quinta-feira, 31 de maio de 2012

Pervertida, A - (Transgredire) - 2000


Depois de algum tempo vendo PERVERTIDA, A (2000) do diretor italiano, famoso por suas obras de conteúdo erótico TINTO BRASS, percebi que já havia visto mas não me recordava dessa obra e do estilo peculiar desse diretor.


No filme, uma adorável moça, procura um apartamento para alugar e recebe a proposta da locatária, dona de uma imobiliária, de ficar com um apartamento as margens do Tamisa, com a proposta de um pagamento diferente.


O diretor não tem pudor e já mostra isso logo no início do filme, com casais trocando carícias explícitas em uma praça pública e a protagonista passeando por entre esses casais. Tinto não poupa closes nas partes genitais tanto de mulheres quanto de homens. Mas nunca se desliga da história também.


A beleza de sua protagonista, a atriz ucraniana YULIYA MAYARCHUK tem algo de pornográfico de tão erótico. Assim como a película, que só não tem cenas de penetração, mas beira o porno em tempo quase que integral. Sem dúvida nenhuma uma obra erótica e que trás como lição, que sem a traição, não pode existir o ciúmes e sem os ciúmes, não existe o desejo.


Sem dúvida, a beleza dos corpos e exaltada por todo o filme, principalmente do corpo feminino e acredito, que apenas o tom caricato utilizado pelo diretor, impede que sua obra seja considerada algo sério, o que também pode não ser a intenção do diretor, pois até mesmo em cenas, que sua protagonista sofre por aparentemente ser abandonada por seu amado, sua câmera insiste em focar a beleza do sexo feminino.


Minha Nota: 6.4
IMDB: 5.6

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Projeto X - Uma Festa Fora de Controle - (Project X) - 2012


Nesse primeiro longa metragem dirigido pelo inglês NIMA NOURIZADEH e produzido pelos mesmos responsáveis por BEBER NÃO CASE, SE (2009), temos a história de três amigos prestes a terminar o ensino médio, que aproveitam uma pequena viagem dos pais de um deles, para realizar a festa que mudará a condição de loosers em que se encontram.

Com essa premissa, o filme nos apresenta rapidamente os pais do garoto aniversariante, os preparativos para festa, em que o colega mais descolado faz os convites para todos que encontra pelo caminho até o momento de dúvida sobre a chegada dos convidados, para enfim entrar de vez na festa. E isso é o filme. A festa e uma quantidade absurda de absurdos. Não cheguei em nenhum momento a ter uma crise de risos vendo o filme, o que é normal para mim, mas não tenho como negar que me diverti, pois as situações são tão inusitadas e cada vez mais inusitadas, que não tem como ficar alheio as mesmas.

Vale ressaltar que as músicas que banham o filme realmente dão um clima de festa até para o espectador. Nem mesmo a utilização da câmera como falso documentário não incomoda, talvez pela falta de seriedade que o filme já demonstra desde o seu início. O que não me agradou tanto, foi a insistente necessidade de se colocar um elemento de romance no filme. Claro que vou parecer incoerente, pois sou um fã declarado de comédias românticas, mas nesse PROJETO X - UMA FESTA FORA DE CONTROLE (2012), achei que não acrescentou em nada, a não ser para piorar o final do filme.

Minha Nota: 6.6
IMDB: 6.5

Serenity - A Luta pelo Amanhã - (Serenity) - 2005


O primeiro longa metragem do diretor americano JOSS WHEDON responsável pelo sucesso absoluto de bilheteria VINGADORES, OS (2012). Nesse SERENITY - A LUTA PELO AMANHÃ (2005), temos a história de uma tripulação espacial que tenta fugir de um oficial incumbido de capturar uma tripulante, que possui alguns poderes que interessam ao governo atual.


Fiquei impressionado com a primeira parte do filme, que traz algumas sequências bem interessantes até a sequência de luta no bar, que fecha com primor essa parte. Daí em diante, senti um pouco a falta de um desenvolvimento mais criativo do enredo, mas nada que prejudique o resultado esperado do filme.


Vale ressaltar, que não temos nessa obra, a presença de nenhum super astro de hollywood, o que torna a missão de fazer um bom filme, sempre mais difícil para qualquer diretor. O filme traz vários diálogos recheados de piadas, como parece foi utilizado também no último trabalho do diretor.


Minha Nota: 6.6
IMDB: 7.9

Reflexões de um liquidificador - (Reflexões de um liquidificador) - 2009


Quarto filme do diretor ANDRÉ KLOTZEL, o mesmo de MARVADA CARNE, A (1986), esse REFLEXÕES DE UM LIQUIDIFICADOR (2009) conta a história de uma dona de casa que conversa com seu liquidificador, que presenciou alguns fatos de sua vida, que são relatados no filme.


Com a voz de SELTON MELLO, o liquidificador, que da título para a obra, acredito ser o ponto principal do filme. Seja pelo fato de não existir um liquidificador falante, ou pelo fato do liquidificador fazer algumas filosofias e observações de um objeto antes inanimado, que está aprendendo sobre a vida e é pivô nas principais mudanças na vida da protagonista.


Apesar de receber o gênero de comédia, o filme não leva ninguém a gargalhada. É um tipo de comédia mais brando, com situações apenas divertidas e nenhum outro tipo de atrativo.


Minha Nota: 5.6
IMDB: 7.3

terça-feira, 29 de maio de 2012

Amor além da vida - (What dreams may come) - 1998


Interessante esse AMOR ALÉM DA VIDA (1998) dirigido pelo Neozelandês VINCENT WARD que conta uma história de amor entre o personagem do istriônico ROBIN WILLIAMS e da belíssima ANNABELLA SCIORRA que se conhecem, se apaixonam, se casam e tem filhos, mas depois de dois incidentes, se separam na outra vida.


O visual do filme é impressionante, pois o diretor escolhe muitas cores para ilustrar o céu e tons de cinza para o inferno. Eu já havia lido sobre a obra e sabia que tinha alguns conceitos do espiritismo intrincados na história. 


Acredito que isso tenha me atrapalhado um pouco na apreciação do filme, pois a todo instante eu me pegava tentando ligar os pouquíssimos conceitos que conheço da doutrina, com o que é mostrado. Vi também que o diretor colocou conceitos tirados da Divina Comédia de Dante Alighieri. O barqueiro e o guardião do inferno, Cérberos.


Ousada a proposta de mostrar um amor que ultrapassa o plano material para se manter junto, contudo, a viagem pscicodélica enche o espectador com simbolismos que acabam por ficar muito no ar. De qualquer forma, como disse, acredito que alguém que tenha esse lado espiritual mais antenado, consiga fazer ligações mais proveitosas e consiga retirar da história bem mais prazer do que eu consegui.


Minha Nota: 6.0
IMDB: 6.7

Contrabando - (Contraband) - 2012


O diretor nascido na Islândia BALTASAR KORMÁKUR, foi quem protagonizou a versão original, uma cooperação entre Islândia, Alemanha e Holanda feita em 2008 e hoje tem seu papel ocupado pelo ator MARK WAHLBERG.


