Sétimo trabalho do diretor carioca ROBERTO SANTUCCI que também é o responsável por trabalhos como DE PERNAS PRO AR (2010) e ATÉ QUE A SORTE NOS SEPARE (2012) que também são trabalhos bem redondinhos e divertidos.
Nesse ODEIO O DIA DOS NAMORADOS (2013) que tem HELOÍSA PERNISSÉ no papel da publicitária de sucesso que abdicou de qualquer espaço em sua vida pessoal para o amor ou sentimentos do tipo, para se tornar uma mulher de sucesso e amarga, focada no trabalho e que não dá valor as pessoas que a cercam.
Apesar de se intitular uma comédia, o filme não nos faz rir o tempo todo, o que não chega a ser um problema em momento algum. Com uma direção segura e um roteiro interessante, apesar já ter sido bastante utilizado na história do cinema, somos transportados a uma série de situações que forma responsáveis por formarem a personalidade da protagonista explicando os motivos daquela pessoa ser quem ela é.
São diversos os recortes de filmes e situações que dão forma ao trabalho de Santucci e na maioria das vezes, essas adaptações conseguem o mesmo efeito ou pelo menos chegam perto do efeito causado pelas situações originais, contudo, me desagradou um pouco o mob mostrado no final do filme que é uma cópia de AMIZADE COLORIDA (2011) mas que com PERNISSÉ e DANIEL BOAVENTURA passa longe de funcionar, mas não se preocupem, que isso não chega a estragar o filme.
IMDB: 6.2
Minha Nota: 5.8
Filme de estréia do diretor JAMES WAN nascido na Malásia e de quem eu já havia visto seu trabalho posterior SOBRENATURAL (2010). Eu confesso que já havia visto JOGOS MORTAIS (2004) a mais tempo, mas estando de férias e na companhia de meu filho, que despertou curiosidade sobre o gênero terror e escolheu ver esse trabalho, aproveitei para revê-lo.
Na trama, um assassino surge deixando muito mistério e uma série de mortes envolvidas por jogos bizarros e cruéis. Um detetive bastante competente se vê bastante envolvido em prender esse vilão, depois que seu parceiro é morto em uma tentativa frustada. Interessante é que os jogos, são formas de redenção que o personagem principal da trama planeja, no intuito de mudar as vidas de seus condenados, caso eles sobrevivam, como uma especie de segunda chance, um renascimento.
A obra conta com a presença do velho DANNY GLOVER no papel do detetive transtornado e da belíssima MONICA POTTER que dá um pequeno ar de alívio para a tela. Mas na minha opinião, pequeno de mais. O que não é de se incomodar tanto, por que se trata de uma obra de puro gore e não de terror.
Com um roteiro inteligente, aliado a jogos interessantes e cruéis, o diretor consegue prender de forma eficiente a atenção de seu público e revela em doses homeopáticas, pequenos fragmentos de história que vão se encaixando e fazendo sentido na trama, assim como seu assassino, que dá uma peça do quebra-cabeça por vez, no intuito de ajudar seus condenados a vencerem em seus jogos, o que quase nunca acontece.
Um filme interessante e que me fez ficar com saudade de rever SEVEN: OS SETE PECADOS CAPITAIS (1995).
IMDB: 7.7
Minha Nota: 6.6
Terceiro trabalho de PAULO FONTENELLE na direção de longa metragens e a primeira comédia.
No filme, um manobrista de estacionamento separado, se tornou um pai ausente e está se sentindo infeliz no amor e na família e para tentar mudar isso, promete a ex-esposa que irá passar um dia inteiro com seu filho. O problema é que uma série de acontecimentos imprevistos, vão tornar o dia desse cidadão uma verdadeira aventura.
O filme conta com as presenças ilustres em seu elenco de LUIS FERNANDO GUIMARÃES, que já andava sumido da TV, da bela LAVÍNIA VLASAK e ainda de LEANDRO HASSUM, BÁRBARA PAZ, REYNALDO GIANECCHINI, ERI JOHNSON entre outros. Apesar de um elenco de peso, os personagens não consegue estabelecer uma ligação de credibilidade entre eles, ficando a cargo dos diversos eventos que ocorrem no filme, por conta de seu bom roteiro, a verdadeira pouca graça e interesse que ele nos desperta.
