostrando uma rainha bem mais humana, despida de todos os protocolos exigidos pelos franceses para seus monarcas e uma mulher desejosa de ser feliz, e que encontra em um casamento de interesses, um companheiro desinteressado e sem paixão.

Baseada nessa premissa, os atos da rainha, que passa a procurar prazer nas festas, todas regadas a bebida e jogos de azar, e que lhe renderam uma fama de perdulária, enquanto o país passa por uma crise financeira e a morte de seu monarca, como uma forma de suprir a necessidade do amor que todos nós buscamos em nossas vidas.

O filme ganhou o Óscar por seu figurino, mas também conta com uma ousada trilha sonora, que foge do comumente visto em filmes de época, o que na minha opinião, é um atrativo a mais com o qual a diretora nos brinda, sem falar, da beleza de KIRSTEN DUNST que é exaltada pela câmera de Sofia de forma brilhante, inclusive, correspondendo a comentários bem pertinentes, de como a diretora consegue transmitir de forma peculiar e acertada, a beleza feminina em suas obras.

Minha Nota: 7.0
IMDB: 6.4

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Lolita - (Lolita) - 1997


Já havia visto esse LOLITA (1997), segunda versão do livro de mesmo nome de Vladimir Nabokov e filme do diretor inglês ADRIAN LYNE, responsável por trabalhos sempre polêmicos como INFIDELIDADE (2002), PROPOSTA INDECENTE (1993), ATRAÇÃO FATAL (1997) e pelo clássico 9 1/2 SEMANAS DE AMOR (1986), a muito tempo atrás e tinha ele em minha memória com um filme de alta tensão erótica.

Nessa revisão que fiz da obra, constatei que na verdade, não existem cenas de erotismo explícito, e sim uma aura, que permeia praticamente todo o filme, que é realmente de arrepiar. Claro que para isso, a beleza da jovem atriz americana DOMINIQUE SWAIN, que foi a escolhida para o papel de protagonista entre 2500 garotas e que tinha apenas 15 anos quando das filmagens e a ótima interpretação de JEREMY IRONS colaboram e muito para isso.

Na trama, um professor que procura uma casa para alugar, tem sua vida totalmente mudada depois que conhece uma adolescente pela qual se apaixona a primeira vista.

É muito interessante como o diretor consegue retratar os motivos que despertaram o fascínio do professor pela jovem, que na verdade, se trata de uma criança, mas que possui uma beleza feminina que começar a despontar e que faz com que ele perca completamente o juízo, tomando atitudes totalmente fora do que para ele até então, seriam normais.

Além disso, é mérito do diretor conseguir manter uma aura de mistério sobre a adolescente, bem como inserir elementos de suspense e crime a sua obra, sem nunca sair da espinha dorsal que é o envolvimento doentio do professor por sua enteada.

Minha Nota: 6.6
IMDB: 6.8

Cinco Anos de Noivado - (The Five-Year Engagement) - 2012


Depois que o sr. Emerson Abranches me passou esse CINCO ANOS DE NOIVADO (2012), dizendo que tinha certeza que eu choraria ao vê-lo, e sabendo que é um trabalho produzido pelos mesmos responsável pelo excelente MISSÃO MADRINHA DE CASAMENTO (2011), resolvi colocá-lo na frente da minha lista de prioridades.

Depois de ter iniciado o filme e parado já lá pelos seus 100 minutos sem ter me emocionado, mas gostando da história, achava que ele estava enganado. Contudo, ao retomar e entrar na última parte da trama, foi inevitável conter as lágrimas, visto que o filme consegue tocar por tratar do amor, e principalmente do relacionamento sério de verdade, de uma maneira muito honesta e próxima da realidade.

Na trama, temos um casal, que após terem se conhecido na virada de ano passada, estão indo para a festa de ano novo e o rapaz resolve dar uma passada em seu trabalho. Na verdade, desculpa para pedir a mão de sua namorada em casamento. Daí para frente, esse chef de cozinha vai passar por vários acontecimentos inesperados que farão com que seu futuro não seja tão certo quanto imaginava.

Apesar de se intitular uma comédia romântica, o filme não conseguiu me levar ao riso, apesar de ter vários momentos divertidos, mas o que me agradou bastante, foi o fato do diretor mostrar que muitas vezes, um relacionamento passa por momentos difíceis, e que sempre vai ser assim, cabe a nós julgar o quanto somos felizes ao lado da pessoa que amamos, mesmo com todos os contratempos e diferenças que existem entre cada um. É legal ele mostrar, que nem mesmo depois que o protagonista consegue uma namorada ninfomaníaca, que teoricamente é o sonho de consumo de todo homem, ele se sente completo longe da mulher que ama de verdade.