Nesse CONTRABANDO (2012) temos a história de um contrabandista aposentado que se vê novamente envolvido com o crime, para proteger seu cunhado de um barão das drogas.


O diretor usa um recurso já visto na sequência IDENTIDADE BOURNE, A (2002). A câmera na mão e uma aproximação rápida do interlocutor da cena, para dar ênfase no ponto principal do texto. Além disso, o filme conta com um roteiro intrincado e dinâmico, deixando o espectador num clima de tensão que é muito bem vindo.


Não gosto muito do ator Mark Wahlberg, mas o papel se encaixou para seu biotipo de cara calmo e totalmente consciente de seu trabalho.


Minha Nota: 6.6
IMDB: 6.5

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Promessa, A - (The Pledge) - 2001


Essa foi a minha segunda experiência com o trabalho do ator americano SEAN PENN como diretor. Seu primeiro trabalho que tive a oportunidade de apreciar foi NATUREZA SELVAGEM, NA (2007). Com esse PROMESSA, A (2001) seus protagonistas tem a solidão como principal companheira. Seja por escolha seja por uma promessa que foi feita como é o caso do personagem de JACK NICHOLSON, que não é um ator de minha preferência, mas que faz um ótimo trabalho nesse filme.


Ele um policial aposentado, que a 6 horas de decretar sua aposentadoria, se envolve em um assassinato infantil e depois de prometer a mãe da vítima que irá encontrar o responsável, passa seus dias se dedicando a desvendar o mistério que apenas ele consegue acreditar.


Não gostei do argumento do filme se basear no fato de que uma pessoa, que já está saindo da profissão, passe a dedicar todo o tempo que lhe resta de aposentadoria, por conta de uma promessa feita para uma desconhecida, pois ele, como policial a vários anos, já deveria ter passados por vários e vários casos parecidos.


Mas deixando isso de lado, o diretor nos leva para um filme policial em sua primeira parte, com Nicholson descobrindo várias pistas para lhe manter firme na sua teoria de que o bandido ainda está solto e que é um serial killer. Para depois, na sua segunda metade, ele ter que de certa forma, trair a confiança de uma mãe, mesmo que não tenha sido premeditado, para tentar se aproximar do suposto assassino.


Talvez isso tudo, funcione para o diretor como pano de fundo, trazendo o foco para o conflito vivido pelo protagonista, mas esse é justamente o pecado do filme, que não cola nesse drama pessoal, nem nas soluções encontradas para o mesmo.


Uma cena interessante, é do carro de Jack indo para a cidade do interior ao passar pelo túnel. Os ângulos de câmeras mostram as luzes no carro de várias formas e causam um efeito que achei que veria em outras partes do filme, mas foi só no seu início mesmo.


Uma curiosidade sobre o filme é que assim como na trilogia O poderoso chefão, em PROMESSA, A (2001) a presença de laranjas ou suco de laranja indicam que alguém irá morrer ou sofre um atentado.


Minha Nota: 6.4
IMDB: 6.9

domingo, 27 de maio de 2012

Sideways - Entre Umas e Outras - (Sideways) - 2004


Filme que fez com que as atenções fossem voltadas para o diretor americano ALEXANDER PAYNE, esse SIDEWAYS - ENTRE UMAS E OUTRAS (2004) conta a história de dois amigos que saem juntos por uma semana, para uma despedida de solteiros, visitando cidades produtoras de vinho e para jogar golfe, mas as coisas não saem como esperado.


PAUL GIAMATTI está muito bem no papel de padrinho de casamento totalmente depressivo, na meia idade e que não se recuperou de sua separação, nem do fato de não ter conseguido fazer nada de expressivo na sua vida até aquele momento. Também temos uma ótima atuação de THOMAS HADEN CHURCH que faz o contraponto ao personagem de Paul, que é engraçado e se contenta com o fato de ter feito algum sucesso com um personagem de um pequeno seriado. Ele quer aproveitar a sua última semana solteiro para se envolver com novas garotas e acaba conseguindo surtir alguma mudança em seu padrinho.


O tema aparentemente leve e divertido, é apenas pano de fundo para a obra, que se foca mais na fabulosa arte da degustação de vinhos, chegando a ter em alguns momentos, até mesmo o formato didático, nos mostrando como aproveitar da melhor forma a degustação dessa bebida, e em contraponto, mostra que o vinho não deixa de ser um bebida alcoólica que afeta a pessoa o levando a fazer besteiras muitas vezes. 


Em sua grande parte, o filme é um tratado sobre a depressão, o sofrimento e a incapacidade do mundo de conseguir mergulhar na individualidade da pessoa para ter uma compreensão da sua vida e de como podemos lidar com os problemas quando os minimizamos e temos otimismo ao ver a vida.


Minha Nota: 6.6
IMDB: 7.7

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Alcatraz - Fuga impossível - (Escape from Alcatraz) - 1979


O diretor DON SIEGEL é responsável por 49 filmes de 1945 a 1980 e dentre eles, acredito que o que mais se comenta até os dias de hoje é ALCATRAZ - FUGA IMPOSSÍVEL (1979), que conta a história da fuga bem sucedida da prisão mais famosa da época, Alcatraz que tinha fama mundial de não possibilitar escapatória para seus ocupantes e é baseado em fatos reais.


O filme é uma obra acertada e muito correta no que diz respeito a contar uma história. Logo de início, o diretor consegue nos colocar no clima de uma prisão que já lhe deixa clara a ideia de que é impossível se fugir, que você deve se despir literalmente de qualquer esperança, para coroar a sequencia, com a primeira frase dita no filme por um dos guardas "Bem vindo a Alcatraz". E não é só essa frase que fica na memória. Outra que vale a pena relembrar "Quem desobedece as leis da sociedade vai para a cadeia. Quem desobedece as leis da cadeia, vai para cá".


A atuação de CLINT EASTWOOD é perfeita quanto a passar ao espectador a necessidade que assolava os detentos de sair de lá, com uma direção rígida ao extremo, cometendo injustiças que já são famosas aos foras da lei que ocupam esses centros de detenção. Também são mostradas de forma rápida, presos que estão ali por perseguição e outros que lá estão, por sempre fugirem de suas prisões anteriores, que é o caso do personagem de Clint.


A obra não envelheceu muito com o tempo e na sua metade para frente, consegue transmitir uma tensão muito forte, fazendo com que fiquemos fixos na tela, esperando o decorrer dos fatos mostrados. Interessante como a vida pregressa do protagonista não faça tanta diferença para contar a história. Sua necessidade de sair dali, é baseada apenas em seus colegas de clausura e injustiças sofridas por todos da prisão. O resultado funciona como um troféu para todos, até para os que não saíram com eles.


