quinta-feira, 28 de junho de 2012

Vil romance - (Vil romance) - 2008



É o primeiro filme que assisto do diretor argentino JOSÉ CAMPUSANO e acredito que o segundo filme que vejo que mostra cenas de sexo homossexuais sem preconceitos e falsos moralismos.

Na história temos um jovem que vive no subúrbio de Buenos Aires, gay e desempregado que não encontra amparo na mãe e na irmã promíscuas e por isso, passa suas noites em uma espécie de ferro velho, dentro da boleia de um caminhão velho. Ele se envolve com um homem misterioso e mais velho e que lhe deixa passar um tempo em sua casa.

A história é contada sem pressa e algumas tomadas, em que a câmera se posiciona muito próxima ao chão, me chamaram a atenção. Contudo, acredito que o diretor tenha falhado em mostrar o envolvimento afetivo de seus personagens e um roteiro que não se fecha com coesão, também prejudica o funcionamento do filme como um todo.

Minha Nota: 5.8
IMDB: 5.6

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Mulher, A - (The woman) - 2011



Sétimo filme do diretor americano LUCKY MCKEE começa de uma forma interessante e confesso que nas poucas imagens iniciais, eu tive a impressão de que seria uma boa experiência, contudo, logo nos primeiros minutos, essa expectativa já foi se diluindo, logo com as imagens sobrepostas mostradas pelo diretor, que começaram a me indicar um mal presságio.

A história não é contada por completo, deixando um tom de mistério que deveriam dar um certo ar de curiosidade para o filme, mas não funciona bem assim. O enrredo conta sobre um pai de família, uma filha problemática, uma mulher infeliz e um filho metódico e disciplicadno, contudo, as aparências enganam.

Acredito que a primeira impressão que tive, se deve ao fato do filme começar de uma forma diferente das costumeiras, mas depois, o filme toma outro rumo e se revela um tanto quanto psicótico e doentio, o que são temas que não me agradam em nada. E assim, sem se justificar ou sequer esclarecer as histórias, sempre deixando a impressão de ter revelado alguma coisa seja no olhar, seja no silêncio dos seus  personagens, vemos soluções doentias para personagens que com os comportamentos demonstrados, não poderiam estar na situação de família modelo em que se enquadravam até então.

Minha Nota: 5.4
IMDB: 6.1

Golpe a italiana, Um - (The Italian Job) - 1969



Sensacional a beleza da fotografia desse filme, que apesar de antigo, não envelheceu nada em sua qualidade visual. Logo nos créditos iniciais, temos uma sequência de um carro subindo os alpes suíços, que nos dá a noção exata do quanto o diretor se preocupa com a fotografia e com a ação que será retratada pelo mesmo.


No filme, temos a história de um roubo audacioso que será executado nas ruas de Turin, na Itália, por um grupo de criminosos reunidos pelo personagem de MICHAEL CAINE que acabou de sair da cadeia.


Uma das cenas do filme, em que o ângulo da câmera mostra a beleza dos alpes ao mesmo tempo que um grupo de mafioso embosca os pretensiosos autores do roubo tudo em uma só tomada, é para ficar guardado na memória de qualquer um.


As cores do filme, também são uma preocupação do diretor e a obra, só não é mais grandiosa, por que se preocupa em fazer rir transvestida de comédia, o que tira a força de determinados momentos como o final do filme, mas não deixa de ser um belíssimo filme.


Minha Nota: 6.2
IMDB: 7.2

terça-feira, 26 de junho de 2012

Soul Kitchen - (Soul Kitchen) - 2009


Foi por acaso que cheguei até esse SOUL KITCHEN (2009) do diretor alemão FATIH AKIN do qual ainda não havia visto nenhum trabalho, mas confesso que gostei do estilo de direção tradicional adotado, mas ao mesmo tempo, com uma preocupação muito grande com a beleza da fotografia, além disso, sempre me atrai muito, filmes que abordam a temática culinária.

