Poder sem limites - (Chronicle) - 2012

Já havia lido algumas coisas sobre PODER SEM LIMITES (2012) e o que mais me incomodava era o fato de ser um filme estilo found footage ou falso documentário em que a câmera não sai da mão do interlocutor, mas na verdade, esse foi um dos recursos que mais me interessou e foi usado no filme como trunfo.


É verdade que a utilização do recurso, incomoda pois é no mínimo problemático imaginar uma pessoa que filme todos os momentos de sua vida. Chega a ser preocupante ou doentio e não só uma forma de criar uma barreira entre o mundo e você, como é citado no filme. Mas se você consegue se desencanar desse incômodo, consegue aproveitar bem mais o filme, inclusive aproveitar os momentos que o recurso se transforma em arma, quando aparecem as tomadas feitas do alto, ou na sequência em que um determinado combate é mostrado apenas por câmeras de pessoas que o presenciaram, essa sacada foi realmente fantástica.


Na história, três jovens amigos de colégio, ganham superpoderes depois de fazer uma descoberta incrível e que não é explicada, pois não é o foco principal. A partir daí, os três fazem novas descobertas a cada dia contudo, algumas coisas saem do controle.


O filme teve seu título em português escolhido pelo voto popular, que é bem diferente do título original, mas caiu muito bem para a obra.


Além do problema da câmera na mão, que já mencionei, a história tem um argumento muito simplório, que também pode incomodar ao espectador, pois as justificativas das ações não são fortes, mas se isso for deixado de lado também, o filme cresce muito, chegando a ser considerado como melhor filme do ano por diversas pessoas.


Minha Nota: 6.8
IMDB: 7.4

Albergue Espanhol - (L'auberge espagnole) - 2002

Dessa vez, pude notar como fica evidente o cinema francês pelo que é mais conhecido, os diálogos. E isso feito de uma forma criativa pelo diretor francês CÉDRIC KLAPISCH que consegue prender a atenção do espectador a história, sem o deixar cansado e desinteressado.


ALBERGUE ESPANHOL (2002) conta a história de um estudante francês de economia que se muda para um apartamento em Barcelona, que é dividido por outros seis jovens de vários pontos da Europa, cada um com sua nacionalidade, costumes e idioma.


Repleto mulheres lindas, como as atrizes JUDITH GODRÈCHE, francesa e que interpreta uma esposa reprimida por sua timidez, a atriz belga, CÉCILE DE FRANCE que interpreta uma lésbica que divide o quarto com o personagem principal e que tem uma sequencia fantástica em que lhe ensina como agradar uma mulher, a atriz espanhola CRISTINA BRONDO, a espanhola IRENE MONTALÀ que faz um pequeno papel como mulher de um bar que é bastante frequentado, e a atriz britânica hoje em dia bastante conhecida KELLY REILLY, que interpreta a organizada do albergue, o enredo nos envolve com as descobertas do herói vivido por ROMAIN DURIS, que é filho de um economista francês, com o qual parece ter pouco convívio e uma mãe ripe, da qual prefere manter distância por não concordar com seu meio de vida e costumes.


Além de uma experiência muito agradável de idiomas diferentes, que sempre me atraem muito nos filmes que vejo, temos também um pouco da importância do Catalão na Espanha e também, um pouco do complexo ninho de pensamentos e sentimentos dos quais somos formados, todas essas vivências nos são passadas através do personagem de Romain, que está perdido numa verdadeira busca por si próprio.


O filme me agradou muito e só não foi mais marcante, por que os relacionamentos são tratados de forma superficial, sem mostrar um verdadeiro envolvimento entre os personagens, que acredito que poderia ter sido explorado de forma melhor pelo diretor.


Minha Nota: 6.6
IMDB: 7.3

Jogo de Amor em Las Vegas - (What Happens in Vegas) - 2008

Antes de dormir na noite de ontem, acabei me deparando com essa comédia que nunca havia terminado e resolvi ver até o seu final, apenas para fechar o balanço do mês de abril, já que vi frustada a minha tentativa de levar meu filho e minha sobrinha para assistir a JOGOS VORAZES (2012).


Na verdade trata-se de uma comédia romântica sem nenhum atrativo a não ser a presença dos astros ASHTON KUTCHER e da belíssima e sempre carismática CAMERON DIAZ.


O filme conta a história desse casal, que não se dá bem já no primeiro encontro, mas que por insistência do personagem de Ashton, saem juntos para um jantar em Las Vegas, e depois de uma noite de bebedeira, acordam casados no dia seguinte. Para piorar as coisas, os dois ganham um prêmio de 3 milhões de dólares, contudo, para conseguir receber o prêmio, terão que provar que podem viver como casal durante seis meses.


Na verdade, acredito que a melhor parte do filme, sejam as aparições pequenas de ZACH GALIFIANAKIS, que depois se revelou como o astro maior da franquia SE BEBER NÃO CASE (2009).


Minha Nota: 6.2
IMDB: 6.0

Românticos Anônimos - (Les émotifs anonymes) - 2010

Meu filme de estreia do diretor frances JEAN-PIERRE AMERIS que fez esse divertidissimo ROMANTICOS ANONIMOS (2010) que conta a historia de um casal de problematicos.


Um dono de uma chocolateria que tem problemas de relacionamento com sua timidez excessiva e manias incontrolaveis e uma gourmet que e dona do chocolate mais criativo da Franca mas que nao consegue lidar com o sucesso ou qualquer tipo de pergunta ou notoriedade.


Esse casal improvavel se junto por acaso e as situacoes que os levam a se juntar, sao retratadas com um humor refinado e uma delicadeza muito peculiar.


A bela atriz ISABELLE CARRE foi premiada com o Cezar de Melhor atriz com uma interpretacao sutil e deliciosa, enfim, com certeza uma surpresa grata.


Minha Nota: 6.8
IMDB: 6.8

Histeria - (Hysteria) - 2011

Comédia romântica da diretora TANYA WEXLER sobre uma história de amor que utiliza como pano de fundo, a descoberta do primeiro vibrador portátil por volta de 1880.


De maneira bem humorada, o filme mostra como era conhecida a chamada doença Histeria que dá nome ao filme e que na época era tratada com massagens manuais que traziam sensações que levavam embora os sintomas da então conhecida doença.


A presença da bela MAGGIE GYLLENHAAL e da lindíssima FELICITY JONES são os pontos fortes dessa comédia que tem realmente alguns momentos engraçados graças as consultas feitas e as personagens que vão se consultar para o tratamento de histeria, mas nada disso conseguem elevar o filme a um status muito maior de que uma diversão oba e temporária.