Acredito que o filme poderia ser mais enxuto, pois demanda muito tempo tentando fazer comédia, mas sem surtir um efeito que compense tanto assim esses minutos destinados para tal intuito. Mas a presença da atriz EMILY BLUNT, a bela fotografia e a química que os protagonistas passam ao público, valem com certeza a apreciação para aquelas pessoas que gostam de filmes românticos e que falam de relacionamentos, sem ficar pintando um mar de rosas em todas as situações da vida.

Minha Nota: 5.8
IMDB: 6.4

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Reis e ratos - (Reis e ratos) - 2012


Trabalho do diretor paulista MAURO LIMA, auto do sucesso nacional MEU NOME NÃO É JOHNNY (2008), confesso que cheguei cheio de expectativas para esse REIS E RATOS (2012), mas tenho que dizer que me decepcionei.

Talvez por trazer um elenco de encher os olhos de qualquer um apreciador, não de cinema, mas da própria televisão brasileira, contando com PAULA BURLAMAQUI, SEU JORGE, da belíssima RAFAELA MANDELLI, que com sua beleza destacada na bela fotografia em preto e branco, foi a responsável por evitar que o filme naufragasse por completo em seu emaranhado de tramas desinteressantes e interpretações caricatas, SELTON MELLO, OTÁVIO MULLER, CAUÃ REYMOND e RODRIGO SANTORO, para falar somente do primeiro escalão de atores, pois ainda aparecem novos rostos que também são muito talentosos, mas que não funcionam nesse filme.

A trama gira em torno de espionagem, tentando tirar situações cômicas em momentos de pausa. O que não funciona nem para a fluência da história, nem para causar os esperados risos. Os personagens, como disse, caricatos ao extremo, são muitos, e pouco influenciam no andamento da história, que para piorar, cria uma justificativa no mínima muito inventiva, para a existência do personagem de Cauã, que é um locutor, um médium não desenvolvido e agente russo, infiltrado para atrapalhar os planos dos agentes da CIA.

Minha Nota: 5.2
IMDB: 4.2

Três patetas, Os - (The Three Stooges) - 2012


O fato desse filme ser dirigido por BOBBY FARRELLY, juntamente é claro com seu irmão inseparável PETER FARRELLY, me impulsionou a ver esse OS TRÊS PATETAS (2012), que normalmente eu não veria, pois não era fã nem dos originais, foi dos diretores serem os mesmos realizadores de boas comédias como PASSE LIVRE (2011), LIGADO EM VOCÊ (2003), O AMOR É CEGO (2001), EU, EU MESMO E IRENE (2000), o ótimo QUEM VAI FICAR COM MARY? (1998), DEBI & LÓIDE - DOSIS IDIOTAS EM APUROS (1994) e um dos meus favoritos, KINGPIN - ESTES LOUCOS REIS DO BOLICHE (1996).

Mas voltando a esses três patetas, a história mostras os rapazes sendo deixados em um orfanato ainda bebês em seu início. Depois de adultos eles tentam salvar a instituição, mas tropeçam acidentalmente em uma trama de assassinato e acabam estrelando um reality show.

Acredito que o problema principal, é que tudo que foi inventado pelos comediantes em sua época, não é mais engraçado hoje em dia, se bem que eu não achava engraçado nem na época. Apesar dos atores se esforçarem e copiarem acredito eu, de maneira muito bem feita, os coitados tem em mãos um roteiro muito fraco, cheio de piadas repetidas e sem graça. 

Talvez, na minha opinião, um ponto que não chega a ser alto, mas que me ajudou a não achar que os 92 minutos que dediquei a esse filme foram totalmente perdidos, é a presença da atriz colombiana SOFÍA VERGARA, que possui um corpo maravilhoso e uma beleza típica de seu país.

Minha Nota: 4.4
IMDB: 5.2

Noite Mais Que Louca, Uma - (Take Me Home Tonight) - 2011


Na verdade, o que me levou a ver esse filme do até então para mim, desconhecido diretor canadense MICHAEL DOWSE, foi o elenco, que contava com a presença da atriz ANNA FARIS e me pareceu um tema interessante.

Na história, quatro anos após a graduação, três amigos tem, durante a festa do dia do trabalho, a oportunidade perfeita para realizar o sonho de ficar com sua antiga paixão do colegial.