Nesse filme, vemos a história de um grego que administra um restaurante problemático, inclusive no aspecto do faturamento, em Hamburgo, que também está passando por problemas no seu relacionamento, precisa administrar também um irmão que está prestes a sair da cadeia e uma série de outras confusões pequenas.

A bela fotografia e principalmente, o conceito de design embutido em toda obra, desde os pratos realizados pelo talentoso chef alemão, até a sequência dos créditos finais, com panfletos estilizados, são elementos que muito me atraíram no filme, sem deixar de lembrar da utilização da câmera com angulação amplificada, que foi utilizada em diversos momentos do filme e que me chamou muito a atenção.

É interessante também, ver a visão caricata do diretor do comportamento dos gregos do filme e muito legal as músicas usadas no filme também são pontos fortes, contudo, o roteiro se entrega a soluções fáceis para os problemas propostos, o que não deixa de ser uma característica de filmes de comédia, mas como comédia o filme não funciona tão bem, por isso, eu fiquei com a sensação que as soluções fáceis, tiraram muito do brilho do filme.

Minha Nota: 6.2
IMBD: 7.2

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Desejo de viajar - (Wanderlust) - 2012


Não me canso de dizer o quanto eu gosto de ver determinadas atrizes na tela, seja no tipo idiota de filme que for, sempre vale a pena apreciar sua beleza e a beleza de seu gestual e forma de interpretar. É o caso da deslumbrante JENNIFER ANISTON que sempre está linda e não é diferente nesse DESEJO DE VIAJAR (2012) do diretor americano DAVID WAIN.

Na história, um casal vivido por Aniston e pelo ator PAUL RUDD, está comprando um micro apartamento em uma zona caríssima de Nova Yorque e acaba que as coisas não saem como o esperado. Viajando para a casa do irmão de Rudd, os dois acabam parando em uma comunidade no estilo hippie que vai mudar as suas vidas.

Novamente temos um filme que se aproveita de cenas de nudez e droga, para fazer rir o que não funciona sempre. O que me deixou mais frustado foi o veto na cena de nudez parcial de Jennifer, já que todo mundo pode trafegar pelado durante o transcorrer do filme, não justifica vetar a nudez de quem mais importa. Mas de qualquer forma, acredito que não salvaria o filme de seu destino de comédia que não conseguiu me fazer rir muito e não deixa de ser mais um entretenimento esquecível que engrossa a lista de produções americanas.

Minha Nota: 5.4
IMDB: 5.8

A Good Old Fashioned Orgy - (A Good Old Fashioned Orgy) - 2011


Depois de um filme com tantas informações técnicas não faz mal uma comédia para ajudar a gente a se descontrair. A GOOD OLD FASHIONED ORGY (2011) da dupla de diretores PETER HUYCK e ALEX GREGORY.

No filme, temos um grupo de amigos próximos dos 30 anos de idade, acostumados a celebras os feriados e datas comemorativas, com festas de arromba com muita bebida e diversão, contudo, a notícia da venda da casa que serve de palco para todas as festas, está para ser vendida e eles tem que escolher um tema para a sua festa de despedida.

Não costumo a gostar da utilização da nudez como forma fácil de conseguir risadas, mas não tenho como dizer que não é sempre bom ver mulheres lindas quando elas estão com poucas roupas e nesse filme, temos beldades que podem não mostrar seus corpos como vieram ao mundo, mas sempre que aparecem são um agrado para os olhos.

Mas tirando a temática da festa de orgia, que rende algumas piadas, que não posso dizer que funcionam, existe uma sacada interessante que faz um paradoxo dos esteriótipos dos personagens apresentados e de seus comportamentos reais, mas nada de fantástico, apenas um entretenimento esquecível.

Minha Nota: 5.6
IMDB: 6.1

Grande Demais para Quebrar - (Too Big to Fail) - 2011



Muito interessante o filme do diretor americano CURTIS HANSON sobre o colapso financeiro pelo qual passou os Estados Unidos no ano de 2008 e que continua a influenciar na economia atual do país.

