quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Rock Brasília - Era de Ouro - (Rock Brasília - Era de Ouro) - 2011


Esse ROCK BRASÍLIA - ERA DE OURO (2011) que foi indicado por meu amigo Anderson Camilo, conta histórias principalmente de três das principais bandas oriundas desse estado e criadas no início dos anos 80.

Li no blog do Ailton Monteiro, que esse trabalho é o terceiro filme de uma trilogia do diretor sobre a formação histórica e política de Brasília, sendo os primeiros CONTERRÂNEOS VELHOS DE GUERRA (1991) e BARRA 68 – SEM PERDER A TERNURA (2001).

O documentário tem seu aspecto político bem presente, mas o apaixonante mesmo, são as histórias sobre o surgimento de bandas importantíssimas para o cenário do pop rock nacional. Achei interessante a opção do diretor, de inserir em determinados momentos, atores ou recursos de animação, para ilustrar passagens sob a narração de algum entrevistado, o que não é muito comum em documentários, mas o que me emocionou mesmo, foi o retorno ao passado, o saudosismo e principalmente, o fato do filme conseguir fazer com que eu voltasse a experimentar sensações que apareceram naquela época que não volta mais.

O filme ganhou o prêmio de Melhor Documentário no Festival de Paulínia.


Minha Nota: 6.8
IMDB: 7.5

Fahrenheit 11 de Setembro - (Fahrenheit 9/11) - 2004


Nesse trabalho, o famoso diretor de documentários MICHAEL MOORE mostra sua visão, baseada em entrevistas com os envolvidos, sobre o que aconteceu aos Estados Unidos após 11 de setembro e como a administração Bush supostamente usou o trágico evento para iniciar as guerras injustas tanto no Afeganistão quanto no Iraque.

Como sempre polêmico, Moore brinda seu telespectador com uma série de fatos que passam desapercebidos em meio a cobertura tendenciosa que a imprensa sempre faz dos fatos, trazendo a tona, discussões profundas e necessárias, que esclarecem atitudes que nem sempre são aceitas, mas que não necessariamente necessitam ser aceitas para que nossos governantes as tomem como definitivas.

Interessante saber que após sua primeira exibição no Festival de Cannes, Fahrenheit 11 de Setembro foi aplaudido por mais de 15 minutos, considerada a maior ovação já recebida por um filme em toda a história do festival, sendo também, apenas o segundo documentário a ganhar tal prêmio. Outro fato curioso, é que Moore abriu mão da candidatura ao Óscar em seu ano, para que o filme pudesse passar em TV aberta, antes das eleições presidenciais, visto que essa era uma exigência da academia.

Além de ganhar a Palma de Ouro em Cannes, o filme recebeu indicação de Melhor Filme Estrangeiro ao César além de outras indicações em outros festivais.


Minha Nota: 6.6
IMDB: 7.5

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Rurôni Kenshin: Crônicas de um espadachim na era Meiji - (Rurôni Kenshin: Meiji kenkaku roman tan) - 2012


Esse é apenas o segundo trabalho em longas metragem do diretor japonês KEISHI OHTOMO que tem várias séries de tv em seu currículo e que aqui, nos conta a história de um samurai, que após o fim da guerra Bakumatsu, promete não matar mais e sim, defender aqueles que precisarem de sua ajuda, para isso, ele se torna um andarilho que se utiliza de uma katana de lâmina invertida, contudo, como diz o ditado oriental, viver pela espada, morrer pela espada.

Com uma fotografia clara e bonita, que ressalta a tradição japonesa em suas construções, comidas e armas, o diretor nos mostra uma obra que não esconde a violência e o sangue, que na verdade, jorra sem nenhum pudor. O protagonista por si só, já é atrativo, mas além dele, o diretor consegue ainda criar diversos personagens bem construídos e que parecem ser oponentes que trarão algum desafio para o herói. Existem problemas como a construção de alguns personagens caricatos, que devem ter sido inseridos pelo diretor, para garantir a gargalhadas que não vêm. Mas esse não é o problema maior do filme. O herói citado, teima em oscilar, hora demonstrando um poder e habilidade fantásticos, hora sofrendo muito para conseguir bater um oponente que não deveria lhe impor tal resistência.

Apesar de se preocupar em mostrar os motivos que levaram seu protagonista a abandonar o caminho das mortes e principalmente, o que realmente o motivou a se tornar o assassino lendário de outrora, todas essas justificativas perdem o efeito ou parecem sem propósito, quando em uma cena próxima do final, o herói não demonstra nenhum ressentimento em quebrar sua promessa. E por falar do final, o diretor nos mostra que parece ter pensado bem em como terminar sua história. Ele consegue inclusive criar uma expectativa grande em seu público para tão esperada conclusão. Contudo, ele se perde na realização, assim como parece ter se perdido em diversos momentos de sua obra que resumindo, acaba apresentando uma relação tempo/benefício ruim para seu espectador.

Talvez essa longa duração seja um reflexo dos longos anos dedicados as séries de TV, assim como a ótima criação de personagens.

Minha Nota: 5.4
IMDB: 7.5

Ran - (Ran) - 1985


Um clássico do diretor japonês AKIRA KUROSAWA que trás também em seu currículo outro filme que entrou para a história do cinema, o lendário OS SETE SAMURAIS (1954). Durante 10 anos Akira planejou cada cena de RAN (1985), contudo, na época em que se iniciaram as filmagens da obra, a visão do diretor já estava bastante prejudicada o impedindo de rodar sozinho essas cenas. Sendo assim, ele contou com a ajuda de diversos ajudantes que se baseavam nos storyboards já prontos para preparar as cenas.

Ainda como curiosidade sobre a realização do longa, várias das centenas de figurinos usados no filme, foram criados a mão, num processo que levou dois anos, mas além de todos esses detalhes, existem diversas coisas louváveis, que mostram por que esse filme é considerado até hoje por vários críticos de cinema, um clássico. A construção de um épico da magnitude de RAN (1985) em uma época que os efeitos especiais eram tão escassos, é fantástica. 

Akira nos mostra exércitos numerosos e batalhas sangrentas, coisas que para a época eram avançadas demais. Além disso, a trama da obra, coloca em cheque assuntos totalmente atuais, na verdade, que nunca vão deixar de ser atuais. Ele mostra como a vida é injusta na maioria das vezes, e ainda, coloca em questiona de onde vem essa injustiça que mais parece divina, como se os deuses que acreditamos, fossem verdadeiros sádicos que se divertem apenas quando fazem nós mortais sofrermos.

Na história, um governante, resolve dividir seu império entre seus três filhos, que acabam aceitando o resolução do pai. Contudo, a influência da esposa de um deles, acaba gerando um problema que se amplifica de tal forma, que irmãos e pai, acabam por trilharem caminhos cruéis e sem volta. Tudo isso, graças a uma mente feminina motivada por merecida vingança.

Uma bela fotografia, um primor de roteiro e os velhos problemas de interpretação característicos do cinema oriental. Tudo bem que o filme envelheceu um pouco e sua duração nesse caso, parece ser ainda maior do que realmente é. Mas de qualquer forma, é uma honra conhecer um trabalho tão bem cuidado e tão bem realizado por um cineasta que vem bem antes dos ninjas voadores do cinema japonês que conhecemos aqui no ocidente.