O filme me surpreendeu em uma aspecto. A beleza da atriz australiana TERESA PALMER, que se assemelha muito a atriz KRISTEN STEWART da saga CREPÚSCULO (2008), mas que tem uma presença de cena, que me lembrou, claro que posso estar viajando demais da conta, mas a atriz JULIA ROBERTS em início de carreira. Com uma simpatia tão sincera, sorrisos encantadores, que fazem com que sua presença quase traga algum ar interessante para a obra, mas reparem que eu disse quase.

Cheio de clichês e com uma história bem desinteressante, que consegue deixar passar até mesmos os bons ganchos que seu próprio roteiro propõe, o filme não diverte como comédia e nem mesmo como romance.

Minha Nota: 5.4
IMDB: 6.3

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Piratas do rock - (The Boat That Rocked) - 2009


Segundo longa metragem do diretor da Nova Zelândia RICHARD CURTIS de quem assisti o anterior SIMPLESMENTE AMOR (2003) que conta inclusive com a participação do ator brasileiro RODRIGO SANTORO, esse PIRATAS DO ROCK (2009) é uma comédia que conta sobre o período das estações de rádio ilegais na Inglaterra, que eram abominadas pelo governo que busca acabar com o trabalho das mesmas.

A estação em questão, está sediada em alto mar e é amplamente escutada pelas mais diversas classes sociais inglesas e faixas de idade. Disseminando o rock da melhor qualidade e contando com uma série de DJ's que se tornaram ídolos de seu público.

Com a presença de PHILIP SEYMOUR HOFFMAN e de BILL NIGHY, outro ator de quem gosto muito. O filme se baseia em seus personagens, com pinceladas do bom e velho humor britânico, mas contando também com um repertório musical de ficar na cabeça.

Como são vários os personagens, a trama acaba se perdendo um pouco, se distanciando sempre de sua temática principal, que é a caçada do governo aos direitos de transmissão da estação, como aconteceu também no trabalho anterior do diretor, pois assim, temos a chance de nos deparar com diversos personagens que desempenham as mais diversas funções, mas principalmente, nos divertem com várias situações que não são hilárias, mas cômicas ao bom e velho estilo inglês. 

Minha Nota: 7.2
IMDB: 7.4

Safadas, As - (As safadas) - 1982


AS SAFADAS (1982) é mais um desses filmes nacionais da década de 80 que traziam para as telas, belas mulheres nuas e cenas de eróticas de sexo que faziam com que a gente ficasse acordado até tarde apenas esperando por essas cenas. Cheguei até esse filme, depois de ter lido, já a algum tempo, um post no blog do Ailton Monteiro que exalta bastante a direção de CARLOS REICHENBACH na primeira história, A rainha do Fliperama.

São três histórias, A rainha do fliperama, que conta a história de uma mulher que ganha a vida apostando contra os que lhe desafiam na máquina de fliperama e que se reencontra com um amigo de infância. A aula de sanfona, em que uma vizinha que implica com seu vizinho de cima por que o mesmo vive tocando sanfona e por fim, Belinha a virgem, que conta a história de uma moça que apesar de virgem, tira proveito dessa situação para arrancar dinheiro de homens interessados em seu corpo.

A cena da colega de quarto da protagonista do aula de sanfona tomando banho, é uma prova viva de que o cinema nacional, apesar de ser taxado de pornochanchada, trazia cenas belíssimas do corpo feminino, representando para a tela, toda a beleza da mulher. Assim como sua amiga pintando as unhas com a calcinha a mostra são sensacionais.

Um elo de ligação que pude notar nos dois primeiros episódios, é de que as mulheres, sempre eram tratadas como objeto e tinha relações violentas, explorativas, mas descobrem nos parceiros mais inesperados, o prazer real através do carinho durante o ato sexual.

Minha Nota: 5.0
IMDB: 5.6

Noite das taras, A - (A noite das taras) - 1980


Cheguei até esse A NOITE DAS TARAS (1980) depois de ter lido o post do Ailton Monteiro em seu blog e também por ser fã do cinema produzido no Brasil na década de 70/80, em que o importante era ter uma boa cena de nudez, o que muitas vezes não justificava o filme, mas servia como compensação em boa parte das vezes.

Nesse filme, temos três histórias distintas, que se passam em São Paulo e que tem como elo de ligação, a participação de uma forma ou de outra, de marinheiros que chegaram no porto de Santos, depois de quatro meses no mar.