GRANDE DEMAIS PARA QUEBRAR (2008) é um filme que não tem como não passar informações técnicas, mas que consegue dentro de todo esse emaranhado de informações, passar para o espectado leigo, como é o meu caso, uma ideia muito boa do que aconteceu com a maior economia do mundo naquela época, que gerou uma crise quase ou tão grande quanto a histórica depressão de 29.

O filme retrata toda a crise e pressão sofrida pelo secretário do tesouro vivido por JAMES WOODS em meio a uma série de decisões a serem tomadas e suas repercussões. Lançado diretamente para a TV, essa produção da HBO foi bastante premiada e tem  realmente interpretações marcantes tanto de Woods quanto de PAUL GIAMATTI.

Excelente entretenimento que também cumpre o papel de trazer informação para seu apreciador.

Minha Nota: 6.2
IMDB: 7.2

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Snack Bar Budapest - (Snack Bar Budapest) - 1988


Mais um filme do cineasta italiano TINTO BRASS. Agora, de 1988 e o que não deixa de ser interessante, esse SNACK BAR BUDAPEST (1998) é um filme com elementos de violência além é claro, do costumeiro erotismo do diretor, mas dessa vez com uma carga bem mais branda.

Já na primeira parte do filme, fiquei impressionado com a utilização dos elementos costumeiros de sua obra, mas mais ainda, com a utilização de uma locação já vista em outros trabalhos, ou talvez bem parecida. O bar que da título ao filme, é muito parecido com o utilizado em MONELLA: A TRAVESSA (1998) incluindo uma máquina de fliperama. Outro detalhe que pude observar, que é uma marca registrada do diretor, são os créditos que sempre sobrem sobre a cena final que é um close em uma estrada ou paisagem além de um ângulo qualquer de um dos personagens da obra.

Apesar de receber também a alcunha de comédia, são pouquíssimos os elementos que remente a esse gênero. Além disso, como sempre, o filme não tem um roteiro claro e nem uma história cuidada, o que acaba sendo mais prejudicial para a obra, visto que dessa vez, não temos o erotismo para nos distrair dessa falha que é bem corriqueira no trabalho do diretor.

Minha Nota: 4.4
IMDB: 4.4

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Jeff, Who Lives at Home - (Jeff, Who Lives at Home) - 2011


Não havia visto ainda nenhum dos trabalhos dos irmãos DUPLASS que são os responsáveis por esse JEFF, WHO LIVES AT HOME (2011). Mas não acredito que eu tenha perdido muita coisa não.


A história é sobre dois irmãos, um de 30 anos que ainda vive com a mãe, outro mais velho que está em crise no seu casamento e a mãe dos dois rapazes, que trabalha em um escritório claustrofóbico e faz aniversário no dia. Partindo desse triangulo de personagens, vários acontecimentos se sucedem criando situações que podem ser engraçadas, mas que não resultam em gargalhadas. 


Já vi alguns filmes de comédia que trazem temas dramáticos para seu desenvolvimento. E um ótimo exemplo de um trabalho desses é o filme 50% (2011) que consegue ao mesmo tempo fazer rir e chorar literalmente. Os diretores até tentam aplicar um estilo próprio em sua condução, dando tons introspectivos e remetendo a narrativa sempre aos símbolos que são tão pesquisados pelo protagonista da trama. 


E assim, trafegando entre nuances de comédia e drama profundo em todos os seus personagens, o filme chega a um resultado que confesso me decepcionou um pouco e nem mesmo o momento que acredito, devesse surtir o efeito de emocionar, não me emocionou. 


Minha Nota: 5.4
IMDB: 6.8

terça-feira, 19 de junho de 2012

Homem que olha, O - (L'uomo che guarda) - 1994


Novamente, passando pela filmografia do diretor italiano TINTO BRASS, me deparei agora esse HOMEM QUE OLHA, O (1994) onde o mestre do erotismo aborda de maneira bem sutil e solta, o voyeurismo. A história conta sobre a busca insistente de um professor de literatura, que vive com seu pai, e que quer de todas as formas, recuperar o amor de sua esposa que o abandonou recentemente.