RAN (1985) ganhou o Óscar de Melhor Figurino e foi indicado a Melhor Direção de Arte, Melhor Fotografia e Melhor Direção. Ganhou também o Bafta e o César de Melhor Filme Estrangeiro, além de diversos outros prêmios e indicações em festivais pelo mundo.

Minha Nota: 6.6
IMDB: 8.3

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Não - (No) - 2012



Quarto trabalho do diretor chileno PABLO LARRAÍN e que nos conta a história de como aconteceu o referendo em 1988 no Chile, que tinha por objetivo, permitir que Pinochet permanecesse no poder por mais 8 anos ou não.

Em diversos momentos não tive como não ligar a história ao ocorrido aqui mesmo em nosso país, quando depois de perder diversas eleições para a presidência da república, através de uma campanha publicitária ousada conseguiu-se mudar diante dos olhos do povo brasileiro, a figura do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva.

É basicamente dessa ótica, que o diretor Larraín nos reconta a história dessa época. Pela visão criativa de um grupo que apesar de sofrido e carente de expor a todo o povo de seu país, as atrocidades cometidas durante o governo dos militares.

GAEL GARCÍA BERNAL está simplesmente fantástico, como é seu costume, no papel do publicitário cabeça da campanha. Com um sotaque característico e a pronúncia das palavras feitas de forma arrastada e quase incompreensível o ator mexicano parece ter nascido naquela nação tamanha a perfeição de seu personagem.

O filme rendeu ao filme a indicação ao Óscar de Melhor Filme Extrangeiro e o prêmio de Melhor Diretor a Pablo no festival de Cannes.


Minha Nota: 6.4
IMDB: 7.6

Perder a razão - (À perdre la raison) - 2012



Filme do diretor belga JOACHIM LAFOSSE que conta a história de um casal de jovens que se apaixonam e vão viver juntos com o pai adotivo do noivo, um médico vivido pelo excelente ator francês NIELS ARESTRUP a seu pedido. A bela história de amor dos dois, lhes rendem 4 filhos, mais os dramas diários que a vida a dois, mais a presença de uma terceira pessoa podem trazer.

A bela personagem de ÉMILIE DEQUENNE a princípio, apenas vive o sonho de constituir sua família ao lado de seu amado. Contudo, os pequenos problemas caseiros, começam a afetar sua disposição e seu ânimo.

A obra é sensível e mostra de forma bastante competente, como essas coisas que vendo apenas como espectadores, podem nos parecer pequenas, mas em uma breve reflexão, projetando esses problemas para as nossas vidas, podemos compreender o verdadeiro peso que essa personagem está sentindo sobre os ombros. Além disso, o filme se propõe a discutir, a questão dos casamentos por interesses que parece ser tão frequente na filmografia Européia.

Acredito que o final, que já é revelado em partes logo no seu início, é o ponto chave da obra, mas que tivesse sido realizado apenas com uma interpretação com mais entonação da mãe, poderia tornar o filme muito maior. Acredito que tenha sido uma opção de seu diretor, mas o resultado não tira todo o brilho da obra, que se trata de um trabalho forte e audacioso que representa a realidade nua e crua.

O filme rendeu o prêmio de melhor atriz para Émilie em Cannes alem de ter recebido indicações de Melhor Filme e Melhor Filme estrangeiro em outros festivais.

Minha Nota: 6.4
IMDB: 6.6

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Robin Hood - (Robin Hood) - 2010


Épico como seus trabalhos GLADIADOR (2000) e A CRUZADA (2005) é esse ROBIN HOOD (2010), filme do diretor americano RIDLEY SCOTT e que conta a história de como surgiu a lenda do mais famoso justiceiro existente, que consagrou a ideia de roubar dos ricos para dar aos pobres.

Passado em uma época em que a Inglaterra sofria com as batalhas entre a França e também as batalhas internas entre os barões que não concordavam com todas as atitudes de seu rei, que depois de morto, dá lugar a um outro monarca que apenas se preocupava em sugar do povo, já pobre, o máximo de riquezas que eles ainda pudessem ter.

A partir dessa situação que Ridley desenvolve o personagem de ladrão, que aqui assume o papel de líder nato, que consegue unir um povo separado e magoado com seu governante, em um esforço conjunto contra uma ameaça comum.

A beleza e a habilidade do diretor nas cenas de ação e combates, assim como RUSSELL CROWE no papel de liderança, bem parecido com o que desempenhou em Gladiador, são indiscutíveis. Talvez como crítica, na minha opinião, apenas a relação entre o famoso ladrão e a personagem representada pela bela CATE BLANCHETT, não tenha uma química, mesmo com uma duração grande, que proporcionou ao diretor desenvolver essa ligação, mas que efetivamente não funcionou.

Minha Nota: 6.4
IMDB: 6.7

TPB AFK: The Pirate Bay Away from Keyboard - (TPB AFK: The Pirate Bay Away from Keyboard) - 2013


Primeiro trabalho do diretor SIMON KLOSE, esse documentário conta o período de 2009 a 2010, em que as principais empresas de cinema de Hollywood entraram na justiça contra os idealizadores e responsáveis pelo principal site de busca de torrents da internet, o Pirate Bay.

O filme, apesar de cumprir de forma modesta o papel de propor um tema para discussão, até onde um site que divulga um arquivo que está na máquina de um determinado usuário, para outros usuários poderem baixá-lo, é responsável pela pirataria tão falada hoje em dia na internet. Na minha forma de ver, concordo que empresas estão perdendo quantias muito grandes de dinheiro com a propagação desses arquivos, mas acredito, que isso faça com que elas busquem por trabalhos com qualidade cada vez maior, a ponto de causar tamanha gama de atrativos para seu público, que faça com que todo ele queira consumir esses produtos de forma totalmente legal, seja vendo no cinema, seja comprando um DVD.

Mas vale lembrar que os valores muitas vezes cobrados para esses entretenimentos, nem sempre correspondem a valores aceitáveis, visto o quanto são milhonárias todas essas produtoras de cinema pelo mundo.

De qualquer forma, o filme se foca em acompanhar os três jovens que idealizaram o site e que se expõe de forma corajosa, tentando explicar aos seus inquisitores, que não são eles quem fazer a pirataria, ou melhor, que ferem o direito de Copyright, e sim as pessoas que disponibilizam os arquivos na web. Mas acredito que se o foco fosse mais social, se a discussão fosse mais ampla, e colocasse em pauta o absurdo que é, tentar evitar que a informação esteja livre na rede, como deve ser, o filme teria um resultado muito melhor.

Minha Nota: 5.0
IMDB: 7.9

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Cafundó - (Cafundó) - 2005


Cafundó é um filme que mistura realidade com ficção na vida de João de Camargo, um ex-escravo negro que viveu de 1858 a 1942 em Sorocaba, e que na sua velhice, começou a fazer milagres e fundou uma igreja que até hoje existe, a igreja da água vermelha, uma mistura de candomblé e catolicismo.

Primeiro e único filme em que o ator PAULO BETTI atua atrás da câmera, como diretor, mas também faz uma pontinha em sua obra que ainda conta com a presença do talentoso ator LÁZARO RAMOS e da sensual LEONA CAVALLI nessa história que é uma mistura de história e religião.