Minha Nota: 6.2
IMDB: 6.8

Guia do Mochileiro das Galáxias, O - (The Hitchhiker's Guide to the Galaxy) - 2005

O diretor GARTH JENNINGS não tinha nenhum trabalho de expressão quando fez esse GUIA DO MOCHILEIRO DAS GALÁXIAS, O (2005) e olhando toda a sua obra, até hoje não emplacou nada demais relevante.


Nessa roubada que coloquei meu filho, depois de ficar animado com um início promissoramente engraçado, que conta a história de um terráqueo que numa bela manhã, descobre que sua casa será demolida e está inconsolável com esse fato, até que um amigo lhe diz que a terra será exterminada em poucos minutos e que ele é um alienígena.


O interessante é que o filme conta com a belíssima ZOOEY DSCHANEL e com o talentoso SAM ROCKWELL mas não emplaca em momento algum. Apesar de ser baseado em um livro campeão de vendas, o roteiro é fraco e não ajuda a história a fluir e se tornar algo pelo menos engraçado para uma comédia.


Um verdadeiro desperdício de tempo.


Minha Nota: 5.4
IMDB: 6.6

Bronson - (Bronson) - 2008

Terceiro filme de minha lista do diretor dinamarquês NICOLAS WINDING REFN, que até agora tem um trabalho que gostei muito DRIVE (2011) e um que não fez muito sentido para mim VALHALLA RISING (2009). Esse BRONSON (2008) é anterior a Valhalla Rising e conta a história de um jovem condenado a 7 anos de prisão por roubar um posto de correios, mas que passa 30 anos em confinamento solitário e adquiri dentro da cadeia a personalidade de Charles Bronson além de se tornar o preso mais famoso da Inglaterra.


O filme tem um ritmo fantástico em seu começo, nos conduzindo pela mente de um personagem louco, violento, que está perdido sem encontrar um sentido definido para a sua vida, mas que depois de entrar em uma cadeia, descobre um objetivo pelo qual se empenha ao máximo.


O personagem que da título a obra, Bronson, é interpretado pelo ótimo TOM HARDY que fez o incrível WARRIOR (2011) recentemente, além de outros títulos de expressão. Outro fator positivo do filme, é uma estética moderna que ao mesmo tempo, nos remete ao trabalho LARANJA MECÂNICA do diretor STANLEY KUBRICK, filme que entrou para a história graças ao seu caráter agressivo e futurista.


Talvez o problema desse Bronson, esteja no roteiro, que apesar de já ser frágil antes mesmo do início do filme, só demonstra sua fragilidade quando vamos chegando ao final, quando o diretor perde um pouco a noção de para onde levar seu trabalho, mas esse aspecto não prejudica de forma drástica a obra que é no mínimo curiosa.


Minha Nota: 6.4
IMDB: 6.9

Coração Louco - (Crazy Heart) - 2009

Existem vários atores que por seu carisma, fazem com que a gente veja seus filmes sem querer saber sequer do que se trata. Ainda existem aqueles que não fazem diferença alguma por que não vemos neles esse carisma nem conseguimos nos ver em seus lugares, em suas histórias, que eu acho que é um dos maiores méritos que um ator pode conseguir e almejar. Ainda penso que existem aqueles que por algum motivo ou por alguns filmes que tenham feito, nos fazem ter uma certa rejeição com seus trabalhos.


JEFF BRIDGES é um ator que para mim sempre se enquadrou no segundo caso. Nunca achei que fosse um ator fantástico e nunca consegui gostar muito de um trabalho seu, exceto em GRANDE LEBOWSKI (1998) que é um trabalho dos irmãos Coen, de quem sou fã incontestável, mas não tenho como negar que o trabalho de Bridges nesse filme é irretocável, mas ainda assim não conseguiu conquistar minha simpatia incontestável.


Posso dizer que isso mudou, pois CORAÇÃO LOUCO (2009) se tornou um divisor de mares no trabalho de Bridges pra mim. O filme conta a história de um músico country já decadente, que é obrigado a fazer pequenas apresentações pelo país e depois de um episódio marcante, se vê obrigado a se livrar do vício por álcool e mudar sua vida.


Além da interpretação de Jeff Bridges que é algo de primoroso, o diretor consegue nos mergulhar no mundo da música country e em suas letras cheias de regionalismo e ritmo hipnótico. A presença de MEGGIE GYLLENHAL também é uma cartada certeira, que encanta sempre que aparece em cena e faz o papel de uma mulher que justifica qualquer tipo de sacrifício da parte de um homem.


O filme foi premiado com o Óscar e com o Globo de Ouro nas categorias de Melhor ator, para JEFF BRIDGES e Melhor canção original, além de indicado para o Óscar de Melhor atriz coadjuvante.


Minha Nota: 7.6
IMDB: 7.3

Homem elefante, O - (The Elephant Man) - 1980

Esta é a minha terceira experiência com o conceituado diretor DAVID LYNCH que ganhou esse status depois de CIDADE DOS SONHOS (2001), considerado por vários cinéfilos o filme do século. Lembro que já vi esse HOMEM ELEFANTE, O (1980) mas já não tinha nenhuma memória sobre o filme.


Trata-se da história de um médico, interpretado pelo ator ANTHONY HOPKINS, que se depara em um circo que passava por Londres, com um homem deformado. Ele fica curioso pelo caso e acaba ajudando o homem que era explorado pelo dono do circo como uma coisa que apenas lhe servia para o propósito de arrecadar dinheiro das pessoas que queriam ver a deformidade.


O filme é uma mostra do quanto a humanidade está despreparada para encarar o diferente. Além disso nos faz refletir também, sobre até onde nossos atos podem ser considerados como realmente desprendidos e desinteressados.


Alguns trechos do filme são fascinantes, como a cena em que a atriz que vai conhecer o personagem do homem elefante, faz um trecho de Romeu e Julieta juntamente com ele. Outro momento deslumbrante e comovente, é na casa do médico, quando o homem diz que queria que sua mãe o visse com tantos amigos, pois quem sabe assim, ele lhe aceitasse melhor.


Minha Nota: 7.0
IMDB: 8.3

Valhalla Rising - (Valhalla Rising) - 2009

Confesso que depois de passar da metade desse VALHALLA RISING (2009) do diretor dinamarquês NICOLAS WINDING REFN responsável pelo excelente DRIVE (2011), me concentrei em tentar observar recorrências em seu trabalho, visto que o filme mesmo para mim, não estava mais agradando de forma alguma.


Na obra, é contada a história de um guerreiro insuperável do ano 1000 depois de cristo, que era mantido como prisioneiro apenas para realizar combates que ele sempre vencia, até que um dia ele se liberta matando seus mestres e começa uma peregrinação que nunca fica muito clara.