Minha Nota: 6.6
IMDB: 7.6

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Dinheiro fácil - (Snabba Cash) - 2010


Cheguei até esse DINHEIRO FÁCIL (2010) do diretor sueco DANIEL ESPINOSA graças a um post do Ailton sobre a nova geração de cineastas que chega a hollywood vindos de países como a Suécia e que trazem conceitos autorais para suas obras.


Nesse filme o diretor nos conta uma história centrada em um estudante de economia que se vê envolvido com o crime organizado no país. 


O filme começa inundando a tela com informações e personagens, sem se preocupar em contar suas histórias pregressas, sem delinear um futuro para os mesmos e sem deixar pistas de onde essas histórias a princípio tão diferentes, vão se amarrar na trama. Dessa forma, cabe ao espectador, seguir cada um e unir o elos da corrente por si só.


Com atuações muito boas dos atores JOEL KINNAMAN e de MATIAS VARELA, nos vemos mergulhados, juntamente com seu protagonista no mundo do crime, que parece a cada momento, o tragar cada vez mais para o fundo.


Acredito que a inserção de alguns elementos, que aparentemente foram colocados apenas para ter um ponto de comoção, não funcionaram, pelo menos para mim, deixando alguns pontos soltos na história.


Minha Nota: 7.0
IMDB: 6.6

John Carter - Entre Dois Mundos - (John Carter) - 2012


O filme é a estréia de ANDREW STANTON, um dos maiores diretores do estúdio Pixar, em longas metragens com personagens humanos e acho que não teria uma história melhor para o diretor começar, pois esse JOHN CARTER - ENTRE DOIS MUNDOS (2012) é um filme cheio de elementos fantásticos e conta com personagens feitos a partir de animação, o que deve ter feito o diretor se sentir em casa.

A obra conta a história de um veterano da Guerra Civil que é transportado por acidente para marte. Chegando no planeta ele adquire alguns poderes e força, torna-se prisioneiro de criaturas de quatro braços e em meio a suas aventuras, encontra uma princesa e ajuda esses povos a salvar o planeta.

O roteiro do filme foi baseado em A princesa de Marte e nos personagens da obra de Edgar Rice Burroughs que por sua vez é homenageado através do sobrinho de John no filme que tem o nome do autor.

Tirando o momento em que John chega a marte e tem dificuldades com a gravidade, o que ficou muito mal feito na minha opinião e o fato de soar como um filme de animação, sem profundidade, o filme é cheio de efeitos especiais e dos elementos que também fazem das animações o sucesso que elas são, além de contar com a presença de LYNN COLLINS no papel da princesa marciana.

Minha Nota: 6.6
IMDB: 6.9

terça-feira, 22 de maio de 2012

Faça-me Feliz! - (Fais-moi plaisir!) - 2009


O cinema francês, a cada dia, tem me trazido experiências agradáveis e a coisa se repete com esse FAÇA-ME FELIZ! (2009) do diretor e protagonista EMMANUEL MOURET. O filme conta a história de um rapaz que quer apenas curtir a manhã de sábado ao lado da namorada, mas com uma ligação telefônica, tem seus planos alterados por completo.


É uma comédia leve e com situações completamente impensadas, mas essa leveza do humor, consegue nos envolver e despertar sentimentos que não esperamos. O que é um mérito sensacional. O Desfecho do filme também, faz com que mesmo sendo uma comédia despretensiosa, nos brinde com um final não convencional e inteligente.


A fraqueza do filme talvez esteja justamente em sua leveza e em suas situações de comédia simplista que beira o pastelão. Outra coisa que me causou um certo incômodo, apear de ser a tônica do personagem principal, é sua insegurança, nos momentos em que nós espectadores torcemos para que ele aproveite das situações, mas ele nunca o faz, ou sempre é impedido pelo acaso. Mas não deixa de ser um divertimento líquido e rápido. Cheguei até essa obra, por conta de um post do velho Ailton Monteiro, que também me levou a ver o ótimo NOMES DO AMOR, OS (2010).


Minha Nota: 6.4
IMDB: 6.6

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Sublime - (Sublime) - 2007



Até agora eu não consegui me lembrar de onde veio a ideia de ver esse SUBLIME (2007). No filme temos a história de um homem que está fazendo 40 anos e que vai até o médico fazer um exame de rotina. Mas acontece um imprevisto e sua vida muda radicalmente dentro do hospital.


O filme tenta traduzir a sensação letárgica do paciente o tempo todo, o que incomoda pois nos tira a clareza para compreender a obra, o que talvez tenha sido a intenção do diretor. Além disso, ele é todo fragmentado entre as lembranças do protagonista, de seu convívio com seus amigos e familiares e sua consciência e a luta contra seus medos mais escondidos, onde o diretor mostra algum sadismo com seu protagonista.


A história na verdade tem uma ideia obscura por trás que acredito, tenha sido a grande sacada guardada pelo diretor para pegar seu público, contudo, a sacada não é tão eficiente assim e a produção pobre do longa, prejudica muito seu desenvolvimento. Como ponto forte, o filme tem a presença da enfermeira interpretada por KAT COIRO que é maravilhosa e da um toque de sensualidade de fantasia meio erótica para o filme, mas nada além disso. 


Minha Nota: 5.2
IMDB: 5.3

domingo, 20 de maio de 2012

Dublê do Diabo, O - (The Devil's Double) - 2011



Trabalho novo do diretor neo zelandês LEE TAMAHORI esse DUBLÊ DO DIABO, O (2011) conta a história sobre um homem que é forçado a tornar-se o dublê do filho sádico de Saddan Hussein, prática comum para pessoas sob constante ameaça de morte.


No filme, que é biográfico, o diretor retrata a o comportamento de Udai Hussein como totalmente sádico e louco. Enquanto que o dublê escolhido, é um homem honrado e preocupado com sua família, mas não tem chance de escolher seu futuro e acaba envolvido em toda a loucura de seu algoz. O ator que faz os dois personagens, o inglês DOMINIC COOPER está brilhante, conseguindo fazer dois personagens com tanta perfeição, que eu tive que conferir se eram dois atores ou não.


Tirando a atuação de Dominic que não tem como não ser ressaltada, o filme dá uma passada rápida pela guerra Kwait x Iraque sem se mostrar partidário de nenhum dos lados, mas sem focar sua lente em momento algum, sobre Sadan, não deixando que o espectador perceba qual a ideia do diretor sobre o conflito.


Talvez além da interpretação já citada, a beleza da atriz LUDIVINE SAGNIER também é um ponto forte, pois todas as cenas que ela aparece, ficam abrilhantadas por sua presença.


Minha Nota: 6.4
IMDB: 7.1

Mulher de preto, A - (The Woman in Black) - 2012


Minha segunda experiência com os trabalhos do diretor inglês JAMES WATKINS não foi tão agradável quanto o primeiro. Esse MULHER DE PRETO, A (2012) é um filme de terror bem no padrão do gênero. Conta a história de um jovem advogado viaja para uma aldeia remota onde precisa levantar a documentação de um caso, contudo, ele descobre que o fantasma dela, aterroriza os moradores da cidade a anos.


