sábado, 30 de março de 2013

Django Livre - (Django Unchained) - 2012


Oitavo trabalho na direção desse gênio pós-modernidade que revolucionou a forma de se fazer cinema, colocando sua visão repleta de elementos de cultura pop mesclados com filmes B e principalmente de karatê e faroeste além do universo das revistas em quadrinho, que sempre foram as grandes paixões do diretor, ator, produtor e roteirista QUENTIN TARANTINO.

Nesse seu novo trabalho, DJANGO LIVRE (2012) que tem por personagem principal uma lenda no western americano, ele nos conta a história de um escravo, que recebe a ajuda de um caçador de recompensas alemão, em troca de alguns favores, e que após cumprir sua parte do acordo, irá resgatar sua amada esposa.

Algumas coisas nesse trabalho não podem deixar de ser destacadas. A trilha sonora é a principal delas. Sempre os trabalhos do diretor, deram uma importância grande ao papel que a trilha sonora tem em seus filmes, e  DJANGO LIVRE (2012) não é diferente. Apesar de uma obra de que serve como  uma homenagem clara ao estilo Spagete Western, que foi largamente exaltado a tempos atrás na Itália, a utilização de uma música cheia de aspectos da cultura negra americana, combinada com o clima de western do filme é sensacional. Inclusive cheguei a mencionar em uma conversa com alguns amigos, que esse filme tem nuances que mostram o racismo daquele momento da história americana de uma forma mais contundente do que o próprio LINCOLN (2012).

Outro aspecto a ser destacado é a fotografia, que consegue transformar a violência, que é inegavelmente utilizada em todo o filme, em um espetáculo visual e plástico, graças aos exageros próprios do diretor, que tiram o foco da violência e enaltecem o espetáculo que é proporcionado.

Não da para falar do diretor, sem citar seus diálogos sempre criativos e inteligentes, muitas vezes, remetendo o espectador a viajar completamente para fora da história que está vendo, mas com um talento que torna tudo fluido e harmônico. As piadas contidas na maioria dos diálogos dos personagens de Django, consegue entreter e ao mesmo tempo, fazer com que reflitamos sobre os assuntos que são colocados.

TARANTINO escreveu seu protagonista, pensando justamente no ator WILL SMITH para o papel, mas após a recusa, JAMIE FOXX interpretou de maneira brilhante o pistoleiro mais famoso do Oeste. Se sentindo a vontade em seu papel, Foxx chegou a usar seu próprio cavalo no filme, e inclusive, fez uma demonstração de controle e habilidade do animal, perto do final da obra.

Outro trabalho que não deixa nenhum fã do diretor insatisfeito, o filme venceu os prêmios do Óscar e do Globo de Ouro de Melhor Ator Coadjuvante para CHRISTOPH WALTZ e de Melhor Roteiro para QUENTIN TARANTINO, ainda foi indicado e vencedor de diversos outros prêmios em festivais pelo mundo.

Minha Nota: 8.2
IMDB: 8.6

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