No primeiro episódio, chamado de A carta de Érico, um rapaz é incumbido por um estranho, a entregar uma carta para uma desconhecida custe o que custar. No segundo, Um peixe fora d'água, um marinheiro é seduzido por uma bela mulher, para realizar um trabalho misterioso. No terceiro e último episódio de nome Júlio e o paraíso, um homem ajuda um grupo de hippies que estão pedindo dinheiro, pagando o jantar das moças.

Na verdade, o segundo e o terceiro episódios são bem melhores, na minha opinião que o primeiro. O segundo por trazer a fantástica MATILDE MASTRANGI no auge de sua beleza e aparecendo em uma cena de nudez e sexo, que é realmente um primor. O terceiro, também tem seu destaque, graças a ousadia de seu argumento, pois as moças, após receber a ajuda do marinheiro, o levam para casa e transam com ele até que o pobre coitado morra feliz.

Talvez pela curta duração das histórias, as surpresas e reviravoltas que os roteiros nos reservarem, perdem um pouco de seu efeito ou sentido, pois acontecem muito abruptamente. Mas o filme mantém o padrão das obras produzidas na época e podemos ver a boa e velha sacanagem do cinema nacional de outrora.

Minha Nota: 5.2
IMDB: 6.1

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Mansfield Park - (Mansfield Park) - 2007


Eu estava tentando ver PALÁCIO DAS ILUSÕES (1999) contudo, cai por engano nas garras desse MANSFIELD PARK (2007), dirigido para a TV pelo inexpressivo IAIN B. MACDONALD, mas com uma boa história nas mãos, não é fácil fazer um trabalho ruim, e foi o que ocorreu nessa experiência.

Na história, uma menina de 10 anos e de família pobre, é enviada para viver com seus tios ricos que vivem em uma mansão afastada da cidade grande, para ser criada na melhor educação possível para a ela.

A premissa já nos indica uma história típica de gata borralheira, em que a menina se torna a rejeitada da família e acaba sendo resgatada dessa vida por seu príncipe encantado. Nesse caso, temos essa mocinha com um amor velado por seu primo e principal amigo, que quer se tornar padre, o que acaba abrandando os sentimentos da menina, até que um casal de jovens vem até a mansão e mudam um pouco o destino dessa família. 

A presença da atriz inglesa HAYLEY ATWELL é simplesmente de tirar o fôlego, apesar de seu personagem ser repulsivo e manipulador e só objetivar conseguir um bom casamento. Mas de qualquer forma, o filme segue um andamento muito lento, que contribui para que consigamos aos poucos, e curiosamente, torcer pela pobre protagonista.

O que me incomodou um pouco na direção de Iain, foi a proximidade de sua câmera nos momentos que a protagonista se encontrava com seus pretendentes. Talvez tenha sido essa a sensação que ele quis passar, de claustrofobia, visto que a moça se recusa a qualquer pretendente, pois seu coração já pertence ao seu primo.

Minha Nota: 5.6
IMDB: 7.0

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Mulher que inventou o amor, A - (A mulher que inventou o amor) - 1979


Filme do diretor paulista JEAN GARRET, esse A MULHER QUE INVENTOU O AMOR (1979) traz ALDINE MÜLLER no papel da moça virgem e sonhadora, que acaba no mundo da prostituição, como saída para a pobreza que lhe aflige a vida. Cheguei até esse filme graças a uma postagem do Ailton Monteiro, que me empolgou o suficiente para encontrar o filme.


Em sua primeira parte, a protagonista é mostrada fazendo sexo a troco de carne, o que já mostra que ela está precisando de dinheiro, e da forma que a cena é mostrada, ela não está feliz por fazer aquilo. Ainda em sua primeira parte, essa mulher demonstra uma preocupação muito grande com o casamento e como a virgindade é importante para conseguir isso. 

Após começar a trabalhar como prostituta, e algumas experiências ruins, ela descobre que o simples fato de fingir que está gostando, através de seu gemido, a torna uma prostituta famosa e bastante procurada. Mas sem mostrar nenhum sentimento quanto ao ato sexual que tem com seus clientes.

A partir da segunda metade do filme, ela passa a viver com um velho rico que a tira da vida de prostituta, mas começa agora, uma nova fase, uma nova mulher, que se transforma tanto externa quanto internamente, agora buscando no sexo, dominar seu parceiro e tirar prazer de suas relações.