As semelhanças que pude observar nos trabalhos do diretor, é que tanto seu personagem, um guerreiro de um olho só interpretado por MADS MIKKELSEN, não fala nada, o que lembra muito o herói de Drive que era um sujeito de poucas palavras. Além disso, o diretor é bastante contemplativo enquanto não temos nenhuma cena de ação, sem pressa em acelerar os acontecimentos, dando um tempo grande para que o espectador possa desfrutar da paisagem ou do clima de introspecção do filme, enquanto que as cenas de ação, não poupam esse mesmo espectador de sangue e fúria.


Quanto aos problemas, a história não fica clara, deixando quem assiste ansioso demais por uma solução ou explicação que não ocorre, o que chega a ser um pouco frustante.


Minha Nota: 6.0
IMDB: 5.9

Fora de Rumo - (Derailed) - 2005

Filme do diretor sueco MIKAEL HAFSTROM que caiu no gosto de hollywood e que já fez trabalhos como RITUAL, O (2008) e 1408 (2007) filme que ainda tenho que ver, esse FORA DE RUMO (2005) por algum motivo, eu não me lembro por completo e nem tinha anotado em nenhum lugar que já havia visto, mesmo tendo lembranças de trechos e da história meio que por alto.


A história começa com o envolvimento do personagem de CLIVE OWEN com a belíssima JENNIFER ANISTON depois dela pagar pela sua passagem de trem. Daí para frente, ele começa a sofrer chantagem de um assaltante mas o roteiro é bem mais complexo e cheio de viradas do que uma simples sinopse possa contemplar.


O filme tem um ótimo ritmo e uma história envolvente, o que acredito que elevou bastante o status de revelação do diretor Mikael Hafstrom, mas o envolvimento familiar é muito superficial, coisa que costumo sentir nos filmes de Clive Owen, apesar de não ter tantos filmes do ator assim vistos para um julgamento mais preciso, mas sem dúvida nenhuma, é um filme a cima da média.


Minha Nota: 6.6
IMDB: 6.5

Em um Mundo Melhor - (Hævnen) - 2010

Interessante o novo trabalho da diretora dinamarquesa SUSANNE BIER da qual eu já havia visto o premiado DEPOIS DO CASAMENTO (2006), que sempre trabalha com histórias sobre gente comum que muitas vezes são submetidas a acontecimentos inesperados que exigem que tenhamos um comportamento para o qual não fomos avisados que teríamos que ter.


Nesse UM MUNDO MELHOR, EM (2010) duas famílias tem seus caminhos entrelaçados pela amizade de seus filhos. Um dos garotos perdeu a sua mãe recentemente e o outro está no meio da separação de seus pais.


Chama a atenção para o bom gosto das imagens exibidas, com cores muito bonitas e de bom gosto. Além disso, a diretora apenas nos mostra uma série de fatos que geram consequências e como seus personagens, cada um com a sua formação social, lidam com esses fatos e mais, como seus filhos lidam com as atitudes tomadas pelos pais.


O filme ganhou Óscar de Melhor filme estrangeiro, Globo de ouro na mesma categoria além de prêmio de Melhor diretora em um festival europeu. 


É uma obra delicada como só uma mulher pode produzir e ao mesmo tempo corajosa, pois não é feita para arrebatar multidões, mas para expor uma visão pessoal da vida e de como se portar diante de suas adversidades.


Minha Nota: 6.6
IMDB: 7.6

Adeus, primeiro amor - (Un amour de jeunesse) - 2011

Filme da diretora francesa MIA HANSEN-LOVE, esse ADEUS, PRIMEIRO AMOR (2011), conta a história de um casal de adolescentes que termina seu relacionamento, depois que o rapaz resolve se descobrir, viajando pelo mundo e abandonando sua amada, que após a separação, se dedica aos estudos e se forma, construindo uma nova vida, principalmente amorosa com um de seus professores. Contudo, nenhum dos dois personagens, conseguem apagar da memória, as recordações da vida juntos, que ganham ainda mais força em seus corações, depois que eles se reencontram alguns anos mais tarde, revivendo assim todos os sentimentos e experiências pelas quais passaram juntos.

O filme ganhou o prêmio de Menção Especial no Festival de Locarno, mas não conseguiu me envolver ou mesmo me emocionar. Talvez as interpretações tanto da jovem atriz LOLA CRÉTON quanto do jovem SEBASTIAN URZENDOWSKY são melancólicas imprimindo na obra, uma tristeza muito grande, mesmo quando os jovens se reencontram. 

Um mérito a ser ressaltado, é que a diretora consegue abordar de uma forma rápida e precisa, a força que une qualquer jovem apaixonado, mesmo de uma forma superficial, além de respeitar os momentos de intimidades dos personagens de forma muito bonita.

Minha Nota: 5.2
IMDB: 6.3

Algumas coisas me chamam a atenção nos trabalhos de STEVEN SODERBERGH, o filtro lente, colocando um tom de sépia em algumas cenas que eu já havia visto em um de seus trabalhos mais conceituados TRAFFIC: NINGUÉM SAI LIMPO (2000), a forma como ele mostra os combates corpo a corpo, quase que sem cortes, o que torna a coisa mais real e mais longe dos combates absurdos que costumam ser mostrados em filmes de artes marciais principalmente japoneses e a presença de elencos cheios de estrelas.


Nesse a TODA PROVA, À (2011) temos a presença de nada mais nada menos que MICHAEL DOUGLAS, ANTONIO BANDERAS, EWAN MCGREGOR e MICHAL FASSBENDER e o filme conta a história de uma super espiã que procura por vingança depois de ser traída em uma missão e agora dedica seu tempo a descobrir quem realmente cometeu a traição.


O filme traz outro assunto recorrente na obra de Soderbergh, a mulher forte que não se intimida diate dos homens como fez em ERIN BROCKOVICH - UMA MULHER DE TALENTO (2000) que preciso ver novamente, pois lembro de ter gostado muito mas já o perdi na memória que nunca foi tão boa.


Quanto aos problemas do filme, achei GINA CARANO uma espiã muito fria, sem alma, que quase não demonstra emoção. Talvez por opção dos realizadores do filme, mas acredito que existem outras formas de se demonstrar força para uma mulher.


Minha Nota: 6.2
IMDB: 6.1

Toda Prova, À - (Haywire) - 2011

Algumas coisas me chamam a atenção nos trabalhos de STEVEN SODERBERGH, o filtro lente, colocando um tom de sépia em algumas cenas que eu já havia visto em um de seus trabalhos mais conceituados TRAFFIC: NINGUÉM SAI LIMPO (2000), a forma como ele mostra os combates corpo a corpo, quase que sem cortes, o que torna a coisa mais real e mais longe dos combates absurdos que costumam ser mostrados em filmes de artes marciais principalmente japoneses e a presença de elencos cheios de estrelas.