Digo que a experiência não foi agradável, por que o terror é um gênero que não consegue me agradar com facilidade, talvez por em sua grande maioria, os filmes desse gênero são baseados em argumentos frágeis, como é o caso dessa obra, que tem como padrão, uma morte para cada aparição do fantasma. Sem muitas explicações ou revelação dos motivos.


De qualquer forma, foi interessante ver o ator DANIEL RADCLIFFE em um trabalho que não a sequência do jovem mago que lhe projetou para o estrelato, mas o argumento fraco e nem mesmo o final que da um toque de inteligência para a obra, na minha opinião, conseguem salvar esse trabalho de seus defeitos, mas os fãs conseguem encontrar aquilo que mais lhe chamam a atenção que é o susto em diversos pontos e aparições tenebrosas.


O filme é baseado no livro homônimo de Susan Hill e já foi levado as telas em THE WOMAN IN BLACK (1989) diretamente para a TV.


Minha Nota: 6.0
IMDB: 6.7

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Nomes do amor, Os - (Le nom des gens) - 2010


Gostei muito desse NOMES DO AMOR, OS (2010) do diretor francês MICHEL LECLERC de quem eu não conhecia nenhuma trabalho que conta a história de uma jovem ativista política de esquerda, de personalidade extrovertida e que tem por princípio, dormir com adversários políticos para convertê-los a sua causa, até que encontra uma pessoa diferente.

Uma das características do cinema francês que cada vez mais observo nas obras que assisto são os diálogos, quase sempre longos, mas que nesse filme, funcionam muito bem, tanto para apresentar os protagonistas, na primeira parte do filme quanto para explicar suas idéias e passados. 

Apesar de receber o gênero comédia para lhe identificar, o filme cumpre vários papéis além do fazer rir, que na verdade, nem é o seu forte. O filme funciona como um motivador político, como um disseminador da não discriminação racial ou mesmo de nacionalidade, que na europa e principalmente na França, parece ser sempre um tema bastante controverso.

Mas o diretor além de conseguir inserir em vários momentos de sua obra essas funcionalidades, faz acima de tudo, que nos apaixonemos pela personagem de SARA FORESTIER de uma forma tão inexplicável, que não vejo quem a discrimine pelos seus princíos de dormir por exemplo, com todo homem que ela queira converter politicamente, mesmo por que, ela já se apresenta de forma aberta, e conta que depois de sua infância, ela não teria outra forma de se expressar que não fosse pelo sexo.

Outro mérito, é fazer com que o personagem do ator francês JACQUES GAMBLIN nos encante, com seus infindáveis problemas familiares e tabus, que carrega e que lhe tornam uma pessoa solitária e sistemática, mas é ele o responsável pelo momento mais tocante do filme que me emocionou muito e por incrível que pareça, o diretor opta em seguida, por quebrar esse clima, provavelmente para não tornar a sua obra um filme sentimentalóide, o que funcionou perfeitamente.

O recurso de relembrar as infâncias dos personagens, com a presença dos mesmos nesses takes, é muito interessante e não me recordo agora de ter visto isso em outro título, mas funciona de forma formidável. Acredito que faltou apenas um capricho maior com a fotografia do filme, que é maravilhosa nas cenas em que Sara aparece e que nesses momentos, acredito eu, deveriam ter sido mais exploradas pois trazem uma beleza a obra que merecia ser mais exaltada e o filme chega a pecar nos outros momentos nesse quesito.

Cheguei até essa obra graça a um post do Ailton Monteiro e o filme ganhou o César de melhor atriz para SARA FORESTIER e também um prêmio para a atriz em um festival francês menor.

Minha Nota: 7.0
IMDB: 7.2

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Paixão a flor da pele - (Wicker Park) - 2004


Lembro de ter gostado bastante de XEQUE-MATE (2006) do diretor PAUL MCGUIGAN, por ser um filme com um roteiro muito bem construído, inclusive tenho vontade de vê-lo novamente pois não tenho ele tão fresco na memória.  Nesse PAIXÃO A FLOR DA PELE (2004), título completamente infeliz, diga-se de passagem, temos a história de um jovem executivo de publicidade de Chicago, que prestes a viajar para fechar um grande negócio, vê uma mulher que acredita ser o seu amor de alguns anos e acaba tornando isso uma obsessão.


Depois de um certo incômodo com a montagem de mosaicos usada insistentemente pelo diretor no início do filme, comecei a tentar me interessar pela história, pois a beleza estonteante de DIANE KRUGER, a Helena do filme TROIA (2004), me obrigou a continuar focado na história que vai se tornando um caso frustado de procura, em um mistério intrincado e confuso, que só deixa a sua solução para o final, com revelações totalmente inesperadas e o efeito de junção de um quebra-cabeça do qual nem tínhamos conhecimento. O filme também conta com a atriz ROSE BYRNE que está linda e muito bem em MISSÃO MADRINHA DE CASAMENTO (2011).


Em um momento do filme, o diretor usa um recurso que me agradou bastante, quando a é feita a desconstrução da maquiagem da atriz através da utilização da câmera rebobinada, mesclado com o mosaico, mas ao mesmo tempo, ele deixa passar a chance de usar novamente o seu efeito mosaico em uma cena mais para o final do filme, no parque, quando ele usa novamente a divisão da tela, mas não aproveita para continuar usando o efeito para mostrar o desencontro de seus personagens, uma pena.


O filme é uma refilmagem de L'APPARTEMENT (1996) e o restaurante no qual o protagonista vê sua amada falando ao telefone, se chama Bellucci, uma homenagem a MONICA BELLUCCI que é o personagem feminino do filme original.


Acredito que eu devesse estar com a sensação de ter visto um filme inteligente e com um roteiro super bem amarrado, contudo, basear essa amarração fantástica do roteiro em alguns momentos de pura sorte, deixa o argumento um tanto quanto frágil na minha opinião, além do diretor ter desperdiçado a chance, de fazer com que seu público se apaixonasse mais por seus personagens e pelos sentimentos dos mesmos.


Minha Nota: 6.4
IMDB: 6.9

Esse Obscuro Objeto do Desejo - (Cet obscur objet du désir) - 1977


Esse é o último trabalho do diretor espanhol considerado uma lenda para o cinema LUIS BUÑEL também autor de ANJO EXTERMINADOR (1962) e conta a história de um senhor aparentemente bem educado e bastante abastado, que logo após embarcar em um trem, despeja um balde de água sobre uma jovem na plataforma, e desse ponto em diante, começa a contar aos seus companheiros da primeira classe, por que aquela cena se justifica.


A história mostra um homem completamente apaixonado e dominado por uma mulher, que sempre evita suas investidas, arrumando desculpas bobas, mas que ela tem o talento de torná-las convincentes aos olhos de seu pretendente. É interessante como o diretor consegue até mesmo nos colocar no papel do protagonista e fazer com que nos enganemos juntamente com ele. Coisa de mestre.