O filme ainda tem uma outra transformação. A admiração da protagonista por um artista de TV se transforma em obsessão e muda totalmente a temática do filme.

Acredito que como ponto negativo, vi apenas a falta de entrega nas cenas de sexo, que são lindas plasticamente, mas não passam verdade.


Minha Nota: 5.6
IMDB: 8.0

Só resta a esperança - (After the Promise) - 1987


Sempre que o assunto é filmes que me fizeram chorar, eu tenho um nome na minha cabeça. SÓ RESTA A ESPERANÇA (1987). Filme que me lembro de ter visto uma única vez na minha adolescência e que me marcou profundamente, por sua história completamente revoltante e sofrida. Esse é um trabalho do diretor inglês DAVID GREENE e que conta como foi a luta de um carpinteiro em uma pequena uma cidade da Califórnia no ano de 1930, para reunir seus quatro filhos, que lhe foram tirados pelo estado após a morte de sua esposa.

O filme é direcionado para ser um melodrama e funciona muito bem como tal. Baseado em fatos reais, temos nessa obra uma série de percalços que afligiram a vida de um homem simples e trabalhador, que não tem forças para lutar contra a justiça e pequenos contratempos que servem apenas ao propósito de lhe separar de seus filhos, que são as únicas coisas que lhe restam depois da morte de sua esposa.

O filme tem falhas, pois, focado no intuito de emocionar, o diretor deixa passar, ou melhor, conta de forma muito simplista, pontos que poderiam tornar mais forte ainda seu trabalho, como a fratura que deixa o filho mais velho coxo, ou os motivos que levaram seus filhos para instituições que não pareciam ter o perfil adequado para os mesmos.

Outro fator que marca depois de ver a obra, é que mesmo que se possa dizer que existe uma redenção para o fim do filme, ela não consegue apagar tudo que é projetado na tela e que nos comove e envolve profundamente.

Minha Nota: 6.0
IMDB: 7.1

Menos que nada - (Menos que nada) - 2012


Trabalho do diretor gaúcho CARLOS GERBASE de quem me lembro de ter visto o fraco TOLERÂNCIA (2000), esse MENOS QUE NADA (2012) aborda um assunto muito interessante que é a fonte da loucura, através da história de um consultor, estudante de arqueologia, que foi abandonado por sua família e por seus amigos, em um manicômio, mas que desperta o interesse de uma residente, que resolve fazer sua tese de conclusão de curso, baseada nele.

Digo que o assunto é interessante, pois podemos ver que a medicação dada a um paciente psicológico, faz todo o efeito sobre seu comportamento e principalmente sobre sua capacidade de seu relacionar e até mesmo de raciocinar, sobre a justificativa de tornar esse paciente mais calmo e sociável.

Temos a presença da belíssima ROSANNE MULHOLLAND, que não tem uma atuação muito diferente da personagem Professora Helena que hoje interpreta na nova versão de carrossel, mas que consegue impressionar por sua beleza sempre que é mostrada na tela. 

Talvez a intenção de se mostrar interpretações sóbrias, para todas as suas personagens, seja uma opção do diretor, que deixa a cargo do louco interpretado por FELIPE KANNENBERG todo o show de interpretação, mostrando que seu personagem, mesmo antes do surto que lhe reserva o manicômio como destino, um distúrbio de personalidade que o faz uma pessoa pouco sociável e introspectiva.

O filme traz uma triste conclusão em seu final, que dá nome ao filme, quando a residente resume ao apresentar a sua tese, que a psicologia, tenta fazer de seus pacientes terminais, como o personagem do filme, não a cura, mas uma sobrevivência mais amistosa, baseada em doses de calmantes, que tornam essas pessoas, totalmente isoladas do restante da sociedade, o que não é menos do que nada.

Minha Nota: 5.8
IMDB: 6.1

Luxúria - (Senso '45) - 2002


Depois de algum tempo de folga, volto a ver outro trabalho do italiano TINTO BRASS, na verdade, o meu décimo segundo filme do diretor. Esse LUXÚRIA (2002) é mais um trabalho que tem como pano de fundo, a segunda guerra mundial. Presa em um casamento infeliz, a esposa de um alto funcionário fascista começa uma perigosa relação auto-destrutiva com um oficial da SS alemão.

Sempre com elementos comuns da obra do diretor, a sensualidade, a câmera fixa em ambientes bem angulada, mulheres usando o bidê ou o sanitário e as imagens refletidas por espelhos do ambiente, o diretor dessa vez não aplica com tanta ênfase, como em vários trabalhos anteriores, as cenas de nudez e sexo, mas isso não quer dizer que elas não estão presentes.