O filme é repleto de simbolismos do candomblé e a minha falta de conhecimentos da religião, prejudicam é claro, a compreensão da obra, mas como o cinema é uma linguagem universal, em que vemos uma história e ao terminarmos, formamos nossa opinião sobre o quanto aquela história, seus personagens, sua trilha sonora e as imagens exibidas na tela, nos agradaram e nos marcaram. No caso desse CAFUNDÓ (2005), acredito que dê para se aproveitar a boa interpretação de Lázaro no papel de JOÃO CAMARGO que na verdade, é um preto veio, ou um ser de extrema sabedoria e poder em sua cultura.

Contudo, a falta de clareza no desenrolar da história e a utilização de simbolismo para contá-la, podem pelo menos para mim, ter prejudicado a apreciação, diminuindo bastante o resultado, para um filme comum sobre um homem que realmente se esforçou para ajudar o próximo.

Minha Nota: 5.6
IMDB: 7.0

A Entidade - (Sinister) - 2012


Filme do diretor SCOTT DERRICKSON, realizador do bem conceituado O EXORCISMO DE EMILY ROSE (2005), e que nos conta a história de um escritor, que sempre usou como temas histórias reais, muda-se para uma casa que teve seus ocupantes anteriores mortos em um crime não solucionado e encontra alguns filmes e uma filmadora, que mostram histórias reveladoras de vários outros crimes. 

Apesar de não gostar do gênero, o filme me incomodou por diversos outros aspectos, os sustos do filme acontecem em momentos tão fáceis de se adivinhar, que não causam o efeito desejado, pelo menos comigo.  Alguns ponto positivos não são aproveitados, pois a tal da entidade, que se trata de um demônio, que na minha opinião é o tipo de entidade mais assustador existente, é abordada superficialmente, pois seu diretor, em grande parte do filme, foca sua obra no aspecto investigativo, que acaba sendo curioso, mas que quando parece estar ficando coerente e interessante, cai por terra graças a fenômenos paranormais.

E o mais lega disso tudo, é que seu protagonista, demora tempo demais para entender o que está acontecendo, talvez, como o diretor obviamente deixaria escapar, para que sua obra faça todo o sentido em seu final, seu protagonista não acredita em ocultismo.

Acredito que o filme pode até agradar as pessoas que gostam do gênero, pois essa inserção do gênero policial com mais ênfase na história, pode ser um aperitivo a mais para essas pessoas. Eu fiquei decepcionado pelos motivos já mencionados e pela infinidade de clichês que seu diretor não pensa duas vezes em utilizar.

Minha Nota: 5.8
IMDB: 6.7

Espelho, Espelho Meu - (Mirror Mirror) - 2012


Este é o quarto filme do diretor indiano TARSEM SINGH que estreou com o suspense A CELA (2000), filme que sempre tive vontade de ver e que talvez eu baixe qualquer dia desses e que nesse ESPELHO, ESPELHO MEUS (2012), reconta de uma forma um tanto quanto diferente, o velho conto infantil que todos nós conhecemos.

Um rainha má rouba o controle de um reinou feliz e deixa sua princesa exilada por anos e anos, até que ela toma coragem e a após conseguir sair, pede ajuda de sete rebeldes engenhosos para reconquistar seu direito de primogênita.

O filme tem diversos problemas. Apesar de ter a presença de uma atriz que sempre gosto de ver na tela, JULIA ROBERTS, leva a obra para um patamar de comédia, prejudicando assim, todo o efeito mágico e encantador que já estamos acostumados e esperamos ao ver contada essa história.

Outro problema é que a beleza de JULIA ofusca a branca de neve, que apesar de ser vivida por uma menina muito novinha e linda vivida por LILY COLLINS, não consegue superar a beleza da madrasta má. De qualquer forma, o filme parece ter sido feito para um público mais novo, mas acredito que o pessoal que fez o filme, se esqueceu que até mesmo o público mais novo está mais exigente.

Minha Nota: 4.8
IMDB: 5.5

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

O Aviador - (The Aviator) - 2004


Com esse, somam-se até hoje, quatro trabalhos do diretor MARTIN SCORSESE com o ator LEONARDO DICAPRIO, os outros foram GANGUES DE NOVA YORK (2002), OS INFILTRADOS (2006) que preciso ver novamente, e ILHA DO MEDO (2010), filme que já me foi indicado diversas vezes e que ainda não consegui terminar.

Esse O AVIADOR (2004) é um filme biográfico, que descreve os primeiros anos do lendário diretor e aviador Howard Hughes, contando suas proezas tanto no universo do cinema quanto da aviação, sempre revolucionando e inovando as áreas onde atuava, conquistando uma série de desafetos que o acompanharam durante toda a sua história, mas ao mesmo tempo, tendo que lidar com o drama pessoal de conviver com o Transtorno Compulsivo Obsessivo.

A história cumpre um dos importantes papéis do cinema que é o de informar através da arte. É fascinante ver personagens que interpretam pessoas que realmente existiram e assim, temos a experiência de imaginar através dos olhos do diretor, como aquelas pessoas que hoje são verdadeiros ícones, se comportavam e levavam suas vidas.

A fantástica beleza de KATE BACKINSALE está representando a mulher que é considerada por várias pessoas, uma das mais lindas da história do cinema, Ava Gardner e é sempre bom ver uma mulher belíssima na tela. Mulheres bonitas não faltavam no convívio do protagonista do filme de Scorsese, que em minha opinião, peca por alguns fatores. Sua duração é exagerada. Acredito um pouco mais de dinamismo na história, seria bastante produtivo para seu resultado final. Outro problema que me incomodou, foi o fato da doença de seu protagonista, não influenciar em uma audiência que transcorreu por três dias, sem que ele sequer tivesse uma recaída. Mas salvo essas pequenas observações, o filme flui bem e até mesmo a presença de DICAPRIO não me incomodou tanto assim.

Vencedor do Óscar de Melhor Atriz Coadjuvante (CATE BLANCHETT), Melhor Edição, Melhor Fotografia, Melhor Direção de Arte e Melhor Figurino, o filme ainda foi indicado em outras seis categorias: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator (LEONARDO DICAPRIO), Melhor Ator Coadjuvante (ALAN ALDA), Melhor Som e Melhor Roteiro Original. Além disso, a obra faturou três Globos de Ouro, nas categorias de Melhor Filme (Drama), Melhor Ator (Drama) (LEONARDO DICAPRIO) e Melhor Trilha Sonora. Além de ter recebido diversos outros prêmios e indicações em festivais pelo mundo.

Minha Nota: 6.8
IMDB: 7.5

Trabalhar cansa - (Trabalhar cansa) - 2012


Primeiro longa metragem do diretor MARCO DUTRA e que conta a história de uma jovem dona de casa que está à beira de realizar o sonho de abrir seu próprio negócio: uma mercearia do bairro, contudo, seu marido fica desempregado e ela ainda tem que lidar com a contratação da uma empregada, os papeis do imóvel e outros problemas que vão aparecendo.

Eu cheguei até essa obra, algum tempo depois de ler uma crítica bastante animadora do Ailton Monteiro em seu blog e assim que encontrei o filme, o passei a frente de tudo que eu tinha para ver, contudo, não me agradou muito o resultado. Reli a crítica inclusive do Ailton e concordo com diversos pontos abordados por ele. O filme consegue efetivamente criar uma atmosfera de suspense e terror, que prende seu espectador em grande parte da projeção.