Como pano de fundo, temos uma França atormentada por atentados e uma Espanha de ladrões, que de tão comuns, não chamam a atenção dos personagens do filme, que sempre querem se desviar dos relatos, mesmo quando estão envolvidos.


Outro recurso utilizado pelo diretor, é que nos relatos do protagonista, sua amada é retratada como uma mulher doce, recatada, que é interpretada pela bela atriz francesa CAROLE BOUQUET e quando sua narrativa a descreve como cruel e descontrolada, a mesma personagem é interpretada pela outra bela atriz espanhola ÁNGELA MOLINA, como numa forma de descrever como uma mulher pode assumir facetas tão diferentes e como isso continua sendo um segredo absoluto para qualquer homem.


O filme envelheceu um pouco e seu roteiro se baseia em situações muitas vezes absurdas, mas isso é facilmente disfarçado pelo talento do diretor, que consegue conduzir a narrativa de forma a nos deixar presos e esperançosos pelo que vai acontecer.


Minha Nota: 6.8
IMDB: 7.9

terça-feira, 15 de maio de 2012

Querido John - (Dear John) - 2010


Filme do diretor sueco LASSE HALLSTROM responsável por trabalhos como CHOCOLATE (2000) e REGRAS DA VIDA (1999) filme do qual gostei muito a propósito.


Nesse QUERIDO JOHN (2010), trabalho baseado no livro do autor Nicholas Sparks, o mesmo de Diário de uma paixão, temos a história de um soldado que se apaixona por uma universitária durante suas férias e começa a se corresponder mantendo a ligação dos dois por muitos anos.


O filme se enfraquece muito na minha opinião, por conta de seus intérpretes. Já não havia gostado do ator CHANNING TATUM nem mesmo em um outro trabalho romântico de que gostei muito, PARA SEMPRE (2012) e nem mesmo gosto da atriz AMANDA SEYFRIED. Além disso, o roteiro é frágil no que tange a relação do protagonista com seu pai e em sua solução.


Minha Nota: 5.6
IMDB: 5.9

Trem da Vida - (Train de Vie) - 1998


Até então eu não havia visto nenhum trabalho desse diretor romeno RADY MIHAILEANU e acabei chegando até esse filme, graças a um posto que encontrei em um site de cinema que mostrava ele com uma ótima nota no IMDB.

O filme conta a história dos habitantes de um pequeno vilarejo judeu na Europa Central, que se organizam para tentar evitar o confronto com os nazistas na segunda guerra mundial.


Alguns trechos do filme, tem diálogos de uma beleza rara, como na discussão entre os judeus e os novos comunistas da comunidade sobre a existência de Deus, até que o louco da aldeia intervenha e dê sua opinião. Outro ponto, em que também o louco é responsável por uma frase maravilhosa, é no momento em que está jogando xadrez e é questionado por que é o louco da aldeia e se não sente falta de uma esposa e filhos. "Não, não sou tão louco. Eu os amaria demais e morreria de amor, ou então, enlouqueceria."


Talvez o final deprecie um pouco os belos trechos vistos durante sua exibição, mas não diminuem o trabalho que é singelo e bem cuidado.


Minha Nota: 6.6
IMDB: 7.6

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Bandido da luz vermelha, O - (O bandido da luz vermelha) - 1968


O filme do diretor brasileiro ROGÉRIO SGANZERLA que conta a história de um famoso criminoso brasileiro, chamado de BANDIDO DA LUZ VERMELHA, O (1968), que aterrorizou o país em uma época em que crimes sequenciais não eram tão comuns, fala da história do facínora de uma maneira bem peculiar.


Utilizando uma linguagem de simbolismo, com uma mescla de poema, todos com a temática retirada da boca do lixo, reduto não oficial, localizado no centro de São Paulo e caracterizado por ser o principal polo de produção de cinema da década de 20 a 30, quando empresas como a Paramont e a MGM ali se instalaram.


Vencedor dos prêmios de Melhor filme e diretor no festival de Brasília, o filme é feito em preto e branco e não tem uma narrativa linear, nem mesmo conexa. Mostra um protagonista lunático, que não tem uma justificativa clara para seus atos, a não ser alguns chavões que utiliza durante a narrativa, mas que ao mesmo tempo desacredita, dizendo se tratar de bobagens.


Me incomodou muito essa falta de coesão do roteiro, talvez por já estar habituado com a nova linguagem adotada pelo cinema, mas não deixa de ser uma experiência no mínimo diferente.


Minha Nota: 5.6
IMDB: 7.3

domingo, 13 de maio de 2012

Anticristo, O - (Antichrist) - 2009


Ao terminar esse ANTICRISTO, O (2009) do cineasta dinamarquês LAS VON TRIER, confesso que fiquei impactado pelo festival de imagens, muitas delas fortes de uma forma que eu não esperava ver, mas recheadas de um simbolismo complexo e fabuloso.


O filme conta a uma história em capítulos, em que um casal se retira em uma cabana na floresta, na esperança de recuperar a sanidade da esposa, que caiu em um luto profundo depois da morte do filho do casal em um acidente terrível.


Após ler alguns comentários de críticos que sempre leio, me deparei com uma análise fabulosa do crítico Pablo Villaça, que consegue interpretar com uma precisão os elementos oferecidos por Von Trier, de forma na minha opinião bastante acertada. Além disso, podemos notar também um elemento que é recorrente no trabalho do diretor, o sofrimento de suas protagonistas femininas, como pude presenciar em MELANCOLIA (2011) e em outros trabalhos que ainda não vi do diretor.


Outro padrão recorrente, é câmera lenta, com uma fotografia impactante e um som clássico por trás, como uma verdadeira ópera, que serve ao deleite de nossos sentidos. Outro estilo que gosto bastante, são efeitos de zoom de câmera e recuo, rápidos, feitos com a mesma na mão do diretor, que dá uma dinâmica muito boa para a cena.


O filme ganhou o prêmio de Melhor Atriz para Charlotte Gainsbourg no festival de Cannes.


Minha Nota: 7.4
IMDB: 6.6

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Festa Nunca Termina, A - (24 Hour Party People) - 2002


Não sou fã de música cantada em língua estrangeira, o que a maioria das pessoas acha um absurdo, mas eu apenas não sou fã, sempre prefiro ouvir algum no meu idioma do que em outro, mas não deixo de reconhecer que um determinado som é bom ou não. Esse fator pode ser determinante para a apreciação desse filme, que conta a história, do ponto de vista de um jornalista britânico, da criação de uma gravadora na cidade de Manchester na Inglaterra, que servia para dar espaço para divulgação do novo som que estava surgindo na época e que ficou conhecido em todo mundo.


Nomes como Sex Pistols, Joy Division, Ian Curtis e Shaun Ryder aparecem na obra e são inseridos na história, de forma natural e muito interessante. Mas como disse, para quem conhece e é fã das bandas inglesas surgidas nessa época, o filme deve ser incrível.


