sexta-feira, 18 de maio de 2012

Nomes do amor, Os - (Le nom des gens) - 2010


Gostei muito desse NOMES DO AMOR, OS (2010) do diretor francês MICHEL LECLERC de quem eu não conhecia nenhuma trabalho que conta a história de uma jovem ativista política de esquerda, de personalidade extrovertida e que tem por princípio, dormir com adversários políticos para convertê-los a sua causa, até que encontra uma pessoa diferente.

Uma das características do cinema francês que cada vez mais observo nas obras que assisto são os diálogos, quase sempre longos, mas que nesse filme, funcionam muito bem, tanto para apresentar os protagonistas, na primeira parte do filme quanto para explicar suas idéias e passados. 

Apesar de receber o gênero comédia para lhe identificar, o filme cumpre vários papéis além do fazer rir, que na verdade, nem é o seu forte. O filme funciona como um motivador político, como um disseminador da não discriminação racial ou mesmo de nacionalidade, que na europa e principalmente na França, parece ser sempre um tema bastante controverso.

Mas o diretor além de conseguir inserir em vários momentos de sua obra essas funcionalidades, faz acima de tudo, que nos apaixonemos pela personagem de SARA FORESTIER de uma forma tão inexplicável, que não vejo quem a discrimine pelos seus princíos de dormir por exemplo, com todo homem que ela queira converter politicamente, mesmo por que, ela já se apresenta de forma aberta, e conta que depois de sua infância, ela não teria outra forma de se expressar que não fosse pelo sexo.

Outro mérito, é fazer com que o personagem do ator francês JACQUES GAMBLIN nos encante, com seus infindáveis problemas familiares e tabus, que carrega e que lhe tornam uma pessoa solitária e sistemática, mas é ele o responsável pelo momento mais tocante do filme que me emocionou muito e por incrível que pareça, o diretor opta em seguida, por quebrar esse clima, provavelmente para não tornar a sua obra um filme sentimentalóide, o que funcionou perfeitamente.

O recurso de relembrar as infâncias dos personagens, com a presença dos mesmos nesses takes, é muito interessante e não me recordo agora de ter visto isso em outro título, mas funciona de forma formidável. Acredito que faltou apenas um capricho maior com a fotografia do filme, que é maravilhosa nas cenas em que Sara aparece e que nesses momentos, acredito eu, deveriam ter sido mais exploradas pois trazem uma beleza a obra que merecia ser mais exaltada e o filme chega a pecar nos outros momentos nesse quesito.

Cheguei até essa obra graça a um post do Ailton Monteiro e o filme ganhou o César de melhor atriz para SARA FORESTIER e também um prêmio para a atriz em um festival francês menor.

Minha Nota: 7.0
IMDB: 7.2

Nenhum comentário:

Postar um comentário