Contudo, a falta de acontecimentos e algumas interpretações fracas, por parte do grupo de jovens atores que compõe o elenco, acabaram me desanimando a ponto de não ter visto graça nenhuma no desenrolar da história. Quanto às qualidades, o filme, além do efeito suspense que consegue causar com bastante eficiência, realmente transmite com sucesso a agonia vivenciada tanto pelo marido recém desempregado e com uma idade avançada, quanto pela esposa que luta para fazer com que seu comércio prospere e se torna aos poucos, uma pessoa mais amarga por isso, mérito do diretor e da ótima atuação de seus protagonistas vividos por HELENA ALBERGARIA e MARAT DESCARTES.

Minha Nota: 5.2
IMDB: 6.5

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Jogos Vorazes - (The Hunger Games) - 2012



Filme do diretor GARY ROSS responsável por um filme pelo qual eu tenho um carinho enorme, SEABISCUIT - ALMA DE HERÓI (2003) e que nesse JOGOS VORAZES (2012) conta a história de uma adolescente, que para tomar o lugar de sua irmã mais nova nos citados jogos, se oferece para participar dessa competição com 24 participantes que devem se enfrentar até que sobre apenas um.

Baseado no primeiro de uma trilogia de livros, que bebem do tema abordado no filme BATALHA REAL(2000), uma produção japonesa que conta sobre um jogo dessa espécie e que é uma produção muito mais criativa e bem realizada que a versão americana.

Muito eu havia escutado falar da participação e da importância de JENNIFER LAWRENCE para o filme e realmente é fundamental o papel dessa atriz para que o filme não naufrague completamente em meio ao seu roteiro fraco e irritante. Digo isso não pelo fato da ambientação futurista dada para a obra, mas por uma abordagem na minha opinião, equivocada de um tema tão complicado quanto seres humanos matando uns aos outros e também, por faltarem nessa versão, uma série de componentes que engrandeceram muito a versão japonesa.

Minha Nota: 6.6
IMDB: 7.2

Gonzaga: De Pai pra Filho - (Gonzaga: De Pai pra Filho) - 2012


Filme do diretor brasiliense BRENO SILVEIRA responsável por outro ótimo filme sobre astros da música 2 FILHOS DE FRANCISCO - A HISTÓRIA DE ZEZÉ DI CAMARGO & LUCIANO (2005), trás agora a história do maior ícone da música nordestina, que chegou a gravar 200 discos e morreu sobre a alcunha de O rei do Baião Luiz Gonzaga.

Nesse trabalho, GONZAGA: DE PAI PRA FILHO (2012) somos apresentados a história desse músico fantástico e de seu filho, Gonzaguinha e da relação de pai e filho que sempre foi dura e muito distante.

Falando a obra propriamente dita, novamente o diretor nos apresenta um trabalho sensível, que consegue emocionar e alegrar seu público durante toda a projeção, deixando seu espectador incapacitado de não se envolver com a história apresentada. As inserções de fotografias e gravações reais de Luiz Gonzaga são feitas com tanta fluidez que parecem ter sido feitas em conjunto com as filmagens.

Eu particularmente sou um sujeito completamente apaixonado por música, fico completamente fascinado com histórias que contam como uma música foi escrita. Só de ter isso em um filme, meu afeto por ele é praticamente garantido. Isso aconteceu comigo várias vezes, para citar alguns exemplos O GAROTO DE LIVERPOOL (2009), CONTROL (2007) e o próprio 2 FILHOS DE FRANCISCO - A HISTÓRIA DE ZEZÉ DI CAMARGO & LUCIANO (2005).

Além disso, que acho fantástico, mas sei que é uma predileção que é bem particular, o filme emociona. A relação pai e filho que foi moldada em cima de muita mágoa, de um pai ausente, dedicado apenas a seu ofício é tocante. A arte de compreender um ao outro e principalmente perdoar. Breno Silveira toca muito bem nesse assunto, com sua sensibilidade costumeira.

E também o trabalho cuidadoso do diretor com seus atores, consegue nos oferecer um protagonista tão cativante que é interpretado por um músico que não tem formação de ator, selecionado entre mais de 5 mil candidatos para interpretar Luiz Gonzaga. E o roteiro, fantástico, baseado na história desse grande músico, foi concebido após Breno ter seu primeiro contato com a história através de uma caixa de fitas cassetes que ele recebeu, onde o filho entrevistava o pai.

Minha Nota: 8.2
IMDB: 7.1

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Donnie Darko - (Donnie Darko) - 2001


Primeiro longa metragem do diretor RICHARD KELLY, também responsável pelo controverso A CAIXA (2009), filme que sempre tive vontade de ver que conta a história de um adolescente problemático que é atormentado por visões de um coelho gigante que o manipula, fazendo com que cometa uma série de crimes, depois de o salvar de um acidente bizarro.

O filme tem uma estrutura interessante e trata de um assunto que sempre me chama a atenção. Viagem no tempo. Mas confesso que depois da confusão que a obra se torna, variando entre alucinações vivenciadas por seu protagonista e suas atitudes nada justificadas, que também ficam sem uma explicação, me diverti mais por encontrar em seu elenco, diversos atores hoje consagrados, que na época ainda eram relativamente jovens, como é o caso de JAKE GYLLENHAAL, MAGGIE GYLLENHAAL, PATRICK SWAYZE, SETH ROGEN, MATTHEW MODINE e DREW BARRYMORE.

Além dessa diversão, me deparei com uma trilha sonora sensacional, oitentista como a aura do filme passa, o que me causou também uma sensação de nostalgia agradável, mas que não compensou a confusão gerada pela obra.

O filme ganhou diversos prêmios e indicações em festivais independentes pelo mundo nas categorias Melhor Filme, Ator e Roteiro.

Minha Nota: 6.0
IMDB: 8.1

Rain Man - (Rain Man) - 1988



Filme do produtivo diretor BARRY LEVINSON, responsável por diversas obras principalmente nos anos 80 a 2000 como o ótimo SLEEPERS - A VINGANÇA ADORMECIDA (1996) e o fantástico BOM DIA VIETNÃ (1987) que nos conta esse RAIN MAN (1988) a história de um empresário, que depois de perder seu pai, fica sabendo que a herança milionária deixada como espólio, foi para um até então desconhecido interno de uma instituição psiquiátrica, que ele acaba descobrindo ser seu irmão.

A partir daí, temos um show por parte de seus protagonistas, TOM CRUISE que vive o jovem empresário, intempestivo e revoltado, ele intenciona sequestrar seu irmão, na intenção de conseguir metade da herança que ele entende ser direito dele. Como irmão de Cruise, aparece DUSTIN HOFFMAN talvez no melhor papel de sua carreira, fazendo o autista irmão de Cruise, que tem uma série de manias e fobias e que se vê obrigado a conviver com uma situação totalmente nova que é acompanhar seu irmão em uma longa viagem de carro.

Cruise é brilhante na composição de seu personagem, ambicioso, mas que se molda a medida que convive com seu irmão. E a competência dele é tamanha, que conseguimos detestar seu personagem no início do filme, para depois, próximo de seu final, torcermos por ele. Enquanto isso, ficamos maravilhados pela composição dada por Dustin para seu personagem, inclusive, foi ideia dele, a doença vivenciada no filme, além da improvisação em vários momentos, com falas criativas e fantásticas.

O filme ganhou Óscar de Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator e Melhor Roteiro Original além do Globo de Ouro de Melhor Filme, Melhor Ator, o Urso de Ouro em Berlin e diversas outras indicações em festivais pelo mundo.