Nesse a TODA PROVA, À (2011) temos a presença de nada mais nada menos que MICHAEL DOUGLAS, ANTONIO BANDERAS, EWAN MCGREGOR e MICHAL FASSBENDER e o filme conta a história de uma super espiã que procura por vingança depois de ser traída em uma missão e agora dedica seu tempo a descobrir quem realmente cometeu a traição.


O filme traz outro assunto recorrente na obra de Soderbergh, a mulher forte que não se intimida diate dos homens como fez em ERIN BROCKOVICH - UMA MULHER DE TALENTO (2000) que preciso ver novamente, pois lembro de ter gostado muito mas já o perdi na memória que nunca foi tão boa.


Quanto aos problemas do filme, achei GINA CARANO uma espiã muito fria, sem alma, que quase não demonstra emoção. Talvez por opção dos realizadores do filme, mas acredito que existem outras formas de se demonstrar força para uma mulher.


Minha Nota: 6.2
IMDB: 6.1

Sherlock Holmes: O Jogo de Sombras - (Sherlock Holmes: A Game of Shadows) - 2011

Apesar de ter uma resistência grande contra a livre adaptação adotada pelos diretores para obras que se baseiam em personagens que eu já conhecia seja pelos quadrinhos ou livros que li, tenho que reconhecer que o diretor GUY RITCHIE se manteve fiel ao seu Sherlock descolado e cheio das piadinhas e fez um excelente trabalho também nesse SHERLOCK HOLMES: O JOGO DAS SOMBRAS (2011) que continua a história contada em SHERLOCK HOLMES (2009).

Nessa história, o incrível detetive, que na visão de Guy Ritchie tem até mesmo poderes especiais e luta como um profissional das artes marciais, ele e seu eterno companheiro Dr. Watson tem que enfrentar o maior inimigo já descrito nas obras de Arthur Conan Doyle, o Professor Moriarty.

O filme é baseado principalmente em "O problema final" de Doyle, mas traz também vários trechos de outras obras do autor. ROBERT DOWNEY JR. aparece novamente como o investigador, numa espécie de homem de ferro britânico e sem armadura, usando piadinhas que como disse, me incomodam, mas que mantém a linha do personagem que ele iniciou no primeiro filme da série.

Outra coisa que me incomodou um pouco, foi a pequena participação de RACHEL MCADAMS, que tem um carisma fantástico e funcionou muito bem no primeiro filme juntamente com Robert Downey, mas não duvido que a moça reapareça em um terceiro filme do herói.

Parando de criticar agora, o filme tem um enredo mais forte que o primeiro, talvez pela presença de um vilão que se equipare com o herói, o que proporciona ao espectador várias cenas empolgantes de divertidas. Sem dúvida uma superprodução que compensa ser vista.

Minha Nota: 7.4
IMDB: 7.6

Aterrorizada - (The ward) - 2010

Filme mais recente do diretor JOHN CARPENTER responsável por vários sucessos da década de 80, como FUGA DE NOVA YORK (1981) e por ter em seu currículo vários trabalhos do gênero terror. E é em um filme de suspense com pequenas doses de terror, que aparece esse ATERRORIZADA(2010) contando a história de uma jovem que é internada em um hospício após queimar uma casa.


Com o passar do filme, vamos nos familiarizando com o que ocorreu realmente com a jovem e conhecendo as suas colegas de internação e ao mesmo tempo, sendo apresentados para uma assassina que aterroriza todas as habitantes do local.


Além do suspense e dos momentos de sustos que o diretor nos oferece, ele também esconde até o final, segredos no roteiro, que acredito tenha feito isso para dar todo o charme da obra.


Com uma trilha correta que cumpre seu papel, uma fotografia clara que não tem medo de mostrar o ser sombrio que aterroriza as garotas, o diretor John Carpenter apresenta um filme interessante, mas que não em agradou completamente, apesar de ter adorado um filme com as loucas mais bonitas que já vi.


Minha Nota: 6.0
IMDB: 5.6

Campo dos sonhos - (Field of Dreams) - 1989

Não me lembro de ter visto outro filme qualquer do diretor americano PHIL ALDEN ROBINSON, mas lembro que já havia visto esse CAMPO DOS SONHOS (1989) na minha adolescência, mas por um outro motivo qualquer, baixei para rever, pois não tinha na memória nada do filme.

Na história, um fazendeiro vivido pelo então astro de hollywood KEVIN COSTNER, ouve vozes que lhe direcionam a construir um campo de baisebol em suas terras.

Partindo dessa premissa que não é um argumento tão forte, o filme conta sobre a paixão que seu pai lhe deixou pelo esporte e a história de um jogador que foi um mito, mas que foi penalizado sendo expulso do baisebol, graças a um fato de corrupção ocorrido na época em que seu time se via envolvido.

Filmes que tem como temática a relação pai e filho, sempre em tocam profundamente, outro tipo de tema que sempre em deixa muito emocionado, é o esporte a a paixão que ele consegue despertar no ser humano. Não precisa nem falar que chorei absurdos vendo esse filme novamente.

Mas além de todos os temas mais tangíveis que o filme aborda, a realização de um sonho, e não deixar esse sonho se perder, é a tônica mais forte que causa o resultado marcante do filme. Já o elegi como memorável e meu carinho pela obra cresceu bastante. Um filme tocante, mas de uma forma especial e acredito, que seja assim para poucos.

Minha Nota: 6.6
IMDB: 7.6

Sucker Punch - Mundo Surreal - (Sucker Punch) - 2011

Primeiro trabalho do diretor ZACK SNYDER que não é baseado na obra de terceiros, ele que já fez o fantástico MADRUGADA DOS MORTOS (2004) e o também excelente WATCHMEN - O FILME (2009). 

Descrito pelo diretor como um filme de ação erótico, nesse SUCKER PUNCH - MUNDO SURREAL (2011) temos uma jovem está internada por seu padastro, em um manicomio, no intuito de apagar de sua mente os últimos acontecimentos após a morte da sua mãe, para que ele possa ficar com a herança dela. Dentro do manicômio, a menina cria uma realidade alternativa para não enlouquecer e manter as esperanças de sair da situação.


O diretor já tem uma série de armas que fazem parte de seu estilo de direção. Câmeras lentas utilizadas com uma peculiaridade de closes em pontos focais sempre surpreendentes e uma linguagem de vídeo clipe muito apurada, utilizando a música como uma forma de compor as coreografias dos combates mostrados, que não tem como não agradar o público mais exigente.