IMDB: 3.7
Minha Nota: 5.0
Primeiro longa metragem do diretor nascido em Brasília PEDRO AMORIM dirige. Ele já havia dirigido alguns episódios de séries para TV e chegou a fazer dois curtas metragem.
Nesse MATO SEM CACHORRO (2013), um produtor musical de talento vivido por BRUNO GAGLIASSO vive jogado no seu sofá, até que um dia, a pedido de seu primo (DANILO GENTILI) se vê obrigado a sair de casa e em seu destino, encontra os dois amores de sua vida, um cão que sofre de narcolepsia e uma produtora de rádio que é vivida por LEANDRA LEAL.
A presença também de RAFINHA BASTOS, GABRIELA DUARTE, SANDY LEAH, LETÍCIA ISNARD e PAULINHO SERRA além de outros novos nomes da cena de humor nacional, funcionam muito bem, tornando o filme divertido e cumpridor de seu papel de entreter.
A trilha sonora é um bônus a parte que o filme nos oferece. Juntando ritmos e letras diferentes, o diretor consegue alinhavar através do personagem de Bruno, músicas que conhecemos e que já fazem parte de nossas vidas, em uma nova roupagem, mais jovial e atraente.
Uma bela estréia para um jovem diretor que consegue realizar o seu primeiro trabalho de forma competente e acertada.
IMDB: 6.3
Minha Nota: 6.6
Filme do diretor dinamarquês NICOLAS WINDING REFN responsável por DRIVE (2011) que o lançou para o mercado americano de filmes e que chega agora com seu APENAS DEUS PERDOA (2013) que repete a parceria de sucesso de Nicolas e RYAN GOSLING.
No filme, um jovem que está exilado na Tailândia juntamente com seu irmão, por ter matado um policial, tem um clube de boxe tailandês que funciona como fachada para o tráfico de drogas. Depois que seu irmão é assassianado, o jovem recebe a visita de sua mãe que pretende resgatar o corpo de seu filho e vingar a sua morte.
Além de Ryan o filme conta com a presença da bela KRISTIN SCOTT THOMAS no papel da mãe dominadora que quer a vingança do filho, sem se importar com o que ele tenha feito.
A obra tem um ar onírico em vários momentos, confundindo a compreensão realidade e dos reais sentimentos de seu protagonista que tem que se ver novamente a frente de sua mãe dominadora e autoritária.
Me incomodou bastante essa sensação de estar perdido que o diretor conseguiu causar em mim, e nem mesmo sua fotografia linda, que se utiliza durante grande parte do filme de um filtro vermelho, tornando mesmo quando não temos a violência mostrada de forma crua na tela, que é uma característica desse diretor, uma sensação de que estamos de frente de um mar de sangue.
O filme ganhou o Festival de Cannes de melhor filme e Nicolas venceu o prêmio de Melhor Diretor em Sidney Austrália pela obra.
IMDB: 5.9
Minha Nota: 6.0
Dez anos mais tarde, o jovem Anakin está crescido e se encontra novamente com agora senadora Amidala, dando continuidade a saga GUERRA NAS ESTRELAS (1977). GEORGE LUCAS parece aproveitar bastante esse novo trabalho, para desenvolver os problemas na personalidade do jovem Anakin, mostrando um ser perturbado por uma série de expectativas e frustrações como o fato de não ter resgatado ainda a sua mãe ou de estar apaixonado por uma pessoa que ele acredita que nem se lembrava dele.
Acredito que as interpretações dos personagens nesse novo filme, sejam talvez o seu ponto mais fraco. O ator que interpreta Anakin consegue desempenhar de forma satisfatória seu papel de jovem conturbado mas dessa vez, não achei NATALIE tão a vontade no papel de uma jovem Lea. As cenas de combate de que ela faz parte então, me pareceram bastante forçadas.