Minha Nota: 7.8
IMDB: 8.0

Os Normais 2 - A Noite Mais Maluca de Todas - (Os Normais 2 - A Noite Mais Maluca de Todas) - 2009




Filme do diretor JOSÉ ALVARENGA JR. responsável por trabalhos como o fraco CILADA.COM (2011) e o ótimo DIVÃ (2009), e que nesse OS NORMAIS 2 - A NOITE MAIS MALUCA DE TODAS (2009) conta a história dos conhecidos personagens do seriado de mesmo nome, que agora passam por uma crise sexual em seu relacionamento e tem a ideia de apimentar a vida a dois. Para isso, saem a procura de uma terceira mulher para realizar um ménage à trois.

Com essa premissa, o filme não passa de uma série de situações criadas para serem engraçadas, mas que não funcionam tão bem assim na minha opinião. Em diversos momentos, o enredo perde a fluidez, o que não é tão incomum assim em comédias, mas que aqui, acaba surtindo o efeito de estarmos assistindo vários episódios do seriado em sequência, além de nos depararmos também com o velho problema do padrão globo de televisão aplicado ao cinema, que gera filmes muito quadrados, que não demonstram criatividade alguma que possibilite aos seus seus personagens e diretores, nos oferecer coisas novas e ousadas.

São poucos os momentos que me fizeram rir, se bem que isso é normal de acontecer comigo quando se trata desse gênero, mas a utilização de palavrões e de drogas, soam estranhos para aqueles personagens que estamos acostumados e causam a impressão de estarem presentes apenas para não tentar fugir do padrão que eles mesmos buscam como resultado.

O filme conta com a presença dos protagonistas LUIZ FERNANDO GUIMARÃES e FERNANDA TORES, e ainda DANIEL DANTAS, ALINE MORAES, CLÁUDIA RAIA, DRICA MORAES entre outros.

Minha Nota: 5.4
IMDB: 5.7

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

O Impossível - (Lo imposible) - 2012



Filme do diretor espanhol JUAN ANTONIO BAYONA responsável por obras como O ORFANATO (2007) que confesso não vi, mas que está na minha lista de desejos, que conta a história de uma família que viveu o horror que assolou centenas de pessoas durante uma das piores catástrofes naturais do nosso tempo, o Tsunami que varreu a Tailândia e diversos outros países asiáticos.

Existem vários méritos para a obra de Juan Antonio, o primeiro deles, é a beleza da fotografia, que apesar de nos mostrar uma catástrofe, com todas as letras, consegue ser clara e bela, pois sem dúvida nenhuma o lugar onde aconteceu tal flagelo, é um dos lugares mais belos do mundo, procurado por turistas de todas as nacionalidades.

Os cortes utilizados pelo diretor, contando a história de cada parte da família, separada depois do desastre, são eficientes, gerando uma tensão e emoções muito bem vindas. Em diversos momentos, nos pegamos fortemente ligados aos sentimentos vividos por aquelas pessoas, nos emocionando e nos desesperando juntamente com os personagens. Além disso, os efeitos especiais utilizados são impressionantes, nos proporcionando imagens realmente assustadoras.

A atuação de NAOMI WATTS é louvável, mas mesmo com uma participação menor, EWAN MCGREGOR mostra o quanto é bom ator, pois a cena dele ao telefone, dificilmente não leva qualquer um as lágrimas. Achei interessante, o fato do diretor aparentemente poupar todo o elenco infantil o que ainda não sei se me soou como falta de ousadia, ou como uma forma de tentar se afastar regeição por parte do público, ao mostrar crianças muito machuadas, como fez com seus personagens adultos.

Indicado ao Óscar de Melhor Atriz, o filme ainda recebeu diversos prêmios em festivais pelo mundo.

Minha Nota: 7.6
IMDB: 8.2

Expedição Kon Tiki - (Kon-Tiki) - 2012



EXPEDIÇÃO KON TIKI (2012) é uma obra fictícia, candidata da Noruega a representante na disputa pelo Óscar de Melhor Filme Estrangeiro e é baseada na expedição real que já havia sido contada através de um documentário que foi premiado em 1950, pelo cientista mentor de tal feito. Agora o diretor norueguês JOACHÍM RONNING em seu terceiro longa, nos conta novamente essa história incrível..

Apesar de algumas falhas, como a relação de amizade repentina criada entre o engenheiro, membro do grupo que realiza a expedição e o cientista é muito falha, dando a impressão que qualquer fracasso na vida amorosa ou profissional, pode levar a maioria das pessoas a se aventurar por um caminho que é quase a morte certa.

Mas isso não é problema para o desenvolvimento do filme, pois depois que se inicia a expedição, com uma fotografia fantástica, e conseguindo em diversos momentos uma atmosfera de tensão em sua história, nos deixando ligados e ao mesmo tempo receosos do que está para acontecer, o diretor acerta e mantém esse clima, que nos deixa ligado e torcendo para que tudo saia como o planejado, o que na minha opinião é fundamental. Fazer com que o espectador torça pelo filme.

Concorrendo ao prêmio de Melhor Filme Estrangeiro, EXPEDIÇÃO KON TIKI é uma diversão fantástica, além de cumprir um dos papéis mais importantes que o cinema ganhou com os anos, o de entreter e informar.

Minha Nota: 6.8
IMDB: 7.2

2001 - Uma Odisséia no Espaço - (2001: A Space Odyssey) - 1968


Filme do diretor americano STANLEY KUBRICK, responsável por filmes como SPARTACUS (1960), LARANJA MECÂNICA (1971) e NASCIDO PARA MATAR (1987) e que se tornou um dos maiores clássicos do cinema moderno. A humanidade encontra um misterioso objeto artificial, enterrado sob a superfície lunar e enviou uma equipe, composta por 5 tripulantes e pelo computador HAL 9000, a máquina com inteligência artificial mais moderna do mundo, atrás de respostas para os mistérios do universo.

Essa obra serve como base para várias cadeiras de ensino, voltadas ao cinema, que se baseiam em explorar as nuances visuais e sonoras dispostas ali. Já li uma matéria enorme, só sobre os efeitos sonoros utilizados por KUBRICK e realmente é impossível não se surpreender, mesmo que por breves instantes, com sua trilha sonora e com as imagens fantásticas que preenchem nossa tela, logo de início.

Dividido em capítulos, talvez como forma de tornar um pouco mais acessível ao público, o filme é uma experiência nova, talvez, até nos dias de hoje, pois não foca seu objetivo maior na compreensão do que é mostrado em tela, mas sim, da experiência sensorial que desfrutados. 

Seu andamento lento, bastante contemplativo, faz com que experimentemos a sensão de estarmos no espaço. Diversos momentos o diretor brinca com a gravidade e com as resitrições que um astronauta deve passar, como alimentação, hibernação e principalmente a convivência com uma máquina, que é responsável por todas as ações diárias e nesse momento, KUBRICK propõe uma discussão moderna demais para sua época, o quão longe pode chegar a inteligência artificial. A capacidade de processamento dos computadores, até hoje, não são conhecidas e deixam abertas infinitas possibilidades e dúvidas, sobre por quais caminhos nossa humanidade irá guiar essas máquimas incríveis.

O filme ganhou o Óscar de Efeitos Visuais.