Talvez a história de seus trabalhos e também os personagens, acabem sendo deixados para um segundo plano em função de valorizar o que ele tem de mais forte que são as imagens compostas por músicas sempre num ritmo forte e arrebatador, mas isso não diminui o trabalho que é bem cuidado e repleto de beldades como as loiras EMILY BROWNING, ABBIE CORNISH e JENA MALONE e a morena de tirar o fôlego VANESSA HUDGNES além da oriental arrebatadora JAMIE CHUNG sem deixa de falar na beldade CARLA GUGINO, que enchem os olhos de quem tem a oportunidade de desfrutar do filme.

Minha Nota: 7.4
IMDB: 6.1

Campeão, O - (The champ) - 1979

Um amigo havia me falado desse filme, acreditando ser o filme ÚLTIMO ROUND (1979), mas de qualquer forma, me deparei com uma obra de FRANCO ZEFIRELLI, monstro sagrado do cinema italiano que tem 22 filmes em seu currículo de diretor com destaque para IRMÃO SOL E IRMÃ LUA (1972) sempre com um cinema comovente, que faz o expectador se emocionar sem vergonha de nada.


É assim também esse CAMPEÃO, O (1979) que conta a história de um ex-campeão de boxe que cria seu filho por 7 anos sozinho, como treinador de cavalos viciado em jogo e separado de sua esposa. O drama do herói, vivido por JON VOIGHT é ver aparecer novamente a esposa, por quem ainda nutre um afeto, além é claro, de uma mágoa muito grande e ainda, a possibilidade de uma disputa por seu filho, que é uma criança incrível e adorável, vivida pelo fenomenal RICK SHRODER. Os atores estão impecáveis em seus papéis, mais uma vez, méritos para o diretor Franco Zefirelli.


O filme tem um andamento previsível, mas chega a uma cartasse em sua conclusão, que apesar de esperada, é arrebatadora, o que mostra a competência do diretor desse filme arrebatou o Óscar de Melhor trilha sonora e ganhou o prêmio de revelação masculina para o ator RICK SCHRODER além de indicação de melhor ator para JON VOIGHT no Globo de Ouro.


Minha Nota: 6.4
IMDB: 6.2

Tio Boonmee, Que Pode Recordar Suas Vidas Passadas - (Loong Boonmee raleuk chat) - 2010

Essa é a minha primeira experiência com o diretor tailandes APICHATPONG WEERASETHAKUL e confesso que estava entusiasmado com esse TIO BOONMEE, QUE PODE RECORDAR SUAS VIDAS PASSADAS (2010) depois de ler vários comentários de blogueiros, que diziam ser o melhor filme do ano em suas opiniões.


O filme conta a história de um homem, com problemas renais, que está organizando como ficará a sua vida para os parentes mais próximos, já que não tem descendentes diretos.


Trata-se de uma especie de filme contemplativo, em que o diretor aproveita para mostrar a beleza de se viver no campo, e disserta um pouco sobre o que vem depois da vida e sobre o karma de nossas vidas atuais. É claro que falta um pouco de informação sobre a cultura tailandesa para uma compreensão maior das figuras utilizadas durante o filme. Talvez por isso eu tenha ficado um pouco incomodado com a obra.


O filme ganhou a Palma de Ouro em Cannes de melhor filme, e foi muito bem recebido pela crítica.


Minha Nota: 6.2
IMDB: 6.7

Abrigo, O - (Take Shelter) - 2011

Atormentado por visões e sonhos apocalípticos, um homem começa a reforma de um abrigo ant-tornados fazendo com que todos pensem que ele perdeu a sanidade.


Na verdade, trata-se de um filme que mostra como pode ser difícil o processo de loucura, quando somos colocados de frente com situações que somente se apresentam para a gente. Lutar contra as reações que somos impelidos a ter e contra o que a sociedade prega e nos aponta como caminho certo, como comportamento correto e são.


Não sei se a interpretação do ator MICHAEL SHANNON, que em alguns momentos consegue se soltar bastante e convencer em seu papel, como na sequência do almoço, mas me incomodou o distanciamento dele e da esposa, interpretada pela belíssima JESSICA CHASTAIN, que não é progressivo, parece já estar acontecendo a algum tempo, mas não incomoda nem a um quanto ao outro.


O filme ganhou indicações e prêmios em festivais menores nas categorias de  Melhor ator, Diretor e Filme e Atriz Coadjuvante para Jéssica. Chegou a ganhar o prêmio de semana da crítica no Festival de Cannes.


Minha Nota: 6.6
IMDB: 7.6

Água para elefantes - (Water for Elephants) - 2011

Filme do diretor autríaco FRANCIS LAWRENCE quem tem trabalhos como CONSTANTINE (2005) e SOU A LENDA, EU (2007), filmes que ganharam destaque entre o público de blockbuster.


Nesse ÁGUA PARA ELEFANTES (2011), temos a história de um estudante de veterinária, interpretado pelo ator ROBERT PATTINSON, que é o Edward da saga Crepúsculo, abandona os seus estudos depois que seus pais estão mortos e se junta a um circo itinerante como seu veterinário. Nisso inicia-se uma história de amor, por parte dele com a artista principal do circo que é interpretada pela bela REESE WITHERSPOON. 


O circo na verdade, nada mais é do que um pano de fundo para o romance dos dois, contudo, o diretor aproveita para mostrar um pouco do fascínio que a coisa causa sobre todos. Sem mostrar os números, o diretor nos conta um pouco da história do circo nos Estados Unidos. Mas não chega a ser um filme documental, pois como eu já disse, o assunto do circo serve apenas como pano de fundo para uma história de amor, que não tem uma química muito forte entre seus personagens. 


Minha Nota: 6.2
IMDB: 6.9

Sede de sangue - (Bakjwi) - 2009

Filme do diretor sul coreano talvez mais famoso, CHAN-WOOK PARK, autor da verdadeira obra prima OLD BOY (2003), esse SEDE DE SANGUE (2009) é um trabalho que com certeza não mostra toda a grandiosidade que o diretor mostrou em outros trabalhos.


Nesse filme, é contada a história de um padre, católico, o que é estranho na cultura oriental, que em uma missão pela África, acaba contraindo uma doença terrível que mata apenas os povos não africanos, mas acaba sofrendo uma transfusão de sangue que lhe salva a vida.


Voltando para a sua terra natal, ele se encontra com amigos de infância e tem também um reencontro com uma antiga menina, que agora é uma mulher, por quem se apaixona e vê seus votos sagrados arriscados por esse amor.


Acredito que o problema maior do filme esteja na narrativa arrastada e na duração excessivamente longa. Pode ser um estilo do autor a contemplação, mas nesse Sede de sangue, ela não funciona tão bem. A presença de cenas sádicas, continua forte, como parece ser o estilo do diretor, mas não sei se a história ou mesmo esse tempo de duração absurdo, prejudicam o resultado final do trabalho.