Dessa vez, temos um trabalho mais romântico, em que uma mulher se entrega a uma paixão, já que seu casamento não lhe completava no aspecto da paixão, se vê enganada por seu amante, que na verdade, intencionava se aproveitar, não só de seu corpo, mas de seu dinheiro, o que é revelado apenas na conclusão da obra, o que não ocorria com muita frequência em seus trabalhos anteriores. 

Temos também uma aparição do diretor, outra marca que não é obrigatória em suas obras, mas que acontece repetidas vezes em seus filmes.

Como romance, o filme não funciona tão bem, visto que a ilusão criada por sua protagonista, não é demonstrada por seu amante, o que torna fraco o enredo. Talvez ter visto ele muito tarde, fui tomado pelo sono e pela dispersão. Outro aspecto que deve ter contribuído para a minha decepção com o filme, é o fato de esperar as belas cenas de closes íntimos que Tinto sempre nos reserva e que não são mostradas nesse filme.

Minha Nota:
IMDB: 5.1

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Assassinos por natureza - (Natural Born Killers) - 1994


Filme clássico do diretor OLIVER STONE, com um roteiro audacioso e escrito pelo então desconhecido QUENTIN TARANTINO esse ASSASSINOS POR NATUREZA (1994) conta a história de dois psicopatas que se tornam amantes e começam uma série de assassinatos irresponsáveis, enquanto são glorificados pela mídia de massa.

Interpretados por WOODY HARRELSEON e JULIETTE LEWIS, que vivem nesse filme momentos memoráveis como os protagonistas, e ainda contando com interpretações também brilhantes de ROBERT DOWNEY JR. e de TOMMY LEE JONES, o elenco do filme é um espetáculo a parte. Interpretações caricatas, mas que passam para a tela, toda a loucura que povoa tanto os bandidos quanto os que se dizem estar do lado do bem.

Repleto de violência e muito psicodelismo, banhado de uma trilha musical brilhante, Oliver Stone nos presenteia com uma crítica forte a sociedade, que alimenta a violência dando audiência a programas que tem como principal atrativo, divulgar violência. Todos temos nossos pecados, todos merecemos morrer e estamos na terra a espera do dia em que isso vai ocorrer. Esse público é que venera, claro que de forma caricata e amplificada, as ações dos assassinos que ficam notórios e que não tem ressentimentos nas mortes que causam. 

Acredito que talvez, em uma escala menor, o excesso de recursos visuais, hora alterando os tons do filme entre verde, preto e branco e vermelho, além de vários cortes pequenos que inserem imagens alucinógenas, talvez para ilustrar as mentes perturbadas de seus protagonistas, possa prejudicar um pouco o prazer em ver esse trabalho tão bem feito, mas nada além disso.

Minha Nota: 7.2
IMDB: 7.2

Estranhos, Os - (The Strangers) - 2008


Primeiro longa do diretor americano BRYAN BERTINO, esse OS ESTRANHOS (2008), conta a história de um jovem casal se hospeda em uma casa de férias isolada e são aterrorizados por três assaltantes desconhecidos durante uma noite que parece não ter fim.

Baseado em fatos reais, o filme começa com uma atmosfera deprimente, pois o casal parece ter passado por um conflito, mas acabam a noite em uma casa afastada, onde o personagem de SCOTT SPEEDMAN havia planejado uma noite romântica com sua parceira, que é interpretada pela maravilhosa LIV TYLER, mas depois que ele sai para buscar cigarros, que começa um suspense denso e intrigante.

Essa é a tônica do filme daí por diante. Um grupo, aparentemente de jovens arruaceiros, começam a assustar o casal, mas aos poucos, se revelam violentos e ao mesmo tempo perturbadores.

O diretor opta por nos mostrar o que irá acontecer na conclusão da trama, quando começa o filme mostrando como ficou a casa quando o dia amanhece e digo que cheguei a ficar empolgado, quando ele começa a sua história de traz para frente, até o segundo corte, para então contar tudo na ordem cronológica correta e se render a alguns clichês dos filmes de terror e suspense que tanto me irritam, mas que no final, acabam não prejudicando tanto o filme, que termina de forma interessante, mesmo para mim que acreditava que já sabia o que ia acontecer.