Como obra cinematográfica, o foco central no protagonista é um achado, pois ele é carismático e consegue dar um ritmo favorável ao filme, contudo, como em um trecho citado pelo personagem, o filme não é sobre ele e sim sobre música, mas fica difícil fazer isso sem tirar o foco dele.


Minha Nota: 6.4
IMDB: 7.3

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Oslo, 31. august - (Oslo, 31. august) - 2011



Filme do diretor Dinamarquês JOACHIM TRIER que conta a história de um jovem viciado em drogas em recuperação, que tem uma licença breve de seu centro de tratamento para uma entrevista de emprego em Oslo.


Na história, o protagonista volta para a sua cidade e revê um amigo, com quem já mostra na conversa, seu estado depressivo e a falta de perspectiva com sua vida, já que tem 34 anos e não se lembra de ter feito nada dela a não ser se drogar durante toda a adolescência. 


O filme consegue retratar a confusão por trás da mente do ex-viciado e suas tentativas frustadas de se manter longe da bebida e de conseguir um emprego. A cena em que ele faz a entrevista de emprego é marcante, pois mostra que ele tinha um futuro promissor, escrevia bem, tem boas opiniões sobre o assunto, mas não consegue se desvincular de seu passado de drogas.


Outro ponto marcante é a ausência de som mostrando o vazio na vida do protagonista e a derrota na luta que vinha travando consigo mesmo.


Um filme contemplativo, mas que é muito cruel, pois nenhum apoio real é dado ao jovem, que não vê nenhum parente ou amigo que o estivesse esperando do lado de forma do centro do tratamento, o que torna a coisa um pouco irreal. Mas tudo isso pode ser uma opção do diretor, que não mostra todas as coisas erradas feitas pelo personagem antes de sua recuperação, o que muitas vezes pode afastar por completo sua família e entes próximos.


Minha Nota: 6.2
IMDB: 7.6

Millennium - Os Homens que Não Amavam as Mulheres - (The Girl with the Dragon Tattoo) - 2011


Não gosto dessa coisa de refilmagem pois na minha opinião, estrega a surpresa do espectador e a gama de assuntos diferentes que dariam bons filmes é inesgotável. Esse foi um dos motivos da minha demora em ver esse MILLENNIUM - OS HOMENS QUE NÃO AMAVAM AS MULHERES (2011) que é um remake da obra sueca HOMEM QUE NÃO AMAVA AS MULHERES, O (2011) baseada no primeiro livro da trilogia Millennium, um bom filme, mas com a ressalva de ser um pouco longo.


O motivo para encarar a versão americana, foi o fato de ser o último filme da minha lista de candidatos ao Óscar 2012 que me propus a assistir. O fato de descobrir que o filme é do diretor americano DAVID FINCHER, criador de CLUBE DA LUTA (1999), filme memorável e um dos filmes responsáveis pela paixão que hoje sinto pelo cinema me deixou bastante empolgado.


Não podemos deixar de lembrar de alguns de seus trabalhos como o ótimo REDE SOCIAL, A (2010) e um filme que dispensa qualquer tipo de elogio, pois depois de sua exibição, novos conceitos foram abordados no cinema, todos baseados nesse SEVEN - OS SETE CRIMES CAPITAIS (1995) e já de início o diretor dá mostras de sua influência no trabalho, com uma introdução ao som de Immigrant song e efeitos de fusão de borracha, computação e os corpos de um casal.


A história é a mesma do filme sueco, onde um jornalista é contratado para desvendar um mistério de mais de 40 anos e recebe o auxílio de uma jovem hacker para atingir seu objetivo.


Gostei bastante do andamento da versão americana, apesar de ter uma duração até maior que o original, mas nela, Fincher da destaque para detalhes da investigação, que nos prendem de forma mais eficiente a obra. A presença de rostos conhecidos torna mais fácil também memorizar cada personagem e quais fatos estão envolvidos com cada um.


Outro ponto que notei no filme e me fez gostar mais da versão americana, foi enfoque dado pelo diretor, no final, para a solução do caso que levou a reputação do jornalista por água abaixo.


O filme recebeu indicações ao Óscar e ao Globo de Ouro de Melhor atriz para ROONEY MARA.


Minha Nota: 7.2
IMDB: 8.0

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Albert Nobbs - (Albert Nobbs) - 2011


Achei que terminaria a minha lista de filmes indicados ao Óscar 2012 que eu gostaria de ver, lista essa que se baseia em apenas algumas categorias como, Melhor filme, Melhor ator, Melhor atriz, Melhor ator coadjuvante, Melhor atriz coadjuvante e Melhor diretor com esse ALBERT NOBBS (2011), filme indicado ao Óscar de melhor atriz para GLENN CLOSE que realmente está deveras impressionante no papel do garçom Albert Nobbs, uma mulher que se vestia e se portava como um homem, para sobreviver ao final do século 19 na Irlanda, onde as mulheres não eram encorajadas a ser independentes, mas não. Ainda falta um.


O filme recebeu indicação aos prêmios de Melhor Atriz, Melhor Coadjuvante e Melhor Maquiagem tanto no Óscar quanto no Globo de Ouro quanto em diversos outros festivais e prêmio de melhor atriz para Glenn Close no festival de Tóquio.


Como méritos, além da interpretação de Glenn, temos também as aparições da belíssima MIA WASIKOWSKA que também faz um ótimo trabalho e ainda somos brindados por um roteiro interessante, que mostra o sonho desse personagem, de se tornar independente e ter seu próprio negócio. E que com o passar do tempo, também almeja se casar, mesmo sem saber o que fazer para revelar a sua futura pretendente a sua condição.


A história é simples e incomoda o personagem de Albert ser tão ingênuo, pois, em se tratando de uma mulher, mesmo uma que se veste e se porta como homem, é de se esperar um pouco mais de inteligência e esperteza, o que falta a seu personagem.


Minha Nota: 6.6
IMDB: 6.6

terça-feira, 8 de maio de 2012

Para sempre - (The vow) - 2012


Não havia visto nada até então, do diretor americano MICHAEL SUCSY, mas como sempre falo, adoro um filme romântico, comédia ou não, pois geralmente esses filmes me emocionam e eu ador me emocionar e não foi diferente nesse PARA SEMPRE (2012).

O filme, baseado em uma história real, conta sobre um romance que começou como qualquer outro, mas que teve um problema para o casal que parecia inseparável, um acidente com o carro do casal, fez com que a esposa perdesse a memória e se lembrasse apenas de fatos de antes dos dois se conhecerem.

A situação em si já é dramática e pode ser abordada de diversas formas. O diretor optou por não ousar e não sair muito do padrão, pintando um homem muito paciente ao estremo, que quer reconquistar sua esposa esperando que ela recupere sua memória e no papel da desmemoriada está a belíssima e fascinate RACHEL MCADAMS, que é talvez o ponto forte do filme com sua beleza e com uma interpretação acertada de uma mulher confusa, que não se lembra de seu passado e está se sentindo uma completa estranha em sua nova vida.


