segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Artes liberais - (Liberal Arts) - 2012


Esse é apenas o segundo longa metragem do diretor americano JOSH RADNOR que além da direção, é responsável também pelo roteiro e pelo personagem principal desse ARTES LIBERAIS (2012) em que conta a história de um ex-aluno de 30 anos, que retorna a sua antiga escola, para prestigiar um professor querido que o convida para a cerimônia em sua homenagem. Nessa viagem, ele acaba se aproximando da filha de um casal de ex-alunos, por que começa a nutrir um sentimento confuso de atração mais forte que a diferença de idade entre eles.

O filme começa com uma interessante frase, "O que aumenta em conhecimento aumenta em dor" Eclesiaste 1:18, que eu já havia a escutado e confesso que quando isso ocorreu, ele me marcou profundamente, pois cheguei a conclusão, de que somente depois que tomamos consciência de algumas coisas, é que podemos ser considerados responsáveis pelas atitudes que temos depois de adquirir esse conhecimento.

A história é agradável, como a maior parte das comédias românticas são agradáveis para mim, o que pode ser uma observação tendenciosa da minha parte, e a presença da irmã Olsen mais talentosa e desde algum tempo a minha predileta ELIZABETH OLSEN, aumentam os pontos para o lado positivo da projeção. Gosto muito também da discussão sobre como é importante para a formação de uma nação, a cultura de seu povo, que atualmente é só baseada em programas de TV que não se interessam em acrescentar nada a vida das pessoas, o que é citado no filme, inclusive mostrando que não só a TV como essas literaturas que surgiram recentemente também cumprem o papel de alienar leitores sem formar cidadãos com senso crítico.

O filme também nos propõe outras discussões importantes como pararmos algum tempo em nossas vidas, para levarmos conversas engrandecedoras que não são apenas sobre negócios mas sim criatividade e senso crítico, sobre saber envelhecer e reconhecer os benefícios e responsabilidades que a vida adulta nos traz, sobre a responsabilidade de temos por sermos mais velhos e sobre nos abrir ao mundo, deixando de lado radicalismos e manias que servem apenas para nos fechar para o que a vida tem a nos oferecer.

Talvez o maior problema do filme, na minha opinião, esteja em não fazer apologia maior aos autores que ele aborda, pois assim, ele estaria cumprindo o papel de disseminar cultura. Talvez a carga romântica que é o que dá força a obra até a sua metade, seja atenuada ou até mesmo completamente dissipada, quando de uma forma muito rápida e sem sutileza, o diretor inverte completamente o direcionamento de seu personagem. Mas de qualquer forma, o resultado para mim foi satisfatório.

Minha Nota: 6.4
IMDB: 6.6

Nenhum comentário:

Postar um comentário