Minha Nota: 5.6
IMDB: 6.1

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Prometheus - (Prometheus) - 2012


Trabalho do diretor inglês RIDLEY SCOTT, criador da franquia de sucesso que se iniciou com ALIEN, O OITAVO PASSAGEIRO (1979), esse PROMETHEUS (2012) é um trabalho que vinha sendo aguardado ansiosamente pelos fãs de ficção científica e é o primeiro de dois filmes, que o diretor criou para anteceder seu trabalho original de 1979.

Nesse filme, uma equipe de exploradores, parte para estudar uma pista da origem da humanidade na Terra. Para isso, eles cruzam galáxias na busca por um planeta em um sistema solar distante, onde acreditam que encontrarão respostas a suas perguntas.

Na verdade eu demorei um tempo bom para ver o filme e lembro vagamente de ter gostado bastante da trilogia Alien, mas sem ter me tornado um fã ferrenho de sua trama. Mesmo assim, não tem como não reconhecer o grande trabalho feito por seu diretor em cada um desses filmes e Prometheus não fica atrás.

Com uma trilha sonora grandiosa, que conversa harmoniosamente com cenas belíssimas e impressionantes de cenários tecnológicos e ao mesmo tempo orgânicos, traduzindo o que a mente criativa do diretor nos reservou como o planeta que deu origem a tudo, o filme se passa no ano 2094 depois de cristo e é majestoso, mas possui um roteiro audacioso, que muitas vezes cai em soluções fáceis e decepcionantes.

No elenco, tempos a presença de atores de peso como NOOMI RAPACE, MICHAEL FASSBENDER e CHARLIZE THERON, que graças ao poder da aura especulativa do filme, não tem influência tão grande no resultado da obra, mas cumprem bem seus papeis.

Para quem esperava respostas para todas as dúvidas criadas em cima dos filmes anteriores, talvez a sensação de decepção possa ser experimentada, mas se pensarmos que esse é um de dois filmes, ainda resta a esperança para os mais fanáticos, de ver tudo esclarecido no próximo filme. Talvez por não ter na mente tão fresco assim, os trabalhos anteriores, ou mesmo por não ser um entusiasta de teorias extra-terrestres para nossa existência, apesar de também não ter mais traços do religioso de outrora, não consegui me empolgar como vi empolgação no texto do conceituado crítico Pablo Villaça, com a teorização da criação do homem proposta por Ridley. Acredito que ele deixou questões demais para que seu público solucionasse, ou traduzindo, não explicou bem suas ideias na tela.

Minha Nota: 6.8
IMDB: 7.5

Arraste-me para o Inferno - (Drag Me to Hell) - 2009


Responsável por projetos de sucesso de público como UMA NOITE ALUCINANTE (1987), HOMEM ARANHA (2002), HOMEM ARANHA 2 (2004) e HOMEM ARANHA 3 (2007), SAM RAIMI dirigiu também esse ARRASTE-ME PARA O INFERNO (2009), filme que traz o diretor de volta ao gênero de terror, com sacadas que fazem com que seu público ria durante suas projeções, depois da realização da trilogia do Homem Aranha.

No filme, uma assistente bancária não aceita a renovação de um empréstimo de uma senhora que está para perder sua casa, e é amaldiçoada pela velha cigana. Sua vida se transforma rapidamente e ela tenta se libertar da maldição antes que seja levada para o inferno.

Com a presença da bela atriz ALISON LOHMAN que tem bons filmes em seu currículo como o incrível filme de ficção 13º ANDAR (1999), o divertido OS VIGARISTAS (2003) e meu predileto da lista PEIXE GRANDE E SUAS HISTÓRIAS MARAVILHOSAS (2003), apesar de não ser a protagonista em nenhuma dessas obras.

Muito susto, efeitos de som que servem para nos levantar da cadeira e causar arrepios durante a projeção, o filme também traz tons de comédia, com combates corpo a corpo entre espíritos malignos e a protagonista, mas sem nunca sair do foco do susto como grande tônica.

A história não é forte e fica confusa, visto que o vidente que ajuda a moça a se livrar da maldição, não parece saber bem o que fazer para que ela consiga isso. Além disso, tive a impressão que o diretor deixou propositalmente um gancho para uma possível continuação, o que justifica a presença do ator JUSTIN LONG que a meu ver, lembra um pouco o memorável protagonista de UMA NOITE ALUCINANTE (1987) BRUCE CAMPBELL. Talvez uma sacada para continuar o gênero de comédia e terror juntos.