Parece que para amenizar um pouco essa falta de carisma desse novo elenco, a quantidade de cenas de batalhas é muito mais grandiosa e envolvem dezenas de jedis, coisa que ninguém que viu os primeiros filmes da saga poderia imaginar que sequer existiu.
A fotografia novamente está estonteante, demonstrando o potencial que GEORGE poderia ter empregado nos primeiros filmes da série, caso tivesse os mesmos recursos tecnológicos em mãos. As sequências que mostram o novo casal passeando por um planeta de descanso da senadora são de rara beleza.
O filme recebeu indicação ao Óscar de Melhor Efeitos Especiais.
IMDB: 6.7
Minha Nota: 7.0
Não me lembro quando cheguei a ver a primeira obra que compunha a ideia revolucionária de GEORGE LUCAS de contar a história que precedia os personagens de seu mega sucesso GUERRA NAS ESTRELAS (1977). Mas como eu tinha me proposto, juntamente com meu filho de rever todos os filmes da saga, chegamos depois de um bom tempo, ao quarto filme STAR WARS: EPISÓDIO I - A AMEAÇA FANTASMA (1999).
O filme se situa em um contexto de negociações violentas entre dois interessados pelo controle universo acaba o principal objetivo dessa nova ameaça é matar a rainha interpretada pela belíssima NATALIE PORTMAN. Isso tudo, serve como pano de fundo para a viagem feita pelos jedis para um pequeno planeta, onde eles encontraram um jovem, que manifesta um poder assustador em seu ser e que pode ser o citado na lenda como aquele que trará equilíbrio pra a força.
Agora com recursos muito mais apurados, GEORGE consegue efeitos visuais de tirar o fôlego e acaba como sempre, se utilizando muito bem de uma história muito bem construída como pano de fundo, para que insira seus personagens sempre cativantes. Nesse filme, ele nos apresenta o jovem que irá se tornar futuramente o lorde do mal DARTH VADER.
Não faltam combates de sabre de luz, que sempre encantaram os milhares de fãs pelo planeta e ainda a amarração com a história principal é feita de forma sutil e precisa.
O filme foi indicado aos Óscars de Efeitos Especiais e Som.
IMDB: 6.5
Minha Nota: 7.2
Não tem como não reconhecer que também é um excelente trabalho do diretor JOSÉ PADILHA, esse TROPA DE ELITE 2 - O INIMIGO AGORA É OUTRO (2010) que eu já havia visto a alguns anos atrás e que nessa nova apreciação, cresceu bastante em meu conceito. Acabei vendo novamente juntamente com meu filho que ficou bastante empolgado com o primeiro tropa.
Nessa segunda obra o herói do filme anterior está agora envolvido com um novo tipo de criminoso, diferente inimigo que ocupa as favelas armado e para o qual ele havia sido treinado para combater. Agora desviado para uma nova função, ele tem que lidar com corruptos. Políticos e milicianos que tiram proveito de seus postos para ganhos pessoais em detrimento da segurança da população.
O trabalho executado por WAGNER MOURA continua brilhante, no mesmo tom do filme anterior. O recurso da narração onipresente, apesar de menos utilizado nesse novo filme, também volta e tem o mesmo efeito didático, além de tornar o filme carregado com a aura do personagem tão carismático.
O diretor consegue novamente nos entregar uma obra que se propõe a discutir um dos principais problemas que afligem nosso país e que tem origens diversas, se tornando um assunto abrangente e amplo, podendo gerar diversos pontos de vistas favoráveis e controversos, mas que sempre que entram em discussão, são benéficos para nosso crescimento como cidadãos. Além de tornar evidente o mal causado por uma nova facção criminosa que atua não só no Rio de Janeiro como é outros estados brasileiros, as milícias.
O filme ganhou diversos prêmios em festivais pelo mundo como Melhor Ator Coadjuvante, Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Roteiro e Melhor Fotografia entre outros.