O trabalho surte o efeito esperado, faz a gente se emocionar, mas a falta de ousadia talvez seja o maior pecado da obra.

Minha Nota: 6.4
IMDB: 6.6

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Patrulha Estelar - (Space Battleship Yamato) - 2010


Na verdade, o que me despertou para ver esse filme, foi o fato de ter vivo na memória o desenho da década de 80 que mais me marcou, principalmente por sua canção e pelos combates interplanetários inesquecíveis, além do fato, de em como todo desenho japonês, a raça humana ser vista e mostrada como detentora de uma garra que não acaba mesmo quando a situação parece impossível de se resolver.


Um pouco disso é mostrado nesse PATRULHA ESTELAR (2010), principalmente a utilização da música tema é feita de uma forma muito louvável e nos traz a sensação saudosista do desenho, também vale ressaltar a presença na tela da belíssima oriental MEISA KUROKI, que faz o papel de uma piloto de caça muito habilidosa.


A história é tirada da primeira parte da saga que foi exibida e conta a vigem feita pela tripulação do encouraçado espacial Yamato que parte em busca de uma fonte de cura para a radiação que assola a terra, mas para isso, ela tem que ir para uma outra galáxia onde fica o planeta Iscandar e enfrentar os inimigos de Gamilon.


O filme cai bastante por conta da interpretação japonesa, que por natureza é muito afetada e exagerada, mas isso já é natural deles, como vi também em BATALHA REAL (200) mas que não me incomodou tanto. Além disso, o roteiro se perde em alguns momentos e não consegue repassar o quanto eram empolgantes os combates no espaço, em que a habilidade dos pilotos era ressaltada e tinham um efeito bastante satisfatório.


Minha Nota: 6.6
IMDB: 6.0

Batalha Real - (Batoru rowaiaru) - 2000


Filme do diretor japonês KINJI FUKASAKU, o grande destaque desse filme, inicialmente é seu roteiro. 42 estudantes adolescentes japoneses são capturados e levados a uma ilha deserta e forçados a disputar um jogo no qual apenas um sairá vivo.


Apesar de ter uma certa lógica por trás do roteiro, falta um contexto para o mesmo. Aparentemente a imprensa divulga sem recriminar o jogo, contudo, não é mostrada nenhuma reação do restante da população. O jogo se justifica pelo simples fato dos alunos se rebelarem contra o sistema de ensino empregado. E mesmo a imprensa cobrindo o vencedor de um jogo anterior, parecem não ter medo do que essa rebelião pode acarretar para eles.


Mas deixando o princípio frágil de seu roteiro de lado, o filme vai ganhando força, se focando em cada morte e a forma com que os alunos vão descobrindo que se trata de algo sério e que realmente correm perigo naquela ilha para onde são levados.


Além do foco dado para as mortes, que são mostradas uma a uma, inclusive com relatórios feitos de hora em hora sobre as novas baixas acontecidas na última hora, o diretor mostra que os alunos se dividem em grupos que acreditam que poderão sair do jogo de uma outra forma que não seja o massacre de todos e essas relações, que acontecem nos pequenos grupos formados, também dá uma nova vida ao filme, que termina da forma que começou, sem muita explicação, mas deixando um resultado que impressiona pela sua boa condução e realização.


Minha Nota: 6.8
IMDB: 7.8

domingo, 6 de maio de 2012

Antes que o mundo acabe - (Antes Que o Mundo Acabe)


O filme é a estréia da diretora ANA LUÍZA AZEVEDO na direção de longas metragens e é baseado no livro de mesmo título apresentado pela diretora por seus filhos. Com uma narrativa apoiada no recurso de voice-over, ora com a irmã mais nova ora com o pai do protagonista, fazendo narrativas que lembram muito os textos de JORGE FURTADO em seus trabalhos, mas mesclada com canções que dão nova roupagem ao recurso, o filme conta a história de um adolescente e seu universo de descobertas, amigos e amores próprios da idade e a sua relação com a aparição de cartas de seu pai, que ele não conhece desde que nasceu.


O pai tenta justificar para o filho, o que aconteceu para que ele deixasse tanto ele quanto a mãe antes de seu nascimento. Ele fotógrafo, quer registrar coisas fantásticas que acontecem no mundo nos dias de hoje e que tem um tendência a acabar, principalmente com a crescente globalização pela qual passamos e com essa roupagem, o filme aproveita para abordar assuntos realmente interessantes. 


Além disso, uma subtrama de uma paixão adolescente se desenrola durante todo o filme, o que ao mesmo tempo pode ser considerado o ponto frágil do filme, como pode ser o que conquiste grande parte do público, por sua delicadeza e beleza próprias do tema.


A obra ganhou diversos prêmios no Festival de Paulínia e na Mostra de cinema de São Paulo.


Minha Nota: 6.4
IMDB: 7.1

Amantes - (Two Lovers) - 2008


Terceiro filme do diretor JAMES GRAY que fez anteriormente CAMINHO SEM VOLTA (200) e DONOS DA RUA, OS (2007) esse AMANTES (2008) conta a história de um homem solteiro que vive com seus pais e se vê dividido entre a bela e misteriosa vizinha que acaba de se mudar e a amável filha de uma família de amigos, apresentada por seus pais.


O começo do filme já mostra que o personagem de JOAQUIN PHOENIX é uma pessoa perturbada ou que está passando por algum momento muito difícil, já que ele tenta se matar. Mas ao chegar em casa e ver a reação de sua mãe, podemos concluir acertadamente que ele tem algum problema psicológico emocional.


Talvez a existência desse problema, justifique todo o argumento do filme, já que a personagem de sua vizinha, interpretada pela maravilhosa GWYNETH PALTROW por quem ele se apaixona perdidamente, o faz de bobo mais de uma vez e somente uma pessoa muito inocente ou com problemas, poderia aceitar e cometer novos erros assim.


A personagem de VINESSA SHAW é meiga, linda e muito ligada as tradições, além disso, parece estar interessada realmente no perturbado rapaz, por já ter cruzado outras vezes com ele e já estar observando-o.


O que talvez não tenha me agradado muito, é a conclusão do filme, que mostra toda uma gama de fatos que  não geram consequências para os envolvidos. Isso acaba criando uma sensação de desconforto para o espectador, mas também, pode ser justamente a intenção de seus criadores.


Minha Nota: 6.4
IMDB: 7.1

sábado, 5 de maio de 2012

Guerra nas Estrelas - (Star wars) - 1977


Já tem um bom tempo que quero reservar um tempo para assistir novamente todos os 6 filmes da saga de GUERRA NAS ESTRELAS (1977) e aproveitar a oportunidade para apresentar ao meu filho, Marco Túlio, esse trabalho, que na verdade, é como uma tatuagem na cabeça da gente, pois é muito difícil não encontrar referências desse trabalho, em desenhos, hqs, enfim, até mesmo em seriados americanos, de tanta força que esses filmes possuem.