Minha Nota: 5.2
IMDB: 6.8

Idas e Vindas do Amor - (Valentine's Day) - 2010


Apesar de achar que não, eu já conhecia alguns trabalhos do diretor GARRY MARSHALL. Me lembro da simpática comédia NOIVA EM FUGA (1999) e o excelente UMA LINDA MULHER (1990).

Nesse IDAS E VINDAS DO AMOR (2010) temos a história, ou melhor, as histórias de vários casais durante o transcorrer dia dos namorados onde presenciamos rompimentos, revelações e muitas demonstrações de amor, num dia que parece ser muito especial para todos os personagens do filme, o Dia dos Namorados.

O problema do filme está basicamente aí. É tudo uma verdadeira colcha de retalhos. São dezenas de rostos famosos que se cruzam na tela, para viverem histórias completamente minúsculas, sem permitir ao espectador, sequer poucos minutos de chance para poder desfrutar de suas presenças, e temos nomes importantes para o cinema como JULIA ROBERTS, JAMIE FOXX, ANNE HATHAWAY e JESSICA BIEL entre vários outros.

O que deveria ser a grande sacada do filme, acaba se tornando o seu principal problema. É claro que temos outros. Várias frases retiradas de livros de auto ajuda, problemas que aparecem de forma abrupta e são solucionados da mesma forma. Várias reviravoltas em quase sempre esperadas, enfim, não consegui me ligar a nada que foi apresentado, infelizmente, pois gosto de praticamente todo mundo que apareceu durante a sua exibição.

Minha Nota: 5.0
IMDB: 5.7

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Guerra das flechas, A - (Choi-jong-byeong-gi Hwal) - 2011


Esse é apenas o terceiro filme do diretor sul coreano HAN-MIN KIM e conta uma história ambientada durante a segunda invasão Manchu da Coréia, um homem luta contra toda uma dinastia, para salvar sua irmã mais nova que foi sequestrada pelo exército da Manchúria.

O filme tem uma  beleza visual fantástica, com a utilização de cores que impressionam na tela e uma história de heroísmo e honra. Mas com um pano de fundo, que nunca nos deixa esquecer, os horrores que são experimentados durante as guerras. Sejam elas ocidentais ou orientais.

Como os grandes filmes de artes marciais, os combates são os pontos fortes desse filme e entenda-se por combates, tiros de flecha sensacionais, que necessitam da destreza de quem manuseia o arco, para que deixem de ser impossíveis e se tornem espetaculares.

Acho que o diretor não conseguiu tornar os grandes momentos do filme na minha opinião, grandiosos como ele imaginou que seriam, mas de qualquer forma, é inegável que temos boas cenas de combate e a carga totalmente negativa, fica por conta da cena do tigre, que mesmo com toda a modernidade dos efeitos especiais a favor dos grandes diretores, ainda presenciamos trabalhos que deveriam ter optado por não inserirem determinadas cenas como essa.

Minha Nota: 6.2
IMDB: 7.2

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Protegendo o inimigo - (Safe house) - 2012


Demorei um tempo bom para ver esse filme do diretor sueco DANIEL ESPINOSA, que tem em seu currículo o excelente SNABBA CHASH (2010), na verdade por contar com a presença de DENZEL WASHINGTON em seu elenco, mas já que recebi algumas recomendações do pessoal do trabalho, resolvi reservá-lo para ver mais tarde e o filme realmente é bom.

Na história, um jovem agente da CIA é encarregado de cuidar de um fugitivo em uma casa segura. Mas quando a casa segura é atacada, ele se vê envolvido em um crime de proporções gigantescas.

O diretor continua usando recursos bem parecidos com aqueles que são usados no seriado 24 horas. Câmera na mão, closes intensos para remeter um tom dramático para algumas cenas e o recurso de descrever o tempo todo em que hora do dia estamos, para manter o espectador ligado nas ocorrências que vão acontecendo em um ritmo muito acelerado.

O ritmo do filme é muito bom e a trama é baseada no tema de espionagem com corrupção, que é interessante bastante plausível. RYA REYNOLDS faz o papel do espião iniciante, que não tem experiência de campo e forma uma dupla interessante com o experiente e sempre marrento Denzel, que tem um personagem bastante experiente e que coloca o personagem de Reynolds em dilemas mentais constantes. 

Alguns clichês são facilmente encontrados na obra, mas é sempre bom ver sangue novo na indústria de cinema americana, que está sendo buscado através da contratação de diretores de outros países como foi o caso de Espinosa.

Minha Nota: 6.6
IMDB: 6.8