quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

O Homem da Máfia - (Killing Them Softly) - 2012


Filme do diretor Néo Zelandês ANDREW DOMINIK de quem vi e gostei do trabalho CHOPPER - MEMÓRIAS DE UM CRIMINOSO (2000) e que ainda tenho que ver O ASSASSINATO DE JESSE JAMES PELO COVARDE ROBERT FORD (2007), esse O HOMEM DA MÁFIA (2012) entrou na frente da minha lista de prioridades assim que ficou disponível para mim.

Na história, um executor contratado para restaurar a ordem após três idiotas roubarem uma casa de jogos protegida, tem que restabelecer a ordem da economia local que entra em colapso após o fato.

O enredo pode parecer batido, o que poderia depor contra a obra, contudo, Andrew nos conta a história de uma forma tão inteligente e acertada, que o filme cresce a cada cena diante de nossos olhos. O diretor consegue nos entregar uma história bem tramada, que tem o mérito de fazer boas pausas entre as ações, oferecendo diálogos que tornam seus personagens mais humanos e palpáveis.

Repleto de personagens fascinantes, vividos por um time de atores composto por nomes como BRAD PITT, vivendo o papel do assassino encarregado de corrigir toda a situação, JAMES GANDOLFINI, um criminoso de meia idade, que está vivenciando problemas em sua vida pessoal que se refletem no álcool e em uma violência latente que são de encher os olhos e RICHARD JENKINS que faz o papel de intermediário entre o assassino e seus contratantes, o diretor consegue fazer com que tenhamos uma empatia muito forte por todos eles.

As mortes e a ação que é esperada antes mesmo de começarmos a ver o filme, quando aparece, é de forma rápida e letal, contudo, feita com tomadas de câmera ousadas, que servem apenas para tornar tudo uma verdadeira ode de beleza e violência, mas ao mesmo tempo, o diretor utiliza câmeras fixas em seus personagens que ainda assim, nos presenteiam com fotografias bem cuidadas e interessantes. A trilha sonora é empolgante, mas o que mais me chamou atenção foi a ligação que o diretor consegue fazer da situação do país e de sua pequena história. A todo momento, temos discursos de Bush e Obama, tentando explicar ou enaltecendo o modo de vida de seu país, conflitando ou sendo apoiado pelas situações mostradas naquele instante, na minha opinião, brilhante.

Um filme com cara de novidade, preciso e eficaz e que não me decepcionou. Acredito que talvez o único erro que eu pudesse apontar, seria a minha não compreensão correta do idioma, pois, se perde muito dos inúmeros diálogos que já são brilhantes, mas que por serem extensos, tem uma série de nuances que acredito que poderiam acrescentar mais brilho ainda para a obra.

Minha Nota: 7.8
IMDB: 6.6

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