Esse era apenas o terceiro trabalho de GEORGE LUCAS na direção de longas metragem e conta a história de um garoto de fazenda que une forças aos rebeldes para salvar o universo da ameça criada pelo império, a estrela da morte. Esse é o quarto capítulo da história e Lucas disse que resolveu começar a contar a história desse capítulo, por não ter recursos técnicos para os capítulos anteriores, que segundo ele, precisariam de mais tecnologia disponível do que existia na época.


Na verdade, o resultado conseguido é simplesmente fantástico, o filme não tem nada em excesso, nada que o torne massante ou demorado, sua duração é exatamente o tamanho necessário. A história é dinâmica, e apesar de um elenco que não encanta por seu carisma, exceto HARRISON FORD que consegue fazer um capitão mercenário cativante e engraçado, mas o diretor consegue aplicar a importância de cada personagem, sem precisar de atuações brilhantes para que eles conquistem o público. Outro ponto fortíssimo do filme, é seu roteiro, que é perfeito e cheio de elementos que contam uma história sem precisar revelar muito por trás dela, e ainda assim, mostram um capítulo que tem início, meio e fim.


O filme recebeu indicação a Melhor filme, Diretor, Ator Coadjuvante e Roteiro Original, mas arrebatou todos os prêmios da academia considerados hoje em dia como técnicos e o mesmo ocorreu no Globo de Ouro.


Minha Nota: 8.8
IMDB: 8.8

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Chave de Sarah, A - (Elle s'appelait Sarah) - 2010


Filme do diretor francês até então desconhecido para mim GILLES PAQUET-BRENNER, esse CHAVE DE SARAH, A (2010) conta a história de uma jornalista que parte em uma peregrinação atrás de uma vítima do episódio acontecido na França em 1942, em que centenas de judeus foram confinados em um velódromo durante o início da segunda guerra mundial e das consequências trágicas desse episódio na vida da família dessa vítima.


Utilizando o recurso de hora contar a história através da pequena Sarah e em outro momento através da jornalista que está escrevendo sobre o episódio que envergonhou a história francesa, o filme mostra que o passado é remoto e intrincado, mas a persistência e devoção demonstrada pela personagem de KRISTIN SCOTT THOMAS, que vê a sua vida ligada a história de Sarah, quando está para se mudar para um apartamento onde a menina viveu no ano de 1942. 


Toda a luta para desvendar a história revelam uma mulher que está se refugiando nessa catástrofe, para amenizar e fugir de problemas pessoais pelos quais está passando com seu marido e a sua gravidez. Remexendo no passado, ela traz a tona mesmo sem ter a intenção de fazer isso, pois é motivada apenas por sua curiosidade, um passado que não era revelado aos envolvidos.


Como que por milagre, nos vemos totalmente envolvidos pela história e o diretor consegue emocionar profundamente ao espectador, quando o filme se aproxima de seu final. Uma verdadeira demonstração de como o cinema pode ser fascinante e ao mesmo tempo, cumpre o papel de informar e nos unificar com a história da humanidade.


Minha Nota: 7.2
IMDB: 7.3

Albergue, O - (Hostel) - 2005


Já faz tempo que ALBERGUE, O (2005) foi lançado e eu já havia visto algumas partes sem nunca concluir o filme e coloquei ele dessa vez dentro da minha lista de filmes a serem vistos já que o nome de ELI ROTH sempre está ligado ao nome de um dos diretores de que mais gosto, QUENTIN TARANTINO que é produtor executivo dessa obra. Me parece que ele gosta de produzir filmes de gêneros que são sua preferência pessoal e sempre vale a pena saber e se inteirar das preferências desses monstros sagrados do cinema. 


O filme conta a história de três amigos que estão fazendo uma viagem pela Europa e que ficam sabendo de um lugar na Eslováquia, onde garotas maravilhosas adoram fazer sexo com qualquer estrangeiro, contudo, a trama se revela um filme cheio de sadismo e tortura psicológica.


Na verdade, o filme é muito sangue e muita mulher bonita, sem conseguir causar uma empatia em seu espectador e nem mesmo uma forma de identificação com qualquer um de seus personagens. Parece ser usado como uma válvula de escape para colocar na tela, violência e brutalidade e parece ter um público que tem uma atração forte por filmes assim.


Nem mesmo a sensação de medo e terror que muitos podem imaginar encontrar aqui, não estão presentes, na verdade, esse é um de muitos títulos que primam o gore acima de tudo, cenas de pura violência e dilaceração de membros de pessoas vivas, apenas para ver o quanto elas irão gritar e se desesperar nesses momentos.


A história tem um papel secundário e sempre é resolvida em poucos segundos, deixando espaço para o que realmente a obra da valor.


Minha Nota: 6.2
IMDB: 5.8

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Crime delicado (Crime delicado) - 2005


Minha primeira experiência oficial com o trabalho do cineasta BETO BRANT, digo oficial por que já vi INVASOR, O (2002) e também MATADORES (1997), mas como já faz um bom tempo que vi esses trabalhos e preciso revê-los para emitir algum parecer, considero esse CRIME DELICADO (2005) minha primeira experiência.


Na história, um respeitado crítico de teatro, se encanta por uma jovem modelo de nu artístico que tem relacionamento com um pintor. A partir daí, ele começa a questionar sua solidão e os sentimentos que passam por ele com relação a modelo, gerando ciúme além da dificuldade de conviver com o desejo.


O filme ganhou prêmios de Melhor Roteiro, Melhor Diretor e Melhor fotografia em diversos festivais brasileiros, além da indicação em outras categorias.


Quanto ao meu parecer, o diretor consegue deixar palpável o erotismo que fascina o protagonista do filme, vinda da modelo, que demonstra ser uma pessoa que vive bem com sua deficiência, mas ao mesmo tempo, precisa de bebida e remédio tarja preta, para continuar vivendo bem. O crítico, é um personagem que tem total controle de seu mundo, muito direto em seus comentários e consciente de seu trabalho. O encontro dos dois, serve para tirá-lo de seu eixo, fazendo com que ele experimente inseguranças e incertezas.


O roteiro é muito simples e um tanto quanto frágil. Na verdade, achei um pouco forçado tanto os textos, quando os fragmentos de peças mostrados, todos aparentemente com o objetivo de elevar o nível intelectual da obra, que pode ser notado também tanto nos textos escritos pelo personagem de MARCO RICCA quanto nas pinturas feitas da modelo de uma perna só. 


O envolvimento também acontece de forma muito rápida, talvez fruto de um isolamento ao qual o personagem do crítico se propunha. Mas de qualquer forma, a falta de segurança da modelo ao acusar o personagem do crítico no chamado crime delicado, também enfraquece um pouco a obra que tem uma duração muito curta e serve mais para questionar do que realmente mostrar algo.


Minha Nota: 5.8
IMDB: 6.5