Minha Nota: 5.4
IMDB: 7.2

Singularidades de uma Rapariga Loura - (Singularidades de uma Rapariga Loura) - 2009

Cheguei até esse SINGULARIDADES DE UMA RAPARIGA LOURA (2009) graças a um texto muito empolgado que li no blog do Ailton Monteiro no qual ele ressalta as qualidades na direção do filme, que é uma obra de MANOEL DE OLIVEIRA, cineasta português muito conceituado em toda a Europa.

Na verdade, não gostei do filme, mas relendo o texto do Ailton, não tive como não concordar com alguns aspectos que ele aponta, como o controle do andamento da obra, que hora é contemplativa, quando o diretor consegue nos fazer apaixonados, como seu herói, pelo personagem da belíssima CATARINA WALLENSTEIN, hora mais dinâmico, nos momentos que o desespero de nosso herói chega a tomá-lo completamente, visto que seu tio não quer permitir que ele se case de forma alguma e ele tem que encontrar uma forma de fazê-lo.

Algumas das coisas me incomodaram muito no filme, são as sequencias no trem, quando nem o herói olha para a câmera, nem a sua recente amiga para quem ele confidencia todos os fatos, além disso, as piadas feitas pelo tio, não funcionam, pois ele demonstra carinho após realizá-las, mas fica claro que seu sobrinho não tem nenhum envolvimento emocional com seu tio.

Minha Nota: 5.4
IMDB: 6.6

XXY - (XXY) - 2007

É a minha primeira experiência com a diretora argentina LUCÍA PUENZO, mas já é minha sexta experiência com o cinema dessa terra, que sempre me agradou muito. 


Nesse XXY (2007) temos um retrato da história de um adolescente de 15 anos, que sofre um drama interno e também em sua família e cidade onde vive, por se tratar de um hermafrodita e estar passando por uma fase de revolta, parando de tomar os medicamentos que o mantém com a aparência de uma menina e com a dúvida sobre que caminho seguir.


O filme é um retrato geral do drama, que é vivo tanto pelo adolescente, quanto por seus pais e pelos amigos próximos. De maneira delicada e não invasiva, a diretora nos mostra como é difícil as escolhas a serem feitas em uma situação dessas, mostrando que a carga que todos os membros da família carregam, pode muitas vezes desgastar o emocional de todos e atingindo a proposta da diretora de lançar o seu olhar sobre o tema.


O filme ganhou o prêmio de melhor filme no Festival de Cannes e também em outros festivais menores.


Minha Nota: 7.2
IMDB: 7.2

Weekend - (Weekend) - 2011

Pelo visto é apenas o segundo longa metragem do diretor ANDREW HAIGH mas a impressão deixada com esse WEEKEND (2011) foi muito marcante pelo menos para mim, que vi o filme sem nenhuma pretensão e até tendo que deixar de lado certos preconceitos idiotas, como o medo de ser visto vendo um filme que fala sobre relacionamento entre gays, mas vamos falar do filme e de minhas impressões sobre ele.


A história conta do envolvimento, a princípio casual, entre dois rapazes que se conhecem em uma boate gay e terminam a noite juntos, contudo, apesar de aparentar ser apenas mais um encontro casual, que parece ser uma coisa comum no mundo dos dois, contudo, esse envolvimento se estreita no espaço de um final de semana.


As qualidades que me impressionaram na obra foram várias. Primeiramente, o filme trata do assunto de uma forma abrangente, mesmo não se detendo em diversos pontos. É falado sobre o preconceito da sociedade no geral contra os relacionamentos homossexuais, sobre a promiscuidade dos gays, sobre a existência do amor e de relacionamentos duradouros de verdade, sobre a necessidade de servos livres para encontrarmos nossa individualidade, sobre sermos felizes apesar de tudo, enfim, confesso que a muito tempo não tive uma experiência que me fizesse refletir sobre tantas coisas.


Além dos fatores filosóficos despertados pelo filme, o diretor mostra um trabalho sensacional ao utilizar closes dos personagens principais nos momentos de intimidade, em que estão sós e quando em público, a câmera se distância, como que representando a distância que a sociedade impõe para esses indivíduos, ou talvez vice e versa, mas além disso, a falta de sons, a utilização dos sons dos ambientes, que da um ar independente e calmo, além disso, o carinho com que é retratado o relacionamento dos personagens, faz com que o espectador consiga ver um envolvimento entre duas pessoas, sem se preocupar de estar acontecendo entre dois homens. E confesso, que a condução é tão bem feita, que o filme me emocionou em seu final.


Enfim, uma obra que provavelmente vai esbarrar no preconceito velado ou não velado da sociedade, mas não tem como não ser reconhecido como um trabalho no mínimo muito bom.


Minha Nota: 7.2
IMDB: 7.6

Ritual, O - (The Rite) - 2011

Gostei muito desse RITUAL, O (2011) do diretor sueco MIKAEL HAFSTROM do também muito bem falado 1408 (2007) apesar dos filmes terem a temática do horror que é um gênero que já disse aqui que não aprecio tanto, o filme é bem maior do que o gênero, muito bem cuidado no que diz respeito ao assunto da religião e do ocultismo.


A história gira em torno de um jovem, que para conseguir sair da vida que não quer parar si, de agente funerário, como seu pai sempre foi, entra para um seminário, que ele encontra como única solução para seu intuito, contudo, ao se formar, o padre que é seu diretor, antes de lhe deixar abandonar a vocação, lhe transfere para Itália, para um curso de exorcismo de dois meses, para então deixar que ele siga seu caminho.


A partir daí, temos um rapaz que apesar de ter feito o curso de padre é cético mas se vê envolvido com uma série de eventos que envolvem o ocultismo e possessão demoníaca. É claro que vários momentos de susto e uma aura de suspense giram por todo o transcorrer do filme, é onde se pode sentir a mão do diretor, que consegue dosar sempre com muita precisão, o suspense e até mesmo a emoção do espectador quanto ao seu trabalho, fazendo uma utilização muito inteligente da música também.


O filme é baseado em um livro escrito por Matt Baglio, jornalista que conviveu com padres exorcistas durante um período de sua vida, inclusive, com um fez o curso juntamente com padres, com o intuito de conseguir discernir uma possessão de uma doença mental.


Ainda para acrescentar ao filme, temos a participação da belíssima atriz ALICE BRAGA, que entra para acrescentar carisma a obra.


Minha Nota: 7.2
IMDB: 5.9

Scarface - (Scarface) - 1983

Quase não senti passar as 2:50 desse fantástico SCARFACE (1983) que eu já havia visto anteriormente, mas pelo qual eu sentia obrigação de passar novamente e não me arrependi.