Minha Nota: 6.8
IMDB: 8.4

Caminho da Liberdade - (The Way Back) - 2010



Filme do australiano PETER WEIR, diretor de currículo vasto, responsável por trabalhos como A SOCIEDADE DOS POETAS MORTOS (1989) e do ótimo O SHOW DE TRUMAN (1998) e que dessa vez nos conta a história de um grupo de fugitivos de uma prisão na Sibéria, em meio a segunda guerra, que tem que atravessar a ásia até chegarem a Índia em sua busca pela liberdade.

Confesso que eu só vi esse filme por falta de opção, pois estava sem sono e procurei algo na TV e encontrei no elenco do filme, o nome de COLIN FARRELL, mas o filme também conta com JIM STURGESS, ED HARRIS e com a bela SAOIRSE RONAN.

Apesar de ser uma aventura quase que absurda, pois os personagens tem que fazer uma caminhada desumana sem ter o que comer, sem ter o que beber, atravessando desertos e até mesmo o conjunto de montanhas do Himaláia, a história é baseada em fatos reais, ou seja, uma coleção de fatores que servem para engrandecer a obra, contudo, seu diretor parece se perder um pouco o que me incomodou, fazendo com que eu não me apegasse nem a seus personagens, nem ao objetivo deles.

Na minha opinião, o filme ficou moroso. Fiquei tão cançado e sem esperança quanto seus personagens, o que de certa forma, pode ser considerado como mérito, mas não acredito que fosse essa intenção do diretor, entediar seu público.

O filme ganhou uma indicação ao Óscar de Melhor Ator Coadjuvante para ED HARRIS.

Minha Nota: 6.0
IMDB: 7.3

Kill Bill - Volume 2 - (Kill Bill: Vol. 2) - 2004



Quinto trabalho do diretor QUENTIN TARANTINO que na verdade, é o encerramento da incrível obra iniciada com KILL BILL - VOLUME I (2003). Dessa vez, a noiva assassina continua sua busca de vingança contra seu ex-chefe e amante que dá nome ao filme.

Lembro-me de ter visto esse filme no cinema e de estar extremamente emocionado antes mesmo de subirem os créditos inciais, tamanha era minha expectativa e contentamento com o filme anterior, e lembro também não me decepcionei em nada.

Seguindo a tônica de seu antecessor, mas dessa vez, se concentrando em explicar melhor o que ocorreu e o que motivou tal brutalidade por parte dos assassinos, TARANTINO se diverte ao mostrar como a noiva obteve seu treinamento e que motivos levaram-na a abandonar a vida de crimes e se casar em uma cidade no interior dos Estados Unidos.

Nesse filme também, o diretor reserva um surpresa para sua protagonista e para seu público, mas contando a história com o mesmo talento demonstrado no filme anterior.

A violência e os combates marciais estão também presentes aqui, e claro, a lista enorme de homenagens e referências sem pre presentes nos trabalhos de TARANTINO.

O filme foi indicado ao Globo de Ouro de Melhro Atriz e Melhor Ator Coadjuvante, além de receber indicações em outros festivais também.

Minha Nota: 9.2
IMDB: 8.0

Kill Bill - Volume 1 - (Kill Bill: Vol. 1) - 2003


Quarto filme do diretor americano QUENTIN TARANTINO que novamente traz como tema principal de suas obras, uma história de vingança, na minha opinião, a melhor história de vingança já contada por esse brilhante diretor que carrega consigo milhares de fãs pelo mundo todo.

Responsável por um cinema de vanguarda, recheado de elementos da cultura pop e de preferências que o diretor trás consigo desde a época em que trabalhava em locadora de vídeos, como o universo dos quadrinhos, artes marciais, sexo e violência, Tarantino dessa vez nos conta a história de uma noiva que ao acordar depois de 4 anos de coma, assume como objetivo maior, se vingar dos responsáveis por seu suposto assassinato durante o seu ensaio para seu casamento.

Inicialmente a obra foi planejada para ser um único filme, mas devido à sua longa duração, o diretor Quentin Tarantino e os produtores da Miramax Films acabaram concordando em dividi-la em duas partes, com diferença de seis meses entre seus lançamentos. Esse filme também é um presente de aniversário do diretor para sua protagonista UMA THURMAN. A ideia do roteiro aconteceu ainda durante as filmagens de PULP FICTION - TEMPO DE VIOLÊNCIA (1994).

A beleza visual de KILL BILL - VOLUME I (2003) é um dos fatores que mais me chamam a atenção, mesmo abordando um tema tão controverso quanto a violência, que é mostrada sem escrúpulos pelo diretor, o filme nos brinda com momentos lindos como o plano sequência dentro do restaurante, que mostra o quanto esse gênio domina a técnica do cinema.

Devemos somar ainda a brilhante utilização de sua já conhecida característica de quebrar a linha temporal, dessa vez dividindo sua obra em capítulos, nos contando uma história que não começa pelo seu início, mas que vai e volta no tempo, sem perder o sentido um só segundo. O diretor ainda nos apresenta uma trilha sonora inesquecível e batalhas memoráveis regadas a muito sangue, na verdade, foram utilizados 450 galões de sangue falso somando-se os dois filmes a título de curiosidade.

O filme recebeu indicação de Melhor Atriz no Globo de Ouro, e ainda de Melhor Trilha, Efeitos e som em outros festivais, mas o que fica fácil de se notar, é que com esse trabalho, Tarantino comprova que seu trabalho não tem nada de sorte e sim muita competência e bom gosto, que consegue agradar a quase todo tipo de público.

Minha Nota: 9.4
IMDB: 8.2

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Ó Paí, Ó - (Ó Paí, Ó) - 2007


Filme da diretora baiana MONIQUE GARDENBERG que foi também responsável pelo ótimo BENJAMIM (2003) e que nesse Ó PAI, Ó (2007) nos conta as histórias de um grupo de moradores de um cortiço durante o Carnaval no histórico Pelourinho em Salvador, Bahia. Acompanhamos as vidas dessas pessoas seus dramas, seu humor, criatividade e o linguajar todo peculiar dessa região do país.

Contando com a presença de atores como LÁZARO RAMOS, DIRA PAES e WAGNER MOURA, o filme é uma mistura de comédia, baseada mais nas caricaturas de esteriótipos específicos não da Bahia mas de qualquer parte do mundo e na caracterização de outros, que além de cantar e de mostrar um pouco da sensualidade do carnaval baiano, fazem um humor todo particular. O filme é baseado em uma peça de mesmo nome e seu sucesso, rendeu uma minissérie que foi veiculada na Globo.

A falta de uma linha de história mais rígida, faz com que seu espectador em diversos momentos se sinta perdido, sem um direcionamento. Trata-se de um filme de personagens, que concentram em sua caracterização e interpretação, o teor humorístico que permeia a obra. A presença de EMANUELLE ARAÚJO merece destaque por sua carga sensual e de beleza, talvez um dos únicos momentos memoráveis dessa obra que na minha opinião, não deve ser lembrada por muita gente que a tenha visto.

Minha Nota: 5.0
IMDB: 5.9

Busca Implacável 2 - (Taken 2) - 2012


Dirigido pelo americano OLIVIER MEGATON mesmo diretor do recente COLOMBIANA: EM BUSCA DE VINGANÇA (2011) e do terceiro filme da série CARGA EXPLOSIVA 3 (2008), segue a continuação de BUSCA IMPLACÁVEL 2 (2012), que conta a história do ex-agente do governo, agora, fazendo um trabalho em Istambul, é perseguido por um mafioso, que teve seu filho morto na primeira obra.