Novamente vemos um trabalho não tão amarrado ao seu enredo e utilizando como sempre, uma série de elementos que são comuns a filmografia do diretor, mas agora, com umas variações muito interessante, como a câmera por filmando por um vitrô e resultando em várias imagens, como num caleidoscópio.

Além disso, alguns assuntos relacionados ao erotismo são abordados, como o incesto e o complexo de édipo. Uma outra coisa que muito me agradou, são as filosofias que seus personagens pregam durante a obra, ao melhor estilo NELSON GONÇALVES com a marcante frase "Não se preocupe em saber muito sobre sua mulher. Com o engano se convive, mas com a verdade se morre!".

Minha Nota: 5.0
IMDB: 5.7

Monamour - (Monamour) - 2006


Continuando minha peregrinação através do universo do diretor italiano TINTO BRASS, decidi colocar na frente na minha lista de prioridades esse MONAMOUR (2006) por ser um trabalho mais recente e também, por não ter me dado muito bem com o trabalho mais velho do diretor que eu havia visto até então, NEROSUBIANCO (1969).

Nesse filme, um jornalista de uma pequena editora de Milão viaja para uma feira de livros com sua mulher, contudo, a mesma está passando por uma crise de carência, achando que seu casamento não é mais como antes.

Já de cara, elementos comuns da filmografia do diretor podem ser notados. A utilização dos focos em pequenos espelhos, o erotismo em quase todas as cenas apresentadas, a beleza do corpo feminino mostrada sem pudor nenhum, o foco amplo da câmera fixa em um ponto central da sala. Além disso, o diretor aborda novamente a ideia de que o ciúmes são o tempero do amor e que sem ele, não existe o desejo.

Talvez, apenas o exagero, que pode ser visto no excesso de movimentação durante as cenas de sexo, constantemente os vestidos sendo levantados, enfim, acredito que isso tire para mim, a seriedade e veracidade das cenas, mas não resta dúvida que a carga erótica das obras do diretor, é garantida e também, é impressionante como ele consegue contar uma história repleta de simbolismos e lírica muitas vezes.

Minha Nota: 5.2
IMDB: 5.4

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Disco voador, O - (Il disco volante) - 1964


Mais um filme de TINTO BRASS, agora, da década de 60, início da carreira do diretor, quando o erotismo  de seu trabalho, ficava restrito as entrelinhas das cenas e não era tão exposto quanto atualmente. 

Nesse DISCO VOADOR, O (1964) temos a história de um delegado de polícia de uma pequena aldeia que recebe a responsabilidade de conduzir as investigações sobre a chegada de um disco voador, que fez diversas aparições entre bêbados e simples colonos e que desperta a atenção da população mundial.

O filme é uma comédia e utiliza de elementos textuais para tentar fazer rir a sua maneira. Acredito que o tempo e o estilo de humor da época, sejam hoje um demérito para o filme. Mas o que me chamou a atenção e me agradou, é a carga erótica que o filme trás, mesmo sem ser explícito. É muito interessante ver que o diretor sempre teve uma fixação pelo assunto e mesmo em suas obras mais remotas, já mostrava sua vontade de mostrar o erotismo na tela de suas obras.

Minha Nota: 5.0
IMDB: 6.3



domingo, 17 de junho de 2012

Paprika - (Paprika) - 1991


Visto mais um trabalho do diretor italiano TINTO BRASS e que louva novamente o erotismo, mas agora, com uma história diferente dos outros trabalhos que eu havia visto até então e que abordam com uma certa frequência, a ligação proposta pelas obras entre o ciúmes e o desejo.

Nesse PAPRIKA (1991) temos a história de uma menina que chega para trabalhar em um bordel para ajudar seu noivo a conseguir o dinheiro para começar seu próprio negócio.