AL PACINO está muito bem. Na verdade ele trás todos os seus maneirismos exagerados, mas que funcionam perfeitamente para esse personagem de um imigrante cubano que chega apenas com sua determinação para vencer no mundo das drogas dos EUA. Também é encantadora a figura de MICHELLE PFEIFFER magra mas simplesmente de tirar o fôlego do espectador.

É impressionante a coleção de cenas memoráveis graças a sua composição, sequência, posicionamento de câmeras, enfim, como se estivéssemos de frente de uma aula de direção durante toda a duração do filme, enfim, foram momentos de muito prazer visual desfrutado por esse que vos escreve.

Interessante saber que SCARFACE (1983) teve a palavra "fuck" pronunciada por 206 vezes,  recorde que perde apenas para BONS COMPANHEIROS, OS (1990) com 246 vezes e PULP FICTION - TEMPO DE VIOLÊNCIA (1994) com 257 vezes. Esse filme também é uma refilmagem de SCARFACE, A VERGONHA DE UMA NAÇÃO (1932).

O filme teve indicações ao Globo de Ouro de Melhor ator para Al Pacino e melhor trilha sonora.

Minha Nota: 8.0

IMDB: 8.2

Gattaca - Experiência Genética - (Gattaca) - 1997

 

Muito interessante esse primeiro trabalho do diretor ANDREW NICCOL realizado em 1997, GATTACA - EXPERIÊNCIA GENÉTICA (1997) que recentemente nos premiou com um ótimo trabalho, PREÇO DO AMANHÃ, O (2011), conta a história de um futuro supostamente próximo, em que a discriminação deixa de ser um fato racial, para se tornar um fato genético.

Através dos gens, já é possível determinar até mesmo a provável causa e data da morte de um homem. O que se torna critério até mesmo para determinar qual será a carreira profissional desse indivíduo. A partir daí, surge a manipulação genética, que permite tirar determinadas "falhas" o que gera uma espécie superior. Nesse contexto, um jovem, nascido da maneira antiga, tem que fazer de tudo para realizar seu sonho, que é reservado apenas para superiores.

O diretor imprime uma estética futurista curiosa, todos são muito sérios, dentre os perfeitos, cabendo a alegria e as piadas apenas para os seres humanos com falhas. Além disso, existe também uma mensagem de que se você acredita em seu sonho, sua persistência pode levá-lo a realizar esse sonho. Acredito que me incomodei apenas com esse gesso que é dado a forma do filme, mas no mais, é um trabalho realmente respeitável.

Um fato interessante é que até as filmagens de GATTACA - EXPERIÊNCIA GENÉTICA (1997) os atores ETHAN HAWKE e a atriz UMA THURMAN não se conheciam, contudo, meses depois, os dois se casaram.

O filme recebeu indicação ao Óscar de Melhor direção de arte e ao Globo de Ouro de Melhor Trilha Sonora.

Minha Nota: 6.8

IMDB: 7.8

Shame - (Shame) - 2011

Esse é o segundo logametragem do diretor STEVE MCQUEEN que também é o responsável por HUNGER (2008) que ainda não tive a oportunidade de ver. Mas falando de SHAME (2011), temos a história de um compulsivo sexual que vive sua vida reservadamente em seu apartamento e trabalhos de forma até certo ponto discreta, até que sua irmã chega sem aviso para passar um tempo em sua casa.

O filme não tem uma trama ousada, mas trata do assunto de uma forma muito interessante, mostrando que existe um conflito muito forte em seu personagem, que a princípio não tem problemas com sua compulsão, mas ao tentar um relacionamento diferente dos que está acostumado, ou mesmo no lidar com as emoções que sua irmã trás a tona, ele tem uma fragilidade e um incômodo muito grande com sua condição.

Uma interpretação primorosa de MICHAEL FASSBENDER pode ser vista nesse trabalho que traz também a câmera de Steve muito bem pensada com imagens de composição criativa e cuidadosa.

O filme ganhou no festival de Veneza, prêmios de Melhor Ator e Melhor Filme além de indicações em diversos festivais, inclusive para atriz coadjuvante para CAREY MULLIGAN que também está fantástica no filme.

Minha Nota: 7.2

IMDB: 7.8

Vigaristas - (The Brothers Bloom) - 2008

 

Bom, segundo o diretor RIAN JOHNSON, esse VIGARISTAS (2008) foi baseado em GOLPE DE MESTRE (1973) e em SAFADOS, OS (1988). Não vi os trabalhos anteriores para que pudesse fazer uma comparação entre eles, mas confeço que não gostei muito desse trabalho, talvez por que justamente durante sua exibição, eu estava com alguns problemas de saúde que me deram muito sono e indisposição física mesmo.

Bom, o filme conta a história de dois irmãos que são especialistas em trapaças e que planejam seu último golpe para cima de uma herdeira excêntrica, mas como sempre acontece, um deles se apaixona pela moça e se vê envolvido com ela.

O roteiro é interessante e tem várias viradas, mas a atuação tanto de MARK RUFFALO quanto de ANDRIEN BRODY me incomodaram muito no papel dos irmãos Bloom. Acredito que essa tenha sido minha prinicpal implicância com o filme.

Um fato curioso sobre a obra, é que nos créditos do filme, é possivel ver um agradecimento especial a TOM CRUISE graças as sugestões feitas por ele, que modificaram bastante o roteiro do filme.

Minha Nota: 6.2

IMDB: 6.9

Labirinto do fauno. O (El Laberinto del Fauno) - 2006

Obra do diretor mexicano GUILHERMO DEL TORO, a muito tempo venho querendo assistir esse LABIRINTO DO FAUNO, O (2006) que conta uma história no final da guerra civil espanhola mas que mescla sua temática com o imaginário, para os contos de fadas.

O filme ganhou três prêmios técnicos na premiação do Óscar e foi indicado a melhor filme estrangeiro tanto no Óscar quanto no Globo de Ouro e ganhou diversos outros prêmios em festivais menores.

Acredito que o grande mérito do filme seja a atmosfera mítica criada com uma riqueza de elementos que realmente abrilhantam demais a obra, contudo, os trechos que se passam na nossa realidade, não tem uma força compatível com o restante da obra, de qualquer forma, um filme que encanta ao mesmo tempo que assusta por sua temática meio gótica.

Minha Nota: 6.8

IMDB: 8.4

1984 - (Nineteen Eighty-Four) - 1984

Acho que se eu não tivesse por hábito, depois de iniciar um filme, terminá-lo obrigatoriamente, eu teria deixado de lado esse 1984 (1984) com pouco tempo de exibição.