De acordo com o diretor e roteirista francês LUC BESSON esse será o último filme da franquia, contudo, o tema abordado nessa obra, deixa a abertura para uma continuação. Vamos aguardar. Quanto a essa continuação, existem pontos que nos lembram seu antecessor e que são o que tornaram o filme tão bom, sequências de ação, perseguição de automóveis, lutas e tiroteios, contudo, dessa vez, o argumento é bem mais frágil e esses elementos não estão tão bem costurados quanto na obra de 2008.

Vamos aos problemas. Dessa vez, o agente tem momentos de tranquilidade em cativeiro, que fazem com que ele instrua sua filha por telefone, de forma a torná-la peça fundamental para sua liberdade, que só acontece mesmo depois que sua mulher é ferida por um dos bandidos e só então, ele se preocupa em se libertar. Além disso, o personagem já incia a obra, com algumas paranoias, que não existiam na obra inicial. A aproximação com a esposa, vivida a propósito, novamente pela belíssima FAMKE JANSSEN é repentina e arrebatadora, o que torna mais difícil aceitar que aquelas pessoas que passaram pelo que passaram na obra original, tivessem um distanciamento tamanho, que necessitasse todas as explicações que recebemos quando eles se encontram no início do filme.

Bom, mas para não dizer que só temos coisas a criticar, temos que ressaltar que as cenas de ação estão presentes e são ótimas. Inclusive, dessa vez, temos uma utilização de câmera, que se repete algumas vezes, muito interessante, com a câmera girando ao redor do personagem, nos proporcionando um efeito muito agradável, que acrescenta dinamismo e valoriza as cenas.

Minha Nota: 6.8
IMDB: 6.2

Bruna surfistinha - (Bruna surfistinha) - 2011


A primeira vez que assisti BRUNA SURFISTINHA (2011) foi em abril do ano de seu lançamento e ontem a noite, tive a oportunidade de rever essa obra do diretor MARCUS BALDINI que teve esse como seu primeiro longa metragem, contando a história baseada no livro "O doce veneno do escorpião" que chegou a incrível marca de mais de 300 mil cópias vendidas no Brasil e já foi traduzido para 15 idiomas diferentes.

Escrito por Raquel Pacheco, a própria Bruna, que conseguiu atingir marcas incríveis, ao postar em um blog, suas experiências sexuais com seus clientes. Na telona a atriz DEBORAH SECCO interpretou o papel da garota de programa, desde a sua saída de casa, muito nova, passando pelo ápice de sua carreira, atendendo em um flat caro em um ponto nobre de São Paulo, até a sua decadência graças ao seu envolvimento com drogas.

Deborah chegou a engordar 10 quilos para interpretar a sua personagem e a entrega da atriz é realmente admirável. Ela imprime uma aura de frustração e distanciamento para o papel, talvez com o intuito de refletir a falta de apego que seu personagem demonstra desde o início do filme. Eu cheguei a ler na época de seu lançamento o livro e confesso, que mesmo a obra literária, não é clara quanto as motivações reais de sua autora que a levaram por essa vida. 

Acredito inclusive, que essa passagem rápida pelo início da obra, sem se concentrar em suas motivações e a partir daí, fixar bastante as cenas de nudez e sexo vivenciadas pela protagonista, além da utilização de drogas e a vivência com as outras profissionais mais experientes, seja o ponto fraco do filme, que segue bem fiel ao livro que o originou e que chegou ao sucesso que chegou graças justamente a essas cenas e experiências relatadas pela protagonista.

Vale destacar uma frase dita por uma das personagens, com a qual concordo e acredito que foi um dos pontos altos inclusive do livro, "Sabe o que homem gosta na cama? Homem gosta de fazer a mulher gozar, mesmo que seja de mentira". O filme ganhou diversos prêmios, dentre eles Melhor Filme, Diretor, Atriz e Atriz Coadjuvante.

Minha Nota: 6.4
IMDB: 6.2

Busca implacável - (Taken) - 2008


Filme do diretor francês PIERRE MOREL responsável também pelo excelente B13 - 13º DISTRITO (2004) que já dava mostras de um cinema de ação inovador, fui ver apenas agora esse BUSCA IMPLACÁVEL (2008), que conta a história de um ex-agente do governo, que tem que encontrar rapidamente sua filha que foi sequestrada em uma viagem pela França e que provavelmente deve ser encontrada rapidamente, antes que suma do mapa definitivamente.

A muito tempo não via um filme de ação tão funcional, perseguições de carros, combates corpo a corpo, tiroteios, investigação, enfim, uma orquestra de elementos que em harmonia, nos presenteiam com uma obra de ação e suspense memorável. Um roteiro dinâmico, que consegue prender o espectador de seu início ao seu final, mérito do renomado diretor e roteirista francês LUC BESSON, mas que não merece os louros sozinho, pois a realização do diretor PIERRE MOREL, com cortes rápidos nos momentos certos, dão uma dinâmica na tela, que reflete perfeitamente o que seu roteiro já calcula com precisão.

A presença de LIAM NESSON no papel de um ex-agente é perfeita, com sua tranquilidade natural que assusta mais do que olhares de fúria e agressividade, o que explica a sua reutilização em filmes desse gênero em trabalhos recentes como por exemplo A PERSEGUIÇÃO (2011).

Talvez o único ponto fraco do filme esteja nas cenas em que o diretor tenta nos mostrar as tentativas frustadas que o personagem de Liam tenta de se aproximar de sua filha, tentando compensar os anos a serviço do governo que significaram ausência para a garota, além disso, ao optar por concluir seu trabalho de forma tradicional e mais fácil, claro que agradando a grande maioria de seu público, que prefere personagens heroicos, quase intocáveis, que conseguem resistir a tudo e a todos e sempre trazem de volta a mocinha salvando o dia, no lugar de humanizar mais sua história refletindo as vidas difíceis, sem graça e quase sempre com acontecimentos desfavoráveis e finais não tão felizes, que cabem a nós reles mortais.

Minha Nota: 7.0
IMDB: 7.9

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Upside Down - (Upside Down) - 2012


Segundo longa metragem na carreira do cineasta argentino JUAN SOLANAS que conta a história de um jovem que se apaixona, ainda na adolescência, por uma menina de um outro mundo. Eles vivem em mundos com gravidades que puxam em direções opostas. Depois de passados dez anos de uma separação forçada, ele engendra uma perigosa missão para que possa reencontrar seu amor.

Reconheço que o filme tem diversas boas intenções e boas idéias também. Começando por seu roteiro, que é uma ideia nova e interessante de um romance originado entre duas pessoas de mundos diferentes, com gravidades invertidas, mas que tem uma proximidade que permitem que seus habitantes convivam, mas obrigados a seguir diversas regras. A utilização de cores neutras e escuras, nos ambientes representados pelo mundo inferior e pela empresa que se aproveita das riquezas naturais desse mundo e momentos de brilho e cor na tela, apenas nas aparições de KIRSTEN DUNST que como sempre aparece com seu carisma e beleza costumeiros. 

A ideia de separação dos mundos, ainda pode remeter a nossa realidade de países muito ricos e países muito pobres, onde sempre existe a exploração dos mais fracos pelos mais fortes e isso sempre é válido quando acarreta em uma reflexão por parte do público expectador.

