quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

As sessões - (The Sessions) - 2012


Trabalho do diretor polonês BEN LEWIN esse AS SESSÕES (2012) traz a história de um homem com paralisia, que precisa de um pulmão de aço para respirar, deseja perder sua virgindade com uma terapeuta sexual, mas por ser religioso, vê impedimentos nisso.

Acho que nunca comentei isso, mas sempre encontro situações, em que filmes que acabei de ver bem próximos uns dos outros, com uma frequência que chega a me assustar, tendem a ter ligações mais fortes do que terem sido feitos na mesma época, terem os mesmos atores atuando neles e mais uma infinidade de coisas.

Estou dizendo isso por que o protagonista desse AS SESSÕES (2012) é um escritor, poeta, assim como o do filme anterior, AS VANTAGENS DE SER INVISÍVEL (2012), os dois eram virgens e não sabiam o que esperar do seu primeiro relacionamento com uma mulher. No caso desse filme específico, seu protagonista sofreu de poliomelite na infância e tem  apenas movimentos com sua cabeça e boca que funcionam de forma adequada, necessitando até de um respirador mecânico para se manter na maior parte do tempo.

O diretor conseguem, mesmo com poucos ambientes, nos manter atentos ao drama vivido por esse jovem homem, que preso a sua maca, consegue conhecer o amor por 3 vezes, e sua relação com a terapeuta sexual vivida por uma HELEN HUNT madura, mas que continua com a essência de sua beleza viva em seu corpo maravilhoso, é algo tocante, que quase deixa de ser erótico. Vemos o personagem tendo que conviver com o surgimento de sentimentos e desejos que vão além da manifestação sexual natural a homens e mulheres.

A participação de WILLIAM H. MACY como padre e confessor do poeta é brilhante, e até um tanto quanto moderna, pois ele dá conselhos nada ortodoxos para seu fiel, que está querendo descobrir coisas que a igreja só o permitiria descobrir depois do sagrado o laço do matrimônio. A habilidade e sensibilidade de Ben na direção do longa, consegue nos colocar no lugar de seu protagonista e a fotografia deslumbrante ajuda na apreciação e contemplação da obra. Outro fator que engrandece o filme é a lição de vida que podemos tirar de tudo que vemos, além é claro, dos breves momentos em que a poesia toma conta da tela, pois o poema que o protagonista escreve para sua terapeuta é simplesmente fantástico.

Baseado em um artigo escrito pelo próprio protagonista sobre qual é contata a história, Mark O'Brien e vale lembrar que a interpretação do ator JOHN HAWKES é simplesmente impressionante, traduzindo com perfeição as dificuldades de uma pessoa acometida desse doença, sendo perfeito até mesmo em detalhes como a curvatura de seu corpo 

O filme consegue emocionar, mas não é um melodrama completo, o que o torna ainda mais valioso para seus apreciadores. Helen recebeu indicação ao Óscar de Melhor Atriz Coadjuvante pela obra.

Minha Nota: 7.2
IMDB: 7.3

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