O trabalho trás novamente vários elementos recorrentes da obra do diretor como a câmera aérea que foi usada em seu MONELLA: A TRAVESSA (1998) mostrando os desenhos de um jardim e o uso do bidê para não citar outros elementos recorrentes.

Dessa vez não me encantei tanto pela beleza de sua protagonistas, que sempre chama muito a atenção, mas sem dúvida a atriz DEBORA CAPRIOGLIO é muito sexy e consegue manter o teor erótico que as obras do diretor mantém por padrão. Outro aspecto interessante, é que o filme se preocupa em ter uma história com início, meio e fim. Na verdade, um drama, claro que mais pelas situações ocorridas com a sua protagonista, do que pela carga dramática representada pela atriz, mas uma história que tem seu início relativamente feliz, para se seguir em uma série de acontecimentos tristes e por fim uma volta triunfal, não que o diretor marque todos esses momentos de forma importante, mas já é uma mudança em sua forma de contar suas histórias.

Minha Nota: 5.2
IMDB: 5.6

 Debora Caprioglio

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Yankee - (Yankee) - 1966


Dentro da minha peregrinação pelo cinema do diretor italiano TINTO BRASS, pude comprovar que ele não iniciou já com o seu estilo erótico logo em seus primeiros trabalhos e é o que acontece nesse YANKEE (1966), quinto longa metragem desse cineasta, que se trata de um trabalho clássico do bom e velho estilo de faroeste americano.

Nele temos a história de um forasteiro que recebe o apelido de Yankee ao chegar a uma desolada cidade na fronteira do Novo México, controlada por um chefão local, mas que vê uma reviravolta acontecer depois da chegada do estranho visitante.

Dos elementos recorrentes dos trabalhos do diretor, vemos apenas a paixão pelos personagens femininos, ou melhor pelo corpo feminino. Sempre que a mulher do bandido abrilhanta a tela, tem um que de erotismo na figura feminina que é muito própria do diretor.

No mais, seu trabalho foca na tensão entre bandido e mocinho, e mais uma coisa fundamental e que agrega um valor considerável a obra, é mostrar tanto o vilão quanto o mocinho, de uma forma forte, com características marcantes, que os tornam memoráveis para seu espectador.

Uma pena a versão que consegui que já está bem deteriorada pelo tempo e que tem um enquadramento muito ruim. Outro fator que me deixou um pouco decepcionado, mas já era de se esperar, é o fato de não ser um grande fã de filmes de faroeste.

Minha Nota: 5.6
IMDB: 5.9

terça-feira, 12 de junho de 2012

Todas as mulheres fazem - (Così fan tutte) - 1992


Mais um trabalho de TINTO BRASS apreciado e que tem todos os elementos que fizeram desse cineasta, um mito que trafega pela linha tênue do erótico e do pornográfico. Nesse TODAS AS MULHERES FAZEM (1992) temos a história de uma moça recém casada, que é completamente apaixonada por sexo, mas também, é completamente apaixonada por seu marido e se sente feliz em seu casamento.

O relacionamento dos dois é bastante satisfatório, enquanto o marido imagina que as fantasias relatadas por sua esposa são apenas fictícias, mas não ficam tão bem quando ele descobre alguns pormenores.

Erótico como os melhores trabalhos do diretor sempre são, o filme é um pouco melhor trabalhado no seu enredo, onde podemos notar que o diretor se preocupa com o final das histórias de seus personagens. Nesse trabalho, vemos também Tinto em uma pequena cena, sempre cercado por linda mulheres, nuas e envolto num clima de erotismo e luxúria.

Não posso deixar de falar o quanto é linda sua protagonista CLÁUDIA KOLL. O que não é novidade para os trabalhos do diretor, sempre nos mostrando mulheres lindas como heroínas de suas obras eróticas.