IMDB: 8.1
Minha Nota: 7.6
Primeiro trabalho em longas metragem do diretor carioca PEDRO VASCONCELOS e que nos conta a história de quatro candidatos ao cargo público de juiz federal, que se vêem envolvidos em uma série de confusões.
O filme conta com a presença de DANTON MELLO, FÁBIO PORCHAT, JACKSON ANTUNES, NELSON FREITAS e com as belas CAROL CASTRO e SABRINA SATO em seu primeiro trabalho como atriz, mas mesmo com alguns nomes de destaque no time, não conseguiu me agradar.
O roteiro da obra, apesar de servir como espinha dorsal, não é seguido. Na verdade, ficou para mim impressão, de que o diretor tinha a intenção de fazer algo parecido com DESPEDIDA EM LAS VEGAS (1995) mas não consegue nem chegar perto disso.
A participação de Sabrina é um tanto quanto decepcionante. Ela não mostra nenhum talento além de seu corpo exuberante, que é realmente um dos momentos de destaque do filme, mas acho, que o diretor inexperiente, acabou colaborando muito para essa aparição apagada da carismática japonesa. Fábio Porchat não está tao divertido no papel do gaúcho que tenta controlar a sua masculinidade e Danton Mello nunca chegou a me agradar de verdade atuando.
Com uma fotografia nada ousada e com uma direção totalmente sem personalidade, é uma comédia que não consegue nem cumprir o seu papel de divertir.
Minha Nota: 5.0
IMDB: 4.2
Já tinha um bom tempo que eu havia visto essa obra prima de nosso cinema mas ontem, por falta completa de sono, me deliciei novamente com o ótimo trabalho do diretor JOSÉ PADILHA, que nos entregou esse excelente filme, muito bem realizado e que é baseado no livro escrito pelo ex-capitão do BOPE, contando um pouco da história que permeia a polícia carioca e esse grupo de operações especiais que se tornou uma espécie de símbolo de integridade e luta por um país melhor e para outros, de violência desmedida e tortura aos menos favorecidos.
A intenção original do diretor era de fazer um documentário baseado no livro ELITE DA TROPA escrito pelo ex-capitão do BOPE RODRIGO PIMENTEL, mas a dificuldade em encontrar policias que dessem depoimentos sinceros sobre fatos ocorridos, fizeram com que ele realizasse esse trabalho que é baseado no livro e não uma adaptação fiel da obra.
Na história, um capitão dessa corporação, quer deixar o posto e começa a busca por um substituto para seu cargo e coincidentemente, dois aspirantes surgem com fortes características que são desejadas para o cargo.
Contando com a presença do monstro WAGNER MOURA no papel do inesquecível capitão Nascimento, o filme ainda trás as belas MARIA RIBEIRO, FERNANDA DE FREITAS e FERNANDA MACHADO para amenizar um pouco a forte carga masculina que é exibida na tela. Wagner dessa vez está primoroso na sua interpretação de um policial que vive o seu cotidiano entre a vida e a morte e ainda, se sente pressionado a encontrar um substituto para si, já que seu filho está para nascer e ele quer deixar o seu trabalho na polícia. Em meio a essa procura, ele se vê a volta com uma operação especial que pretende amenizar a violência nos morros, visto que o papa quer visitar o Rio de Janeiro e se instalar próximo a uma favela.
Não é só a história que faz o filme ser muito bom. A montagem, os personagens, as cenas marcantes de incursão da polícia no morro, o treinamento, enfim, uma série de sequências que nos são apresentadas, tornam TROPA DE ELITE (2007) um filme que não perde para nenhum outro filme de ação feito com vastos recursos em qualquer lugar do mundo. A trilha sonora é fantástica, representando o som que toca no morro e que é curtido por esse povo sofrido, que se veem em meio a facções criminosas, que ainda conseguem muitas vezes, convencê-los e passar uma falsa sensação de proteção.
O filme venceu uma série de prêmios pelo mundo de Melhor Som, Melhor Filme Extrangeiro, Melhor Diretor, Melhor Ator e Melhor Ator Coadjuvante dentre outros.
IMDB: 8.0
Minha Nota: 8.2