O filme, do diretor Indiano MICHAEL RADFORD que tem um trabalho que gosto muito que é CARTEIRO E O POETA, O (1994) dessa vez nos apresenta uma história futurista, sobre uma sociedade totalitária e os indivíduos que a compõe. 

Ta certo que é uma crítica, já em 1984 sobre a sociedade como um todo. As classes dominantes fazem o que querem e o proletariado não tem poder de decisão quem dirá trazem alguma preocupação aos governantes.

Mas não sei se a plástica utilizada para exibir a história, se bem que a falta de efeitos especiais para ilustrar um futuro foi exigência da proprietora dos direitos do livro, ou por suseu andamento lento ou mesmo, por um fator que posso compreender. O diretor nos nega informações além das que o povo tem acesso, talvez para repassar ao espectador, o clima de liberdade vigiada que é a grande tônica do filme.

 

O filme foi o último filme do ator RICHARD BURTON e teve algumas indicações em festivais menores para ator e para melhor filme.

Minha Nota: 4.4

IMDB: 7.1

Fale com ela - (Hable con ella) - 2002

É sempre uma experiência nova ver qualquer trabalho de PEDRO ALMODÓVAR, seja por seus temas controversos e sempre diferentes do que vemos em nossa realidade, seja por sua fotografia sempre com cores próprias e várias e várias informações em tela.

Nesse FALE COM ELA (2002), o tema principal é o coma e a forma como o tratamos. Um enfermeiro dedicado, cuida de uma moça que está a vários anos e coma, mas com o passar do tempo, vai revelando outros fatos importantes que ligam sua vida a de sua peciente.

O filme foi indicado e ganhou prêmios em diversos festivais, inclusive o Óscar de Melhor roteiro Original e indicação na categoria de diretor para Almodóvar e ganhou também o prêmio de Melhor filme Estrangeiro no Globo de Ouro.

Acredito que a discussão maior, seja o cuidado com uma pessoa em coma, mas também, o que uma fixação pode fazer com a vida de uma pessoa. Ainda temos o tema da amizade e se a pessoa em coma, realmente ouve ou coloca em algum lugar de seu subconsciente o que é dito durante o coma. Um ótimo filme para pensar e refletir.

Minha Nota: 6.8

IMDB: 8.0

Red - Aposentados e Perigosos - (Red) - 2010

Demorei um pouco para ver esse RED - APOSENTADOS E PERIGOSOS (2010) por achar que seria mais um block buster sem importância maior, mas nunca podemos esquecer do poder de divertimento que esses filmes tem e não me decepcionei.

É muito divertido ver principalmente BRUCE WILLIS na tela de novo e fazendo algo que cresci vendo ele fazer na sua franquia de maior sucesso que se iniciou em DURO DE MATAR (1988). Nesse filme, ele mais uma constelação de artistas consagrados, são espiões aposentados que devem ser eliminados por estarem presentem em uma operação secreta de anos atrás.

Bruce vai de encontro ao seu contato no seguro social com quem já vem flertando por telefone a anos, a belíssima MARY-LOUISE PARKER pois acredita que ela também pode estar em perigo e é quem dá o tom de comédia para suas cenas, além das cenas que aparecem o maluco caricato JOHN MALKOVICH.

O filme é dirigido por ROBERT SCHWENTKE que também dirigiu um outro filme que não gostei tanto mas que recebeu boas críticas, PLANO DE VÔO (2005) e é uma adptação dos quadrinhos de mesmo título lançados pela DC Comics mas que teve apenas 3 números, além disso, o filme recebeu indicação para melhor comédia no Globo de Ouro. 

Enfim, um filme que cumpre bem seu papel de divertir e entreter.

Minha Nota: 6.4

IMDB: 7.0

Amizade Colorida - (Friends with Benefits) - 2011

Acho que isso eu ainda não havia falado. Da mesma forma que eu tenho um determinado gênero que não me agrada muito no cinema, que é o terror, existe um gênero menor que me encanta e emociona, mesmo quando o filme é um filme menor como é o caso desse AMIZADE COLORIDA (2011), a comédia romântica.

Nesse filme temos a história da belíssima MILA KUNIS que encontrei pela primeira vez no fantástico CISNE NEGRO (2010) e que não está com a mesma beleza em encanto, mas ainda assim é uma mulher maravilhosa que faz o papel de caça talentos e consegue contratar JUSTIN TIMBERLAKE para reformular o blog de uma revista americana.


Geralmente o que me encanta nesse gênero é falar de amor e das várias formas pelas quais, as pessoas chegam até ele. Isso sempre me diverte muito e quase sempre me emociona, mesmo sabendo que esses filmes seguem uma determinada fórmula que muito raramente é alterada. 

Mas não é por gostar do gênero que sei que ele tem várias falhas, como a já citada fórmula padrão seguida pelas mariorias das comédias românticas, a inserção de personagens, que tem uma função mínima na trama, apenas para justificarem sua presença em um determinado momento do filme, além de muitas vezes, serem apelativas e utilizarem de vocabulários e piadas que não tem outra função a não ser, diminuir as pessoas.


No caso desse filme especificamente, temos um casal que se decepcionou com suas relações anteriores e depois de se conhecerem e se tornarem amigos, querem manter essa amizade, mas acham que podem fazer sexo sem estragar tudo.


Um filme interessante, que na verdade, deixar a carga engraçada toda para WOODY HARRELSON que faz o papel de um colega de trabalho gay, mas no mais, apenas outra história de amor bem resolvida.

Minha Nota: 6.4
IMDB: 6.6

Lenny - (Lenny) - 1974

Achei esse trabalho do diretor americano BOB FOSSE que foi o mesmo do comentadíssimo musical CHICAGO (2002) na internet e como já tem um tempo que eu me propus a ver trabalhos do início de carreira de atores conceituados de Hollywood, encarei esse LENNY (1974) que conta a história de um comediante da década de 60, inovador, que fazia suas piadas como os atuais comediantes fazem, com um que de crítica social muito forte, mas que enfrentou muitos problemas por ser considerado obsceno para o público.

DUSTIN HOFFMAN está brilhante no papel do comediante que realmente faz um humor bastante ácido. Os pontos altos do filme, são as cenas que mostram os shows de Lenny, inclusive uma das cenas eu achei bastante interessante, pois o comediante trata do assunto negros, mas de uma forma tão fantástica, que deixa claro que não foi por sorte que se tornou famoso em sua época.

O filme é biográfico e nos deixa triste com a forma com que a história sempre foi muito cruel com as novas ideias, tratando de punir aquilo que é novo, sem conseguir ser justa, como deveria ser.

Minha Nota: 7.0

IMDB: 7.6