Minha Nota: 5.6
IMDB: 5.3

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Billi Pig - (Billi Pig) - 2012


Essa foi a minha primeira experiência com o trabalho do diretor JOSÉ EDUARDO BELMONTE. Cheguei até esse BILLI PIG (2012) graças a um bom e velho trailer, que me encantou pelas piadas e frases engraçadas que estavam bem melhor soltas no trailer do que no filme. Pra falar a verdade, com o filme, eu consegui me divertir muito mesmo, na hora que os créditos subiram, pois são exibidos alguns erros de gravação que são bem melhores do que o conteúdo da obra.

A história conta a vida de uma aspirante a atriz  e seu marido, um corretor de seguros falido, que recebe um ultimato de sua esposa e com a oportunidade batendo a sua porta, se junta a um falso padre para realizar um golpe completamente inusitado.

Além da falta de graça, que não seria um problema se o filme não fosse classificado como comédia, existem vários outros pequenos problemas no filme, que na verdade não se leva a sério, por isso, não se preocupa muito em justificar seus meios. O que posso dizer que salva a obra, em diversos momentos, são as interpretações já esperadas de MILTON GONÇALVES e do ator SELTON MELLO, que já eram de se esperar, mas também a atuação inesperadamente fantástica de GRAZIELLI MASSAFERA que faz a esposa de Selton.

Minha Nota: 5.4
IMDB: 4.3

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Fatso - (Fatso) - 2008


Segundo trabalho em longa metragem do diretor norueguês ARILD FROHLICH, esse FATSO (2008) é uma comédia que conta a história de um jovem obeso e isolado da sociedade, que passa o seu tempo entre as traduções de manuais alemães para o norueguês e desenhos que não mostra para ninguém. 

Sua vida, apesar de totalmente desorganizada lhe satisfaz, mas seus pais decidem alugar metade do apartamento para uma sueca lindíssima e muito sexy.
Em sua primeira parte, gostei demais da plástica do filme, com cores cítricas que me pareciam ser um estilo a ser impresso pelo diretor. Além disso, as piadas que ele arma, com a obsessão por masturbação de seu protagonista, mescladas com a desarrumação da casa, são muito boas, contudo, rapidamente o diretor perde a mão e começa a entrar em esteriótipos não tão engraçados, além de começar uma reflexão sobre rejeição e obesidade e a aceitação na sociedade de pessoas obesas, que dão um ar sério que não cabe no filme. Talvez com isso, ele tenha deixado passar a chance de tornar em grande filme o deixando apenas como um filme de grande potencial.

Minha Nota: 5.6
IMDB: 5.8

Nerosubianco - (Nerosubianco) - 1969


Esse NEROSUBIANCO (1969) é um filme bem mais antigo do que as duas primeiras obras que vi do diretor e sua temática, confesso que a meu ver, é bastante confusa, pois o filme mistura elementos de um musical, com rock inglês ao fundo em sua maior parte, com imagens psicodélicas que servem para ilustrar em alguns momentos, as letras que são cantadas ao fundo.


Não conheço a fundo a obra de TINTO BRASS, mas o filme deixa transparecer que o diretor sofreu alguma punição por mostrar o amor, entenda-se por amor, o sexo ou erotismo, em seus filmes e nessa obra, resolve mostrar cenas de guerra em determinados momentos do filme, já que o amor é considerado proibido. Também são mostradas várias imagens de manifestações pela paz e contra a guerra do vietnã.


Com todas essas temáticas servem de fundo para a película. O enredo principal se foca numa bela mulher que resolve dar um passeio por um parque, temática já mostrada também no início de PERVERTIDA, A (2000) e durante a caminhada pela cidade, cruza com um negro dentro do metrô e começa a ser seguida pelo indivíduo, mostrando uma divisão entre os sentimentos de atração erótica e medo.


Os elementos eróticos são outros, poucas cenas de nudez, e aqui temos apenas algumas insinuações, como o baton e as cenas de sexo mostradas atrás de uma espiral. Retirando o que Brass tem de melhor, o erotismo, o filme se torna totalmente frágil e fraco, além de muito cansativo, nunca 73 minutos demoraram tanto tempo para mim.