Contudo, o que era para ser um grande filme baseado em uma grande ideia, acaba mal realizado, talvez por falta de recursos a serem utilizados, ou mesmo por falta de cuidado na exploração de todo o enredo disponível. Rapidamente ficamos cansados pelo excesso de utilização das câmeras de ponta a cabeça, sem falar na má realização de algumas cenas, com efeitos especiais primários que desvalorizam muito o filme. Outro problema, é que as regras que são impostas, em vários momentos, são deixadas de lado, sempre que se tornam uma barreira para seus realizadores, o que é uma pena.

Para concluir, quando caminha para seu final, o filme fica acelerado, como se seu diretor tivesse pressa em concluir a obra ou pior, não conseguisse ter nenhuma outra ideia para explicar melhor as soluções que ele propõe para sua conclusão, o que é uma pena.

Minha Nota: 5.8
IMDB: 6.4

As sessões - (The Sessions) - 2012


Trabalho do diretor polonês BEN LEWIN esse AS SESSÕES (2012) traz a história de um homem com paralisia, que precisa de um pulmão de aço para respirar, deseja perder sua virgindade com uma terapeuta sexual, mas por ser religioso, vê impedimentos nisso.

Acho que nunca comentei isso, mas sempre encontro situações, em que filmes que acabei de ver bem próximos uns dos outros, com uma frequência que chega a me assustar, tendem a ter ligações mais fortes do que terem sido feitos na mesma época, terem os mesmos atores atuando neles e mais uma infinidade de coisas.

Estou dizendo isso por que o protagonista desse AS SESSÕES (2012) é um escritor, poeta, assim como o do filme anterior, AS VANTAGENS DE SER INVISÍVEL (2012), os dois eram virgens e não sabiam o que esperar do seu primeiro relacionamento com uma mulher. No caso desse filme específico, seu protagonista sofreu de poliomelite na infância e tem  apenas movimentos com sua cabeça e boca que funcionam de forma adequada, necessitando até de um respirador mecânico para se manter na maior parte do tempo.

O diretor conseguem, mesmo com poucos ambientes, nos manter atentos ao drama vivido por esse jovem homem, que preso a sua maca, consegue conhecer o amor por 3 vezes, e sua relação com a terapeuta sexual vivida por uma HELEN HUNT madura, mas que continua com a essência de sua beleza viva em seu corpo maravilhoso, é algo tocante, que quase deixa de ser erótico. Vemos o personagem tendo que conviver com o surgimento de sentimentos e desejos que vão além da manifestação sexual natural a homens e mulheres.

A participação de WILLIAM H. MACY como padre e confessor do poeta é brilhante, e até um tanto quanto moderna, pois ele dá conselhos nada ortodoxos para seu fiel, que está querendo descobrir coisas que a igreja só o permitiria descobrir depois do sagrado o laço do matrimônio. A habilidade e sensibilidade de Ben na direção do longa, consegue nos colocar no lugar de seu protagonista e a fotografia deslumbrante ajuda na apreciação e contemplação da obra. Outro fator que engrandece o filme é a lição de vida que podemos tirar de tudo que vemos, além é claro, dos breves momentos em que a poesia toma conta da tela, pois o poema que o protagonista escreve para sua terapeuta é simplesmente fantástico.

Baseado em um artigo escrito pelo próprio protagonista sobre qual é contata a história, Mark O'Brien e vale lembrar que a interpretação do ator JOHN HAWKES é simplesmente impressionante, traduzindo com perfeição as dificuldades de uma pessoa acometida desse doença, sendo perfeito até mesmo em detalhes como a curvatura de seu corpo 

O filme consegue emocionar, mas não é um melodrama completo, o que o torna ainda mais valioso para seus apreciadores. Helen recebeu indicação ao Óscar de Melhor Atriz Coadjuvante pela obra.

Minha Nota: 7.2
IMDB: 7.3

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

As Vantagens de Ser Invisível - (The Perks of Being a Wallflower) - 2012


Primeiro trabalho na direção de um longa metragem do diretor americano STEPHEN CHBOSKY e que nos conta a história de um calouro introvertido que tem dificuldades em se ambientar ao ensino médio mas que acaba recebendo ajuda de um grupo de garotos desajustados.

O filme conta com a presença da belíssima EMMA WATSON no papel da amada do protagonista, um personagem que vive um drama pessoal que não nos é revelado de início e que desencadeou, um suposto problema emocional com o qual ele tenta lidar o tempo todo, e consegue refúgio e conforto em suas redações, no grupo de amigos que ele acaba de conhecer e no amor que começa a nutrir secretamente pelo personagem de Emma. O jovem ator EZRA MILLER merece destaque também pelo personagem que interpreta, mostrando uma faixada alegre e corajosa, enquanto faz isso apenas para esconder todos os dramas que vivenciou em seus poucos anos de vida.

A história consegue emocionar, eu mesmo contei e me emocionei por 3 vezes com os dramas vivenciados pelos personagens do filme, pois a obra refletir alguns momentos que podemos reconhecer determinados momentos de nossas vidas e os dramas que neles vivenciamos, tornando nossa ligação com sua história mais palpável, além disso, o filme conta com uma bela fotografia que se utiliza de um recurso que nos transmite a impressão de ter sido rodado realmente nos anos 80.

A trilha sonora é um outro show a parte, trazendo uma série de sucessos da época, com músicas lindas que ainda nos remetem um sentimento de nostalgia fantástico, reforçando mais ainda a empatia que sentimos pelo personagens do filme.

O filme concorreu e também ganhou diversos prêmios em festivais independentes pelo mundo nas categorias de Melhor Roteiro, Melhor Atriz e Melhor Ator Coadjuvante, o que foi totalmente merecido.

Minha Nota: 7.0
IMDB: 8.2

domingo, 10 de fevereiro de 2013

A Mentira - (Easy A) - 2010


Filme do diretor americano WILL GLUCK, responsável pelo recente comédia romântica AMIZADE COLORIDA (2011) e que vem nos contar uma história de uma adolescente do ensino médio, que não é uma das alunas mais populares e por isso, inventa para sua melhor amiga dentro do banheiro, que perdeu a virgindade em um encontro inventado, contudo, uma fanática religiosa escuta a conversa das amigas e espalha por toda a escola, fazendo com que a garota tenha que, para manter a sua mentira e a sua popularidade, começa a contar uma sequência de mentiras que vão se tornando uma verdadeira bola de neve.

Mais uma comédia romântica, gênero que apesar de bobo e fraco, por ser quase sempre recheado de clichês, o que o torna filmes desse tipo um amontoado de obras contando histórias parecidas com finais bem próximos e que apesar de tudo isso eu adoro, esse A MENTIRA (2010) trás no papel da protagonista a talentosa e bela EMMA STONE, mas acho que nem o talento da atriz não é suficiente para manter o ritmo e a história do filme de forma eficiente e interessante. Na verdade, temos um filme um tanto quanto irregular, variando de momentos criativos e divertidos, a momentos batidos e sem graça.

De qualquer forma, a obra chega a ser divertida em alguns pontos, chegando mesmo até a emocionar aqueles que conseguirem se envolver com a história, mas não passa de mais um divertimento esquecível.

Minha Nota: 5.8
IMDB: 7.1