Minha Nota: 5.4
IMDB: 5.8

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Monella: a travessa - (Monella) - 1998


É minha segunda experiência com o trabalho do diretor italiano TINTO BRASS e já deu para reparar algumas recorrências de seu estilo, sem comentar é claro, o teor erótico carregado que ele utiliza. O recurso dos espelhos, mostrando seu objeto de foco, através do reflexo de um espelho de mão e o uso da câmera com lente em grande angular, fixa no ponto central de amplas salas, que proporcionam sempre boas cenas e de certa forma, interessante, pois sempre cenas de poucas pessoas.

Nesse MONELLA: A TRAVESSA (1998), talvez o filme mais famoso de Tinto Brass, temos a história de uma jovem moradora de uma pequena cidade italiana que está prestes a se casar com o padeiro local, contudo, o jovem tem muitos ciúmes da moça que por sua parte, tem dúvidas sobre o casamento.

Esse trabalho me pareceu menos ousado do que PERVERTIDA, A (2000) e o interessante, é que Monella recebe a classificação de adulto, enquanto que Pervertida não. Ainda assim, temos a beleza feminina novamente ressaltada através da protagonista ANNA AMMIRATI. Talvez um pouco menos de erotismo, que me incomodou um pouco e um roteiro que não se preocupa em mostrar a transformação dos conceitos do noivo que acaba mudando seus princípios de se casar com uma moça virgem, tenham prejudicado um pouco o desenrolar, mas não deixa de ser um belo exemplar do trabalho do diretor.

Minha Nota: 6.0
IMDB: 5.1

domingo, 3 de junho de 2012

Entre elas... - (Sister my sister) - 1994


Filme da diretora inglesa NANCY MECKLE que tem apenas dois trabalhos como diretora e um como atriz e que conta nesse polêmico ENTRE ELAS... (1994) o estranho envolvimento afetivo de duas irmãs, que trabalhavam como empregadas de uma senhora e sua filha, na província franceso nos anos 30.


Baseado em fatos reais, a proximidade das duas aparentemente, vem de uma mãe repressora e da influência que a irmã mais velha exerce sobre a mais nova. Com uma patroa controladora e dominadora, as duas conseguem viver bem, até que o envolvimento entre elas começa a atrapalhar seus afazeres e causar desconfiança nas suas empregadoras.


O filme envelheceu muito mas consegue passar com precisão, como a relação entre as duas irmãs vai mudando suas características, causando efeito também no psicológico das mesmas, que parece já não ser muito acertado. Talvez a maior fragilidade do filme, esteja na falta de objetividade das protagonistas, quanto aos seus ideais além de um argumento fraco na condução da narrativa.


Minha Nota: 5.4
IMDB: 7.0

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Suja como um anjo - (Sale Comme Un Ange) - 1991


Filme dirigido e escrito pela diretora CATHERINE BREILLAT e que conta a história de um chefe de polícia, envolvido que tem um amigo criminoso e após seu desaparecimento, começa uma relação com a jovem esposa de um de seus subordinados.


Apesar de ser retratado como um policial dedicado ao ofício e de personalidade rústica, o protagonista se vê envolvido e apaixonado pela jovem esposa de seu subordinado, que lhe parece uma mulher pura e que não merece a sorte de um marido completamente infiel.


Contudo, seu envolvimento com a moça, que a princípio, seria baseado apenas no sexo, se mostra algo mais, que lhe traz consequências que ele não esperava.


O filme não desenvolve bem nem a temática do amor sentido pelo policial e os reais sentimentos de sua amante, nem mesmo seus aspectos profissionais, visto que ele tem o dilema de estar defendendo de certo modo, um criminoso. E isso incomoda muito durante a exibição da obra. Muito linda a atriz portuguesa LIO que interpreta o pivô do dilema, mas não faz com que o filme compense por sua presença.


Minha Nota: 5.8
IMDB: 6.6